segunda-feira, outubro 04, 2021

SECRETARIA DE EDUCAÇÃO DE IPU IRÁ APLICAR DINHEIRO EM PÓS-GRADUAÇÃO DE PROFESSORES - E A VALORIZAÇÃO SALARIAL?

A esperança dos professores da rede municipal de Ipu de terem suas perdas salarias compensadas com um possível rateio do FUNDEB, mais uma vez, implodiu de vez. Depois de contratar uma plataforma digital por mais de 1,7 milhões de reais (
leia matéria aqui) para um ensino remoto que foi quase inoperante e sem planejamento junto a comunidade estudantil durante a pandemia do covid-19, a Secretaria de Educação de Ipu, a qual tem à frente a professora Terezinha Rufino, resolveu investir o gordo dinheiro do FUNDEB oferecendo uma pós-graduação aos docentes através de uma universidade do Piauí (FAEPI). Com isso, os 40% dos recursos advindos do governo federal, serão gastos o que implicará na não existência de sobras para um possível e tão sonhado rateio. 

PROFESSORES INSATISFEITOS
Inegavelmente, a educação tem que investir em capacitações e treinamentos, mas, além do momento não ser oportuno, a grande maioria dos professores do município tem uma ou até mais pós-graduações. Um outro ponto que proporciona insatisfação é que o fato de se ter uma pós-graduação, não gera uma melhoria significativa nos salários desses educadores. 
A Prefeitura de Ipu é uma das cidades do Ceará que pior gratifica quem tem pós-graduação e/ou mestrado em seu quadro educacional de efetivos.

PROGRESSÕES HORIZONTAIS
Os professores não estão sendo devidamente valorizados pela gestão dos Rufinos, a qual ainda usa como escudo a já caduca ideia que "estão pagando em dia". As reposições salárias dos últimos anos, apenas atualizam o valor do piso nacional e nunca houve um aumento acima da média que significasse, de fato, um ganho salarial acima da inflação.

O Plano de Cargos e Carreiras dos Profissionais do Magistério, por exemplo, que foi feito em 2001 pela então prefeita Toinha Carlos e reformulado em 2009 pela Apeoc na gestão de Sávio Pontes, não está sendo colocado em prática como é o caso das progressões horizontais dos professores. Isso é um prejuízo latente, pois as progressões  já deveriam terem entrado no contra-cheque desde 2011 (seria a primeira), 2013 (a segunda), 2015 (a terceira), e assim por diante, ou seja, de dois em dois anos. Os subordinados da Secretária Terezinha Rufino já estão com nove anos de perdas salariais nesse sentido.

É perceptível também o problema das horas pedagógicas que os professores - conforme projeto aprovado na Câmara Municipal, não irão levar para a sua aposentadoria. 

Sem reposições salariais nesse ano, apesar da nítida economia que a prefeitura fez com a não existência de aulas presenciais desde abril de 2020, os professores, assim como os demais servidores públicos, tiveram sua contribuição previdenciária danosamente elevada já nesse ano.  

PARADOXO
A mesma gestão municipal que anuncia milhões em construções de várias escolas na sede e nos distritos, também é a mesma que se mostra indiferente a valorização da classe dos seus professores. 

LEIA MATÉRIA RELACIONADA ABAIXO


Nenhum comentário: