segunda-feira, janeiro 09, 2017

CAMILO, ACUADO E EM BUSCA DE UMA SAÍDA PARA 2018

Completados dois anos de mandato, Camilo Santana resolveu fazer reformulações em seu secretariado. Para quem convive com o cotidiano do Palácio da Abolição, o Governador está disposto a diminuir a influência dos Irmãos Ferreira Gomes, bem como buscar melhorar a máquina administrativa emperrada em vários setores - sobretudo o gargalo da segurança pública - que lhe tem causado danos que dificultam sua projeção como candidato a reeleição em 2018. Santana sabe que, apesar de Cid ter jogado para platéia que seria o gestor cearense natural candidato a reeleição, é previsível que Roberto Cláudio seja o candidato do PDT e do presidenciável Ciro Gomes ( "Aperte 12 para governador e 12 para presidente").

Camilo tem se aproximado muito de seu pai, o experiente Eudoro Santana, e este tem lhe aberto os olhos para 2018. Acredita-se que uma mudança brusca de filiação ao PSB é uma das saídas num cenário tenebroso de rupturas verticais. 

Na última semana um clima de distanciamento começou a surgir entre o Governador e seus padrinhos políticos de Sobral. 
Camilo remoeu a obra do Aquário - um gasto de mais de 120 milhões do Governo Cid - dizendo que não iria colocar mais dinheiro público para a sua conclusão. Se aproximou de Tasso Jereissati e do PSDB para indicar o tucano Maia Júnior para o seu secretariado, e, por final, cogita demitir Lúcio Ferreira Gomes irmão de Cid da estratégica e eleitoreira Secretaria das Cidades. 

Não temos bola de cristal, mas sabemos que a história é cíclica. Muda-se os personagens, mas o enredo da opereta é quase sempre o mesmo: que assim diga Gonzaga Mota que rompeu com o Coronel Adauto Bezerra em 1986, que assim diga Antônio Cambraia que rompeu com Juraci Magalhães em 1996, que assim diga Cid e Ciro que romperam com Tasso há alguns poucos anos atrás.

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