A reprovação do governo da presidente Dilma Rousseff caiu de 71% em agosto para 67% na pesquisa realizada pelo Instituto Datafolha nos dias 25 e 26 deste mês. Mas, não é motivo de comemoração, pois a taxa é a pior marca numérica desde a posse de Dilma, em 2011. Além disso, a queda de quatro pontos na reprovação não significou um aumento proporcional na aprovação.
Ainda segundo o levantamento, 10% julgam o governo Dilma como bom ou ótimo, só dois pontos acima dos 8% apurados em agosto, o pior patamar de todos os presidentes desde a primeira pesquisa do gênero feita pelo Datafolha, em 1990, ainda no governo Fernando Collor.
Inflação
Para 77% dos entrevistados a inflação irá aumentar no próximo período, uma taxa considerada muito alta em comparação com os anos anteriores e praticamente inalterada desde março. Na opinião de 67% o poder de compra irá diminuir, um recorde (63% pensavam assim em junho).
O emprego, tema forte no discurso de Dilma, também é visto com inédito pessimismo pelo eleitores. Para 76%, o desemprego irá aumentar ante 73% que acreditavam nissso na última pesquisa
Impeachment
O Datafolha também investigou a opinião dos eleitores sobre a hipótese de abertura de um processo de impeachment contra Dilma no CONGRESSO NACIONAL. A ideia continua sendo apoiada pela maioria: 65% acham que os congressistas deveriam desencadear o processo, apenas um ponto percentual a menos que o apurado em agosto.
Para mais da metade dos entrevistados (56%), porém, ela não será afastada. Nesse cenário, 62% opinaram que Dilma deveria renunciar à Presidência da República.
A pesquisa foi realizada entre os dias 25 e 26 de novembro de 2015 e ouviu 3.541 pessoas em 185 municípios. A margem de erro no levantamento com 3.541 pessoas é de dois pontos percentuais.
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