domingo, março 22, 2015

RAPIDEZ NO CRESCIMENTO DA IMPOPULARIDADE DE DILMA ASSUSTA

A Datafolha apresentou uma pesquisa em que a avaliação péssima e ruim do governo subiu de 44% para 62% de fevereiro para cá. Para a socióloga Fátima Pacheco Jordão, mais do que o baixo número de eleitores que aprovam o governo Dilma Rousseff, o dado mais alarmante da pesquisa é a rapidez com que o quadro se deteriorou e a homogeneidade da insatisfação, que chega a regiões e setores da sociedade mais próximos à presidente.

Fátima é especialista em pesquisas de opinião e acredita que a “aguda crise de opinião pública” não necessariamente reflete a situação do governo diante das crises que enfrenta, mas a avaliação que a população faz. A especialista diz que a rapidez da mudança na opinião do brasileiro pode ser explicada, entre outros fatores, pela piora da situação econômica. “Nem sempre crises políticas e econômicas são sentidas pela população, mas neste momento está afetando o bolso, de maneira diferente, de todas as classes”, avalia a mulher que acredita que enxerga que a saída possível em uma situação delicada como a atual exige “respostas fortes”. A professora concorda que elas ainda não foram apresentadas pelo governo desde que os opositores foram às ruas no último domingo, mas vê as medidas adotadas até aqui como “um começo”.

O professor da Fundação Getúlio Vargas Marco Antônio Carvalho Teixeira, vê a pesquisa Datafolha também reflete a difícil situação do Congresso. Com 9% de aprovação, o Congresso, apesar de não ter sido alvo direto das manifestações de domingo, terá de dar respostas à população e não poderá se dar ao luxo de travar projetos do Poder Executivo sob pena de “morrer abraçado” com o governo, avalia o cientista político. “As manifestações expõem o Executivo, mas o Legislativo não está deixado de lado. O governo sai na frente com pacote anticorrupção e o Congresso não vai poder travar ações do Planalto”, avalia Teixeira.

Já o cientista político e professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Fábio Wanderley Reis avalia que apesar de legítimas, as manifestações que levaram milhões às ruas não devem ter força suficiente, neste momento, para provocar mudanças significativas nos rumos do País, especialmente porque Dilma já deixou patente sua deficiência para comandar este processo. Para Fabio o País vive praticamente um apagão em termos de lideranças políticas que possam conduzir o barco neste momento de caos e recolocar a nação na rota do crescimento. 

Com informações do Jornal de Brasília*

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