domingo, agosto 14, 2016

ARLETE, UMA VEREADORA REACIONÁRIA E QUE IGNORA VALORES COMO O DA DEMOCRACIA E LIBERDADE DE IMPRENSA

Postei um áudio em um grupo de Whatsap na última sexta-feira, 12, fazendo uma análise como homem de imprensa, da postura da pessoa pública Vereadora Arlete Mauriceia, focando exclusivamente no seu desempenho quanto membro do Poder Legislativo e personagem da política ipuense. Em nenhum momento fiz referência à vida profissional da Professora Arlete, pois sua posição quanto profissional concursada esposa de um analista judiciário também concursado, como assim a mesma diz, a mim não interessa e em nada contribui para a formação da minha opinião sobre o seu legado histórico-politico para a Terra de Iracema. Mas fui surpreendido por uma defesa sua sobre as minhas colocações de maneira desproporcional e desleal em minha página pessoal no Facebook. 

A edil, ao invés de apenas contestar as minhas colocações que questionam sua postura de submissão aos caprichos políticos de uma Administração Familiar e Feudal que se instalou no Ipu, bem como a sua posição de complacência no legislativo local – bem diferente do independente e satisfatório desempenho do seu primeiro mandato, como assim enfatizei no áudio - preferiu entrar na minha vida particular-profissional, expondo a minha ação como educador, algo que não lhe compete nem como vereadora nem como “amiga” em uma rede social. 

Arlete se mostrou ser pequena no quesito democracia e liberdade de expressão. Políticos, sobretudo aqueles com mandato, são e sempre serão alvo de questionamentos por qualquer cidadão em uma sociedade com valores democráticos. Não é pelo fato do “sequer foi ou é meu eleitor”, que não podemos questionar um político que legisla sobre os nossos interesses coletivos. Não é pelo fato do “sequer foi ou é meu eleitor” que, como homens de imprensa, podemos deixar de analisar “as aspirações e sonhos na carreira política” de qualquer figura pública que exerce mandato eletivo nesse país. A ditadura e a censura terminaram em 1985 e o PCdoB, partido que a nobre legisladora está agora contraditoriamente filiada, foi um baluarte na luta para que pudéssemos ter essa liberdade de expressão em um país onde os meios de comunicação são controlados pelos grupos políticos partidários.

Nesses 22 anos como profissional da educação, nunca confundi política partidária com sala de aula. Nessa caminhada, a qual a senhora tem seguros testemunhos familiares, sempre me fiz instrumento de compartilhamento de conhecimentos e estratégias para que meus alunos lograssem êxito nos vestibulares e concursos mais  difíceis da nossa região. Nunca fui desligado do trabalho em uma instituição pública ou privada por querelas políticas e, muito pelo contrário, sempre busco ressaltar o exercício da cidadania e a capacidade crítica dos meus alunos para que entendam que “nem todos aqueles que pregam os direitos humanos, são pessoas direitas e humanas”. Eles também são devidamente orientados à saberem que a hipocrisia é um Vírus contamina a classe política desse país, visão esta mais comprovada do que nunca com a desconstrução de um sonho chamado PT. 
E por falar em sonho, quantos políticos brasileiros, de Brasília ao Ipu, passam por mudanças de ideais quando chegam ao poder e são engolidos pelo sistema fisiologista que torna mais fácil uma reeleição? Quantos políticos de inicio brilhante abdicam da condição de ator/atriz principal para serem elenco de apoio?

Lamento a postura da Vereadora Arlete, mas acredito que a mesma foi “contaminada” pelo autoritarismo e perseguição aos membros da imprensa, promovido por seus líderes políticos via subalternos de plantão nos meios de comunicação local. Acredito que após o stress de campanha, a edil irá refletir que no meio político nem todos aqueles que estão ao nosso redor têm a coragem de dizer as verdades que precisamos ouvir.
Quem não quer ser alvo de críticas ou quem não sabe conviver com estas que saia da vida pública!

Quanto à História do Professor Kléber Teixeira na Educação Cearense, ou a de qualquer outro confrade que trilha nos mesmos desafios educacionais que temos, jamais terá sua imagem apagada e muito menos borrada por um ataque reacionário de uma agora simples, simplória e coadjuvante vereadora.

2 comentários:

Anônimo disse...

Excelente, professor! Como seu ex-aluno, tenho profundo respeito e consideração pelo seu trabalho. Não concordo, ainda, com a postura passiva de boa parte da mídia e sociedade ipuense para com facções políticas que, alcançando o poder, acham que podem se aponderar dele.

Anônimo disse...

Vigia