segunda-feira, março 30, 2015

SEM MINISTÉRIOS, CEARÁ PERDE ESPAÇO NO GOVERNO DILMA

Depois de dois meses e meio à frente do MEC, Cid Gomes teve saída ruidosa da Esplanada dos Ministérios
Deputados da base aliada do governo federal e da oposição avaliam que a saída do ex-governador Cid Gomes (Pros) do Ministério da Educação (MEC) evidencia falta de representatividade de cearenses no cenário nacional, particularmente no primeiro escalão do governo da presidente Dilma Rousseff (PT).

Líder do PDT na Câmara, o deputado André Figueiredo analisa que nos últimos anos “não tivemos uma presença destacada no cenário ministerial”. O parlamentar acredita que a passagem de Cid pelo ministério poderia contribuir para a educação no Estado. No entanto, não vê como determinante a presença dele para que os projetos e recursos fossem garantidos ao Ceará.

Na mesma linha do pedetista, o tucano Raimundo Gomes de Matos destaca que a saída do ex-governador cearense deixa uma “lacuna” para o Ceará e Nordeste. “Há uma falta de representatividade (de cearenses) na equipe da presidente Dilma. Já tivemos oportunidade com Ciro Gomes, Francisco Teixeira. Ambos aceleraram as obras da transposição”, avaliou.

O deputado federal Danilo Forte (PMDB) lamentou a falta de espaço do Ceará no governo. “O ideal era que a gente ocupasse os espaços o máximo possível. Historicamente, o Ceará sempre foi representado, teve grandes nomes”. Danilo declarou que a saída de Cid foi ruim nessa perspectiva, embora tenha criticado a escolha do nome para comandar a pasta.

O líder do governo Dilma na Câmara, deputado José Guimarães (PT), afirma que o Ceará não terá prejuízo com a saída de Cid do ministério. “Isso é conversa tupiniquim. O novo ministro vai dar esforço ao Fies, levar mais universidades para o interior, expandir os institutos federais e rearticular o Pronatec”, listou. Para o petista, a discussão de que o Estado perderia investimentos com a saída do ex-governador é “baixa qualidade política”.

Segundo o líder do Pros na Câmara, deputado Domingos Neto, a saída de Cid é uma perda para o Estado em questão de prestígio. Ele defende, porém, que o mais importante é a base política.

O deputado federal José Airton Cirilo (PT) considera “inegável que um ministro cearense seria importante”, pois facilitaria a viabilização de projetos para o Estado. Porém, não acredita que o novo ministro, Renato Janine, inviabilize projetos para o Ceará na área da educação.
Fonte: O Povo

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