domingo, novembro 21, 2010

IGREJINHA: SOCIEDADE IPUENSE REAGE CONTRA A BUROCRACIA E A DESCONFIANÇA


A novela da restauração da histórica igrejinha de Ipu ganhou novos desdobramentos, em meio à queda de parte do teto devido a uma pesada chuva que aconteceu nos últimos dias. O temor do inverno que se aproxima levar ao desabamento total do teto da Igreja e consigo as paredes, levou uma parcela da sociedade ipuense a uma grande mobilização.
Liderada pela funcionária pública Ana Maria Melo Aragão (foto acima em entrevista a TV Verdes Mares) foi deflagrada uma campanha pela restauração do teto e evitar danos maiores.
A campanha ganhou repercussão em todo Estado devido a presença da equipe da TV Verdes Mares. A reportagem, exibida no noticiário CETV no início da semana passada, destaca o caos que se encontra o secular templo religioso e dá ênfase ao descaso do poder público. A repórter global Clarissa Capistrano chegou a destacar na matéria que “tentou entrar em contato com Secretário de Obras do Município Sebastião Rufino, mas um funcionário disse que não tinha o número do celular do secretário e que a secretaria não tinha telefone fixo”.
Apesar de ser uma atribuição legal da Igreja Católica a restauração do prédio histórico virou uma novela mexicana. Nos anos 90 a Renovação Carismática, responsável à época pela manutenção do local, fez o desfavor de construir um banheiro dentro do templo religioso. No início do século XX, sobretudo durante a gestão da Prefeita Corrinha do Torrim, o prédio foi abandonado pelo meio religioso e teve sua estrutura comprometida. A então Prefeita, através do Secretário de Obras e seu esposo Torrim, chegaram até a anunciar aquisição de uma verba para a sua recuperação, mas não passou de mais uma de suas promessas não cumpridas.
  Daí veio a administração Novo Tempo e a esperança de uma solução para o problema. Em uma reunião realizada no Gabinete do Prefeito em maio de 2009(foto abaixo) e contando com a presença do Padre Nonato Timbó, pároco de Ipu e representante da diocese de Sobral, ficou determinado que a Prefeitura e a AFAI (Associação dos Filhos e Amigos de Ipu) encabeçariam a aquisição de verbas para a recuperação da Igrejinha. Nesse ínterim, a P.M.I. gastou incrivelmente mais de R$ 50.000 para cercar a Igrejinha. E só. Segundo Ana Aragão " o que a Prefeitura gastou com a cerca dava para ter restaurado o teto e "amarrado" as colunas, evitando  assim o problema atual."
Somente em 2010 apareceu uma luz. A AFAI, através da articulação do seu presidente Guto Pontes, conseguiu com o Deputado Manoel de Castro uma dotação de verba parlamentar de R$560.000,00 para a obra, sendo a homologação da mesma feita através do ofício 37/2010 da Assembléia Legislativa do Ceará. Porém a verba veio em ano eleitoral e a mesma está travada nos tramites da burocracia.
    A questão-mor é que a Igrejinha não pode esperar por essa verba. S.O.S é a melhor definição para essa situação em que a mesma se encontra. Somado a esse quadro, vem a desconfiança que a sociedade tem em relação a Prefeitura de Ipu na realização dessa obra quando a verba chegar, pois a mesma passa por uma séria crise de credibilidade junto a sociedade. É público também que a Estação Ferroviária ficou muito aquem do que se esperava, embora o caos que se encontrara ficou para trás. Não esquecendo que a AFAI tem uma diretoria que, em sua maioria, é arredia dos verdadeiros problemas socioeconômicos em que se encontra o município, onde seus ilustres membros tem afazeres na capital e em outras urbs, o que os distanciam de vários segmentos da comunidade ipuense.
Não é hora de apontarmos os culpados e sim de apoiarmos a idéia de Ana Aragão  e das demais mulheres ipuenses de fibra que se engajaram nessa causa altruísta.
                                   

Um comentário:

Anônimo disse...

REAGE - ATUALIZANDO