quarta-feira, junho 18, 2014

Análise - INDEFINIÇÕES NA SUCESSÃO CEARENSE

Inácio (ao microfone): candidatura depende de variáveis
Inácio (ao microfone): candidatura depende de variáveis
O dia 30 de junho é o marco final para os partidos políticos definirem seus candidatos e coligações para as eleições deste ano. A decisão é oficializada durante as convenções partidárias, que devem ocorrer entre os dias 10 a 30 deste mês. Boa parte dos partidos, porém, optou por decidir seus nomes apenas no final do prazo legal.

A principal indefinição se dá em torno do candidato da base aliada do Governo do Estado à sucessão de Cid Gomes (Pros). Segundo assessoria de imprensa do Pros, a opção pela escolha tardia do nome se dá pelo tamanho da base aliada, 23 partidos. A convenção está prevista para o dia 29, quando finalmente deverá ser decidido o candidato.

Por enquanto estão definidas as candidaturas ao governo estadual de Nicole Barbosa (PSB), de Aílton Lopes (Psol) e do senador Eunício Oliveira (PMDB). Ao Senado está certa a candidatura do deputado federal José Guimarães (PT).

Roberto Pessoa, pré-candidato do PR ao Governo, afirmou ontem, durante o programa “Debates do Povo” – Rádio O POVO CBN - FM 95.5, que teria sido chamado por Tasso Jereissati (PSDB) e Lúcio Alcântara (PR) para ser candidato e condicionou sua candidatura à entrada de Tasso na disputa pela vaga ao Senado. A convenção do PR está marcada para o dia 30.

A candidatura do ex-governador ao Senado também não é garantida. O PSDB pretende realizar a convenção apenas no dia 30. O PCdoB, por sua vez, pretende manter a candidatura de Inácio à vaga. Porém, caso Guimarães seja candidato, a chance de Inácio ser o nome da base aliada ao Senado se tornaria menor. Segundo o vice-presidente do partido no Ceará, Benedito Bizerril, essa definição deverá se dar na convenção partidária, que acontecerá entre os dias 28 e 29, e em discussão com os aliados.

Análise
“A política é a arte humana que mais se aproxima de um jogo. Quanto mais indefinida a situação, mais os atores políticos tendem a não fazer o primeiro lance e a observar como os adversários se comportam”, analisa o cientista político Valmir Lopes, professor da Universidade Federal do Ceará (UFC). 

Segundo o sociólogo, existem dois planos de ação: o nacional e o estadual, e as ações em um influenciam no outro. No caso cearense, a conjuntura estadual seria mais influenciada pelo cenário nacional. A decisão de Eduardo Campos em disputar a Presidência, o que fez Cid abandonar o PSB para apoiar Dilma, e o fato de Eunício ser uma figura importante dentro do plano nacional diminuiriam a margem de ação do governador.
FONTE: O Povo

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