quarta-feira, julho 31, 2019

A ERA CID GOMES EM SOBRAL (1997-2004)

Cid Gomes e o Veveu Arruda

Cid Gomes iniciaria uma nova fase na história de Sobral, mesmo pertencendo a um clã familiar tradicional da cidade e tendo suas práticas políticas de apadrinhamento e clientelismo semelhantes às tão comuns politicas oligarcas interioranas, faria uma gestão inovadora e inegavelmente provocadora de um divisor de “o antes e o depois” da sua passagem pelo poder municipal. 
Mudando constantemente de sigla partidária e sendo a vitrine administrativa do seu irmão Ciro que se efetivaria nas décadas inicias do século XXI como um sempre candidato a presidência, Cid governaria com uma sólida base legislativa tendo o apoio quase unânime dos vereadores e o controle dos meios de comunicação da cidade, sobretudo do então importante meio radiofônico sobralense. Políticos ainda em projeção como o Padre José Linhares e rebeldes dentro do seu grupo partidário como o empresário e Deputado Sávio Pereira Pontes foram enquadrados. Desafetos como o combativo vereador Luciano Linhares, seriam neutralizados pelo novo status quo local. 
Sobral teve uma mudança radical em sua infraestrutura. A "Era Cid" mudou a cara da cidade com dezenas de obras de grande porte, com o importantíssimo tombamento do Centro Histórico de Sobral pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1999 e a montagem de equipamentos urbanos que otimizaram a máquina administrativa. A cultura e especialmente a educação ganharam uma atenção especial com projetos que se tornariam referência nacional.   

Em 2000, já com a permissão constitucional de reeleição para um segundo mandato, Cid, agora no PPS, foi reeleito sem dificuldades com 68% dos votos válidos. O candidato Marcos Prado (PFL), “o chocolate”, apesar de empolgantes comícios e músicas de campanha que relembravam as épicas eleições protagonizadas por seus familiares, não teve êxito em termos de votos ao buscar resgatar as paixões políticas da outrora vitoriosa Família Prado.

Cid sairia do poder em 2004, deixando o comando da prefeitura para os sempre confiáveis aliados Leônidas Cristino (2004- 2010) e Clodoveu Arruda (2010-2016). Este último, apesar de um histórico membro do PT sobralense, sempre esteve em primeira ordem com sua esposa Izolda Sela, incondicionalmente apoiando os Irmãos Ferreira Gomes. 
Diferentemente de Leônidas que fora reeleito em 2008 sendo praticamente candidato único, pois a oposição desarticulada não apresentou um tradicional candidato, “Veveu” Arruda, por sua vez, teve grandes dificuldades em 2012 para derrotar o abastado e quase desconhecido Dr. Guimarães. Para muitos, uma candidatura de última hora de Marcos Prado foi implicitamente fomentada pelos partidários de Cid Gomes para dividir a oposição. Veveu venceu com a aprovação de pouco mais da metade do povo sobralense (50,34% dos votos válidos). 


Texto escrito pelo Professor Kleber Teixeira Santos - 
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