Em Ipu, considerando os dados do TRE-CE atualizados nesta segunda, 18, temos um total de 6.629 eleitores de 16 a 24 anos. Isso significa 18,6% do eleitorado local. Mas o que a classe política tanto de situação (e de oposição) tem feito para essa parcela de ipuenses?
Esses jovens estão fora do debate político da gestão municipal (Prefeitura), da Câmara Municipal e das alas partidárias de oposição da cidade. Não há por parte do poder público municipal uma preocupação com a geração de emprego, com a formação educacional continuada, com um desporto mais universal (que saia da mesmice só do futebol) e até com um entretenimento construtivo e bem distante do álcool e das drogas. Não há!
Os caciques políticos de Ipu não tem como agenda a promoção de uma educação superior gratuita acessível ou até coisas básicas como um curso de idiomas, um cursinho pré-vestibular popular e/ou um serviço de formação técnica. Os "socialistas" que são maioria no comando da cidade, são analfabetos em relação a criação de projetos municipais voltados à essa mocidade.
Por que os governos do PCdoB (agora PSB) nunca criaram uma Secretaria da Juventude? Por que não temos essa pasta já que a do Trabalho, do Desporto e da Cultura são apáticas e praticamente invisíveis aos olhares desses ipuenses?
Enquanto a classe política desdenha da força do jovem ipuense, esse blogueiro e professor aqui seguirá buscando conscientizar para que estes não fiquem alheios e submissos. É importante sempre dizer que já nessa eleição é hora de valorizar quem os valoriza na política local. Quem os trata com desdenho e com spray de pimenta merece ser "homenageado" nas urnas com seus candidatos.
O futuro profissional e até mental (visto a falta de perspectivas tão comum no nosso país) está em jogo. Acordemos e deixemos a hipocrisia de lado e façamos políticas com P maiúsculo pensando nas futuras gerações e não nas futuras eleições.
Kleber Teixeira Santos - Historiador e Analista Político
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