domingo, março 22, 2015

Exílio ou Protagonismo - QUAL O FUTURO POLÍTICO DE CID GOMES?

CidGomes-8mar2015-Foto-AgCamara
A espetacular saída do cearense Cid Gomes do Ministério da Educação fez nascer um debate nos meios políticos: fora do Governo, longe de Brasília, qual o futuro de Cid? 

Há quem considere, por exemplo, que a forte repercussão positiva imediata do episódio, detectada pela reação nas redes sociais, faz dele um nome potencial para disputa da sucessão presidencial de 2018. 

A ideia é simples e tem passado na cabeça de inúmeros políticos: 
a) O PT está desgastado com o governo de Dilma Rousseff se segurando pelas tabelas até 2018; 
b) o PSDB está em constante crise de personalidade e não consegue de fato incorporar o desejo de mudança que existe na sociedade; 
c) Marina Silva (ex-PT, ex-PV, momentaneamente no PSB e a caminho do Rede Sustentabilidade) não tem musculatura partidária e não consegue passar para um segundo turno. A ex-senadora pelo Acre e candidata duas vezes a presidente (2010 e 2014) não preenche no imaginário do eleitor todos os requisitos para ocupar o Palácio do Planalto –entre outras razões por nunca ter sido eleita para exercer função executiva.
d) Cid poderia ser um nome híbrido, ou seja, captar a continuidade das conquistas sociais da Era Lula e, ao mesmo tempo, ser um nome de moralização e de renovação que as ruas tanto precisam.

Finalmente teria chegado a hora de haver uma "NOVA" terceira via?

Cid Gomes (ex-PMDB, ex-PSDB, ex-PPS, ex-PSB e hoje no minúsculo Pros) pode preencher a demanda falando o que acredita que os eleitores querem ouvir: críticas fortes ao sistema político, como as que fez recentemente ao Congresso, dizendo que ali há de 300 a 400 achacadores. 

A família já teve Ciro Gomes, 57 anos, duas vezes candidato ao Palácio do Planalto (1998 e 2002). Agora, Cid, de 51 anos entrou na fila. 

Mais do que nos meios políticos, onde aliados e opositores lançam seus olhares apaixonados sobre o tema, é no espaço acadêmico que o debate ganha força e avança. O nome de Cid Gomes tem estado presente de maneira destacada nas discussões, a partir do barulhento episódio da Câmara. Busca-se entender as motivações do político cearense, se havia estratégia traçada e, especialmente, o nível de protagonismo que ele passa a desempenhar no momento em que assume uma postura que lhe custa o cargo de ministro, mas, ao mesmo tempo, pode ser o fato de que necessitava para ocupar um espaço novo na disputa política nacional.Lembre-se, por exemplo, que no mesmo dia em que Cid foi à Câmara foi divulgada pesquisa do Instituto Datafolha apontando aprovação de apenas 9% dos brasileiros ao Congresso Nacional.

Várias visões
Há um certo consenso de que a performance do ex-ministro lhe fez somar pontos, da mesma forma que também surge como ponto comum na análise deles a necessidade de esperar mais um tempo para entender se os efeitos favoráveis imediatos se consolidarão. No entanto, condiciona à adoção de estratégias corretas a partir de agora como forma de manter o grau de exposição positiva que o episódio proporcionou.

Outro ponto que aparece forte nas análise se relaciona aos planos de morar nos Estados Unidos, que Cid poderia retomar depois de ficar livre do cargo federal. Essa sua ida, poderia lhe colocar no limbo político e fora do debate nacional.

Resta saber, qual será o discurso de Cid nas próximas semanas.

Um comentário:

Anônimo disse...

Caro Kt , vc é tão bem informado, pois publique no seu blog que o santo Eduardo Cunha ,que tanto pediu respeito ao Cid Gomes, e que chamou o mesmo de mal educado, tá enrolado até o talo no petrolão!!! Vc tá igual a rede Globo , engasgado? ?? Por isso não fala o que não le convêm! !!
Admite Kt , o PMDB é a praga do Brasil! !!!!