quarta-feira, fevereiro 01, 2017

GOVERNADOR DIZ QUE SECRETÁRIO FOI MAL INTERPRETADO

O governador do Estado, Camilo Santana, disse ontem que o secretário da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS), André Costa, foi mal interpretado quando afirmou em entrevista no último sábado (28) que “para o bandido, a gente oferece duas coisas: se ele quiser se entregar, a gente oferece a Justiça. Se ele quiser puxar uma arma (…) a gente tem o cemitério”. Camilo Santana afirmou que a orientação dele é defender a legalidade em todos os caminhos, em todos os processos dentro do Governo. 
“Eu sou um defensor árduo da legalidade e das leis e da Justiça. Portanto, essa sempre será a minha orientação. Acho que houve um equivoco na interpretação da entrevista dele”. O governador reforçou que não abrirá “mão de combater a criminalidade no Estado doa a quem doer”. Camilo Santana elogiou o secretário ao dizer que ele é uma pessoa que tem “larga experiência. Além disso, destacou que André Costa é uma “pessoa dinâmica, que participa das operações, divide os problemas com a tropa e acho que é isso que estamos precisando nesse momento”. 
Polêmica
A declaração do titular da SSPDS causou polêmica. Associações de policiais manifestaram apoio à fala de André Costa, mas a Associação Cearense do Ministério Público (ACMP) e o Conselho Penitenciário do Ceará (Copen- CE) criticaram a afirmação.
Ontem foi a vez do Conselho Penitenciário emitir nota sobre a entrevista. “A própria lei autoriza ao agente de segurança, de forma proporcional, a reagir a situações de confronto direto”, disse a nota do Copen. O órgão, no entanto, ressaltou que “mesmo que inserida no contexto da entrevista, a fala do secretário que mostra aos bandidos a Justiça ou o cemitério, passa a nítida impressão de que os policiais estariam autorizados a agir com violência em toda e qualquer situação de risco, o que, certamente, dará origem a abusos”. 
O Conselho Penitenciário finaliza afirmando ser “órgão do sistema de execução penal, adota como regra inafastável o respeito à dignidade humana, e repudia a incitação à violência, notadamente a praticada por agentes estatais, como forma de combate à violência”.
Fonte: DN


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