sábado, agosto 06, 2022

QUEM PODE TIRAR QUEM DO SEGUNDO TURNO?

(Por Kléber Teixeira) - A semana foi marcada pela divulgação na última quinta, 04/08, de duas pesquisas (Ipespe e Real Big Data) com o cenário das três candidaturas de maior envergadura e já consolidadas ao governo do Ceará. Realizando um agregador das duas sondagens feitas temos: Capitão Wagner com 36,5%, Roberto Cláudio 27% e Elmano Freitas com 16,5%.

OS MELHORES CABOS ELEITORAIS
Elmano, apesar de ser o nome menos conhecido do eleitor cearense, tem os dois melhores cabo eleitorais: Lula e Camilo Santana. Explicitamente, percebe-se que a "neutralidade" da governadora Izolda Cela com o poder da caneta, influenciada por Camilo, também o ajuda. Mas o candidato do PT busca também uma difícil formula para cooptar votos de quem é anti-Ferreira Gomes mais ao centro-esquerda e estava propenso, segundo as pesquisas, a votar em Wagner como única opção de protesto. 

O PODER DAS PREFEITURAS
Roberto Cláudio tem a força da Prefeitura de Fortaleza e, a conta de hoje, quase 2/3  das prefeituras do interior agregando as forças do PDT e do bem articulado PSD do seu Vice Domingos Filho. Sem a coesão dos Irmãos Ferreira Gomes à sua candidatura, RC tem um peso quase morto e desidratado na sua foto de campanha (e nos "santinhos"): Ciro, o qual caminha para ficar em terceiro lugar na corrida presidencial até no "seu" Ceará. 

Mas a expectativa maior que hoje paira no núcleo do PDT é em qual será o tamanho do estrago que Camilo fará sobre os ex-aliados com seus deputados, retirando-lhes apoio de prefeitos como se viu nessas duas últimas semanas.

A TAREFA DE SE MANTER À FRENTE
E Wagner já pode esperar um dos candidatos da esquerda para um quase inevitável segundo turno? Não. Eleições não são uma conta exata, ainda mais no Ceará com variáveis postas com essas três candidaturas competitivas. Nesses 58 dias que faltam há que se esperar do Capitão PM uma boa estratégia que o faça quebrar a barreira dos seus hoje 37%. 

O apoio do PL de Acilon com os prefeitos da sigla precisa acontecer sem corpo mole. O lugar comum do discurso da falta de segurança e as limitações do bolsonarismo no Ceará, precisam serem também compensadas na campanha de rádio-tv-redes sociais que o pomposo União Brasil lhe proporciona em tempo e recursos. 

Apesar de não estar tão coladinho no presidente, Wagner pode colher bons frutos com a eminente melhora da economia nacional nesses meses antes da eleição. 

Por fim, o jogo só começou e a única certeza que temos é que não será fácil em proporções iguais para nenhum dos três. 

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