quinta-feira, fevereiro 25, 2016

MAIS UM SECRETÁRIO DEIXA O GOVERNO CAMILO SANTANA

Após 13 meses à frente da Secretaria da Cultura do Estado (Secult), Guilherme Sampaio pediu exoneração do cargo. Ele deixa a pasta com críticas à administração, mas promete continuar a apoiá-la. De volta à Câmara Municipal, reforçará o coro contra a gestão Roberto Cláudio (PDT). Ainda que não volte à liderança da oposição, como era antes de ir para o Governo, deve ser protagonista nas discussões deste último semestre de mandato do prefeito.
Ida de Guilherme Sampaio para o secretariado estadual, inclusive, foi interpretada como uma estratégia do governador Camilo Santana, aliado de RC, para enfraquecer o movimento de candidatura própria do PT em Fortaleza.
“Esta decisão é motivada por minha convicção pessoal, consolidada ao longo dos últimos meses, de que o ousado programa apresentado pelo governador exige uma Secretaria forte, autônoma e com autoridade necessária para a execução desta tarefa, o que não vejo em perspectiva”, diz, em nota.
ntre as motivações, o parlamentar destaca as “iminência do calendário eleitoral” e “responsabilidade partidária”. Guilherme integra o grupo que defende a candidatura própria do PT em Fortaleza. Ele é um dos nomes cotados como pré-candidato do partido. Ainda que não dispute o Executivo, o vereador deve buscar reeleição para o parlamento municipal. Pela legislação eleitoral, ele poderia continuar no Executivo até abril.
A decisão chegou a ser celebrada por colegas, como o vereador Ronivaldo Maia. “Ainda não falei com Guilherme, mas creio que o fato de o governador ter sinalizado que o PT deveria apoiar Roberto Cláudio deve ter pesado para ele. Somado, claro a outras queixas como falta de autonomia”, avalia.
O presidente estadual do PT, De Assis Diniz, conta que Guilherme já vinha mostrando, há algum tempo, insatisfação com as dificuldades de agir dentro da pasta. A reclamação de falta de autonomia é recorrente em secretários do governo Camilo Santana, como ocorreu com o ex-titular da Saúde, Carlile Lavor, e o ex-secretário de Esporte, David Durand.
“Na visão dele tem que ter celeridade e, na gestão pública, nem sempre pode ser feito no tempo que se quer”, afirma Diniz. Ele destaca ainda que, neste ano, o período pré-eleitoral será ainda mais importante e exige bastante dos candidatos. “Com a reforma, a pré-campanha será decisiva, já que só teremos 45 dias de campanha (em vez de 90 dias)”, conclui.
Fonte: O Povo

Nenhum comentário: