domingo, maio 09, 2021

OPOSIÇÃO AOS FGs INTENSIFICA BUSCA DE APOIO E AMPLIA ARTICULAÇÕES NO INTERIOR

Após ter conseguido um resultado expressivo em Fortaleza e com a vitória de aliados em três das cinco maiores cidades do Ceará, o grupo de oposição ao Governo do Estado que tem o comando político de Cid Gomes (PDT) e do seu aliado Camilo Santana (PT), agora se movimenta para fortalecer as alianças regionais para as Eleições 2022 e traça estratégias para formar uma frente com atuação principalmente nas regiões Metropolitana, Norte e Cariri. 

A investida é puxada pelo deputado federal Capitão Wagner (Pros), deputado federal mais votado no Estado em 2018 e que obteve 48,31% dos votos no segundo turno da eleição municipal de Fortaleza em 2020. Com ele, atua o senador Eduardo Girão (Podemos) também tido como um político-chave para as estratégias do grupo de oposição no próximo ano, cotado para ser candidato ao Governo do Estado.

A ideia central é montar uma chapa forte e competitiva, que tenha representantes de diferentes partes do Estado. Para isso, é fundamental organizar a base.

Para isso, Wagner e Girão já estão em campo, em visita a lideranças, e em busca de prefeitos para serem cabos eleitorais. Para eles, um dos focos é atuar no que consideram ser um “vácuo” deixado pelo bloco governista, que teria deixado lideranças municipais descontentes com uma suposta falta de apoio do governador Camilo Santana (PT). 

HISTÓRICO DE VITÓRIAS

A atuação dos oposicionistas é baseada no cenário imposto nas últimas eleições. Eles ganharam a disputa em cidades como Juazeiro do Norte, Caucaia e Maracanaú, e isso deu fôlego para chegarem confiantes em 2022.  

Caucaia elegeu Vitor Valim (Pros) com cerca de 4 mil votos a mais do que seu adversário, Naumi Amorim (PDT). Em Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra (Podemos) venceu Arnon Bezerra (PTB) com quase 3 mil votos a mais, apesar do apoio dos Ferreira Gomes.  

Já em Maracanaú, Roberto Pessoa (PSDB) continua liderando o grupo que governa o município. E em São Gonçalo do Amarante, o Professor Marcelão (Pros) venceu Elder Gurgel, do PDT, por mil votos a mais.  

REGIÕES ESTRATÉGICAS

Entre as estratégias de articulação, está a de concentrar a busca por aliados no Cariri, na Região Metropolitana e na Região Norte. No sul do Estado, Capitão Wagner lista, como principais lideranças, Glêdson Bezerra, do empresário Gilmar Bender 9ue desistiu da candiudatura a prefeito por não ter o apoio dos Fgs) , o ex-prefeito de barbalha Argemiro Sampaio (PSDB) e o ex-candidato a prefeito do Crato, Aloísio Brasil (Pros). Na Região Metropolitana, a atuação para fortalecer a oposição permanece nas figuras de Wagner e Girão.

Na Região Norte, a oposição conta com a articulação do deputado federal Moses Rodigues (MDB) e do seu pai e correligionário Oscar Rodrigues, que concorreu ao cargo de prefeito de Sobral no ano passado. 

DANILO FORTE DO PSDB

Um outro quadro do PSDB cearense, o deputado federal Danilo Forte, vê confluências que poderão unir ainda mais o grupo. Ele avalia que a “ineficiência da Saúde Pública, violência e empobrecimento da população” cearense são pontos de concordância no grupo de oposição. O parlamentar diz ainda que é justamente esse entendimento crítico acerca das ações do governo que poderá manter o grupo para que em 2022 possa atuar como uma alternativa. 

POLÍTICA NACIONAL X REGIONAL

Há, no setor de oposição, um prognóstico de que o gigantesco arco de aliança em torno de Camilo em 2018 não se repetirá no ano que vem. O petista foi reeleito em 1º turno com cerca de 89% dos votos, tendo 21 partidos na coligação, apoio de 128 dos 184 prefeitos e de 37 dos 46 deputados estaduais.  “A política do Ceará tem uma série de peculiaridades: partidos estão na base do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em Brasília e no Ceará são da base do PT.  Acreditamos que, ao se aproximar as eleições, as siglas vão se posicionar e, com isso, a gente pode ampliar nosso arco de aliança”, pontua Capitão Wagner.  Como exemplo desse cenário, está o Partido Liberal (PL), que apoia o Presidente da República em Brasília, mas no Ceará se alinha ao governo de Camilo Santana. 

Outro ponto que a oposição do estado pode tirar proveito é que o PDT e o PT, unidos aqui no Ceará, estarão divididos em nível nacional no primeiro turno com os presidenciáveis Ciro Gomes e Lula. 

com informações de Felipe Azevedo (Diário do Nordeste na edição deste domingo, 09/05) e adaptação de texto do Blog do KT

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