“Há, no PT Fortaleza, uma visão bastante crítica em relação à administração municipal”, destaca Sampaio. A fala ocorre no momento em que o governador eleito Elmano de Freitas (PT) tenta atrair deputados estaduais eleitos pelo PDT para a base de seu futuro governo.
Os pedetistas, por sua vez, anunciaram na sexta-feira passada, 11, a criação de uma comissão interna para discutir qual será a postura do PDT com relação ao petista. Atualmente, o partido está dividido entre um grupo que defende a adesão a Elmano e outro, mais próximo de Ciro Gomes (PDT) e de Roberto Cláudio (PDT), que tende à oposição.
Um dos quatro membros da comissão, Sarto disse não ter “posição fechada”, mas sinalizou que um acordo exigiria reciprocidade de petistas. “Se há de haver uma composição, ela deve ser dentro do princípio da teoria dos conjuntos, uma correspondência biunívoca, vai e volta. Não pode ser uma correspondência vetorial, de um lado para o outro", disse.
Guilherme Sampaio pondera, no entanto, que situação do PT e PDT no plano estadual “não se reproduz” no caso de Fortaleza. “O governo Elmano é um governo de continuidade. Por isso, a maioria dos deputados do PDT considera natural apoiá-lo, uma vez que já integrava a base do Camilo e também colabora com o governo Izolda, dando grande contribuição”.
“Não sei se o Prefeito se referiu a capital em sua declaração, mas esse processo político não se reproduziu aqui”, pontua o presidente do PT Fortaleza. “Relação política se constrói com diálogo, cumplicidade e pactuação em torno de um projeto. Não é matemática”, afirma.
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