domingo, novembro 19, 2017

OPOSIÇÃO CRITICA APROXIMAÇÃO DE EUNÍCIO COM CAMILO

Deputado Roberto Mesquita (PSD)
Enquanto o governador Camilo Santana (PT) participava de evento, no Palácio da Abolição, com o presidente do Congresso, senador Eunício Oliveira (PMDB), deputados da oposição questionavam, ontem, na Assembleia Legislativa, a “aproximação” entre os até então rivais políticos. 

Para o deputado Roberto Mesquita (PSD), é contraditória a postura de lideranças governistas que “esculhambam” o presidente Michel Temer (PMDB) e, “por trás, estão fazendo um acordo” com ele. Mesquita afirmou ainda que, por conta dessas atitudes “enganosas”, ser cara de pau virou a marca dos políticos.

A participação do senador Eunício Oliveira no lançamento do projeto “Juntos por Fortaleza”, do Estado e da Prefeitura, incomodou oposicionistas porque Eunício, considerado até então importante líder da oposição, agora, dá sinais cada vez mais claros de que poderá marchar com Camilo em 2018, com vistas à reeleição ao Senado.

Além disso, a eventual aliança levanta questionamentos de deputados em relação à conjuntura nacional, uma vez que o senador é do PMDB, partido de Temer, enquanto PT e PDT, legendas do governador e de seus padrinhos políticos Cid e Ciro Gomes, respectivamente, fazem oposição ao Governo Federal. Mesquita diz que a aproximação é uma estratégia para enganar a população e beneficiar quem tem acesso ao Planalto.

“Eles estão tentando construir um projeto de união por Fortaleza, mas estão com vergonha de dizer que é o dinheiro do Temer que eles estão tentando ir buscar em Brasília, através dos emissários. Passam aqui a esculhambar o governo Temer e, por fora, correm pedindo a alguém que tem acesso ao governo que libere o dinheiro. O dinheiro é da Nação, tem que buscar sim recursos em Brasília, agora, chega de enganação. O recurso é federal, é do golpista, mas é ele que está, através de determinadas figuras que são seus aliados, irrigando o governo que, numa cara de pau sem precedentes, ainda esconde o que recebe e ainda culpa”.

Poder
Para Mesquita, quem consegue trazer dinheiro para o Ceará “ganha secretarias no Estado, na Prefeitura, poder em todo canto” e é “contemplado com um abraço para continuar no seu mandato”. Em tom de crítica, ele disse esperar que, na parceria, as lideranças políticas não deixem de priorizar repasses para áreas essenciais, como Saúde.
“Porque o que está acontecendo no Ceará é prática nazista, as pessoas morrendo e os chefes se banqueteando”, atacou. “Que dentro desse projeto façam, pelo menos, o básico. Podem sonhar com viaduto, Acquário, mas não deixem as pessoas morrerem no Hospital de Messejana”, cobrou.
Fonte: DN

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