quarta-feira, março 23, 2016

ILUSTRE MÉDICO IPUENSE JOÃO MARTINS CONCEDE "ENTREVISTA-AULA" NO ARENA DE IDEIAS

Sábado, dia 19 de março de 2016, concedeu entrevista radiofônica Dr. João Martins de Souza Torres (Cardiologista), com a temática: Humanização da Saúde.
A temática humanização do atendimento em saúde mostra se relevante no contexto atual, uma vez que a constituição em princípios como a integralidade da assistência, a equidade, a participação social do usuário, dentre outros, demanda a revisão das práticas cotidianas, com ênfase na cooperação com o tecido social. 

Na possibilidade de resgate do ser humano, naquilo que lhe é próprio, é que pode residir a intenção de humanizar o fazer em saúde. Buscar formas efetivas para humanizar a prática em saúde implica em aproximação crítica que permita compreender a temática para além de seus componentes técnicos, instrumentais, envolvendo, essencialmente, as suas dimensões político-filosóficas que lhe imprimem um sentido. 
Nessa aproximação, se faz primordial, inicialmente, a análise do conhecimento. “humanização na saúde”, veiculada em periódicos nacionais, na busca de compreender quais as concepções de humanização que vêm se configurando. Cito Santo Agostinho trai a influência do platonismo. O homem é uma alma que usa um corpo; ou, uma alma racional, que se serve de um corpo terrestre e mortal; ou, “uma alma racional que tem um corpo”. 

Tudo indica que, para Santo Agostinho, o homem é a alma. E, contudo, há textos que parecem fugir ao platonismo: “Porque o homem não é só corpo ou apenas alma, mas o que é constituído de alma e de corpo. Esta é a verdade: a alma não é todo o homem, mas é a melhor parte do homem; nem todo o homem é o corpo, mas a porção inferior do homem; quando as duas juntas, temos o homem”. (Dr. João Martins)
Os questionamentos do Programa Arena de Ideias foram feitos por: Marcos Sampaio, Prof. Raimundo Alves e Leomir Melo. A duração da entrevista foi de 90 minutos. Com objetivo criar novos formatos e linguagens de produção de interação e informações que contextualizam e contribuem para o aprofundamento do debate, ou seja, o pensar o próprio pensar.
Todos os seres são iguais, pela sua origem, seus direitos naturais e divinos e seu objetivo final. (São Francisco de Assis), se “reumanizar” a medicina. De se desenvolver e fornecer recursos humanísticos para o processo de formação e de atuação do médico e dos cientistas da saúde em geral. E isto, não apenas por uma questão de ética, como já se afirmou acima, mas por uma exigência fundamentalmente epistemológica; pela própria lógica do desenvolvimento do conhecimento científico. Isso porque só se pode falar em verdadeira evolução do conhecimento biológico-médico quando se procura a integração dos saberes. 

Teóricos humanistas se lançaram, desde então, ao difícil exercício de nomear a condição humana de forma a mais abrangente possível, numa macro definição unificadora, que ultrapassasse as diferenças entre os homens e mulheres reais, de diferentes classes, etnias e culturas. Definições que se pretendiam universais, as definições da condição humana, geralmente vêm indissociavelmente acompanhadas de um projeto de realização mais plena deste humano, de uma resposta ante ao dilema filosófico do determinismo e da liberdade – eixos de preocupação comum à leitura humanista.
Instituto Simpósio Ipu tendo em vista o cumprimento das exigências estatutárias e reconhecendo os méritos culturais concede certificado de contributo societal ao Dr. João Martins Souza Torres.
Com informações e fotos de Marcos Sampaio - Via expressoipu.com

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