quinta-feira, dezembro 10, 2020

EDUARDO GIRÃO PARA GOVERNADOR EM 2022 - UMA CANDIDATURA EM CONSTRUÇÃO.

O eleitor cearense, em sua maioria, considerando especialmente o seu comportamento nas últimas eleições majoritárias, tem um perfil de centro-esquerda. Nesse sentido, nas eleições governamentais de 2022, um candidato conservador e “taxado” como alinhado com a extrema direita bolsonarista terá dificuldades de ascender ao Poder Executivo do estado.

Capitão Wagner seria então o nome ideal para ser o candidato das oposições ao governo do Ceará? Apesar de ser um nome de vitrine, sobretudo após o seu heroico desempenho nas eleições para a prefeitura de Fortaleza quando o mesmo lutou contra um colossal poder financeiro e de máquina pública, o Deputado Federal do Pros teria dificuldades para penetrar nesse eleitorado de centro-esquerda o qual é mais incisivo nas áreas interioranas alencarinas. Wagner deve ser preservado para 2024 nas eleições municipais de Fortaleza e seguir com sua pavimentada reeleição para a Câmara Federal.

O Senador Eduardo Girão é no cenário atual o melhor nome nos quadros da oposição ao grupo dos Ferreira Gomes e o seu aliado Camilo Santana (PT). Além de ser desvinculado do conservadorismo dos militares com seus “capitães”, Girão tem carisma e grandes possibilidades de conquistar votos em seguimentos eleitorais identificados com o aqui citado perfil majoritário do eleitor cearense. O parlamentar do Podemos também não sacrificaria a sua legislatura, logicamente não descartando um não êxito em 2022, pois não precisaria se descompatibilizar dos seus oito anos de mandato senatorial.

O debate com vistas a 2022 já começou. As oposições partem em um cenário mais competitivo com cidades importantes (Caucaia, Maracanaú, Juazeiro....) que serão agora governadas por prefeitos desvinculados do grupo situacionista do governador Camilo Santana. Coloquemos também na conta o desejo de mudanças do eleitor fortalezense que deu 48% um não ao continuísmo dos Ferreira Gomes.

Sem Tasso Jereissati (PSDB) para atrapalhar as articulações (ou seria sabotar?) das oposições como assim fez em 2018, a tríade Girão-Wagner-Roberto Pessoa tem agora a tarefa de ampliar o arco de alianças e colocar na agenda grupos interessantes como o PMDB de Eunício Oliveira, o PSD de Domingos Filho com seus 28 prefeitos eleitos e o Solidariedade com o dúbio Heitor Ferrer.

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