sábado, dezembro 26, 2020

A PREVISÍVEL ELEIÇÃO DA NOVA VELHA PRESIDÊNCIA DO LEGISLATIVO IPUENSE

O PCdoB, partido majoritário com oito vereadores eleitos, é o epicentro da sucessão da presidência e nova mesa diretora do legislativo ipuense que ocorrerá em 1º de janeiro. Existe até uma reunião prevista para o dia 28 próximo, onde o prefeito Sérgio Rufino (PCdoB) irá fechar a composição da chapa situacionista. 

Mas o partido "comunista" de Ipu chega repetidamente na iminência de uma nova legislatura, repleto de conflitos internos: Arlete, a sempre candidata ao comando do Legislativo, nunca terá o voto de Evaldo e de Monga; Tia Olinda não vota em Arlete que não vota em Olinda e também em Evaldo e Monga; Moreira é rechaçado pelos demais pares do partido os quais ele penetrou deliberadamente em seus redutos eleitorais e até pelo tio Zeca Rufino; Evaldo, acuado por uma denúncia do MP que pede a sua cassação, é carta fora do baralho. Monga, o mais votado na última eleição, e Eduardo do Zé Maurício não tem a confiança do Prefeito Sérgio Rufino e estão no final da fila. Zeca Rufino, orientado pelo irmão prefeito, embora já ande cortejando os dois votos dos edis de oposição (Hilton Belém e Nonato Filho), fica discreto sem se apresentar oficialmente como candidato. 

Estrategicamente Sérgio Rufino se distancia do debate da sucessão da presidência da Câmara Municipal e deixa sua bancada “a vontade” para se definirem e acordarem uma chapa única. A já manjada manobra do gestor ipuense é deixar auto-alimentar as querelas internas dos mesmos e, ao final, se apresentar como o conciliador. Sergio, mais uma vez, deverá se aproveitar da incapacidade de articulação e de agregação dos membros do PCdoB e previsivelmente sair com aquela proposta: "Já que vocês não entraram num acordo, então vocês votam se for o Zeca?”. 

Não esqueçamos que em início de mandato e com muitos cargos e indicações para ainda serem preenchidos, estrebuchar contra o prefeito é pedir para ficar sem prestígio na divisão do bolo da gestão municipal. Nesse sentido e dissimulações a parte, todos sabem que se Sérgio Rufino indicasse "qualquer um" dos seus apoiadores, este seria eleito mesmo com algumas torcidas de nariz. Porém, o ainda prefeito oficial dos ipuenses joga com a previsibilidade e subserviência dos seus edis subordinados daquela casa legislativa. 

OS OUTROS PARTIDOS 

Enquanto isso, os três neófitos do PSB (Gleydson Martins, Ivan Moreira e Conceição Araújo) incluindo aqui também o estreante Raimundo Amaro do PCdoB, não possuem pretensões para pleitearem a presidência da Câmara Municipal de Ipu. A oposição com seus dois vereadores, Hilton Belém (PDT) e Nonato Filho (PROS), não tem quórum para formarem uma chapa de oposição.

SOMENTE UM FATO NOVO

Somente uma decisão dura do Poder Judiciário sobre edis eleitos pelo PCdoB poderia mudar os rumos da quinta reeleição de Zeca Rufino como presidente. E isso é algo improvável, porém não impossível mediante a ainda indefinição de pareceres após operações com apreensões realizadas pelo MPE e PF no último dia antes das eleições. 

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