sexta-feira, julho 08, 2016

CUNHA RENUNCIA, GOVERNO TEMER SAI FORTALECIDO

Texto de Kléber Teixeira
Eduardo Cunha (PMDB -RJ) é um personagem ímpar na história política brasileira. Articulador exímio e personagem influente na angariação de recursos financeiros para a reeleição de colegas de Congresso, Cunha chegou a presidência da Câmara dos Deputados de maneira avassaladora ao derrotar o candidato da Presidente Dilma.

Reconhecido por transformar a Câmara dos Deputados como um poder protagonista e não submisso ao Poder Executivo, Eduardo passou a ser alvo de investigações da Lava-Jato e, talvez pensando ser imbatível, mentiu ao Conselho de Ética da Câmara dos Deputados ao dizer que não tinha contas no exterior. Esse passo em falso foi fundamental para uma cruzada dos seus inimigos de dentro e de fora do parlamento para que ele, o qual sempre foi no percurso do seu mandato à frente da Câmara uma tormenta para o Governo do PT, fosse expurgado da vida política nacional.
Acuado, Eduardo Cunha criou uma moeda de vingança contra o governo, o qual acusava de ser o arquiteto da sua possível queda do parlamento. Essa moeda foi o Impeachment, matéria fácil de ser diluída no Congresso em meio ao descalabro político e econômico do Governo Dilma.
Cunha conduziu a queda de Dilma, mas depois passou a ser alvo mais incisivo da PGR e do STF em meio as suas manobras para evitar sua cassação pelo Conselho de Ética.

Sua renúncia da presidência legislativa anunciada ontem, quinta (7-8), o deixa fora dos holofotes, o que não vai impedir que ele ainda de posse de um mandato continue se mantendo um personagem influente de bastidores. A pauta agora será a eleição de um novo Presidente da Câmara dos Deputados, o qual deve ser alguém da orbita do Presidente Temer.
Venha aí um segundo semestre mais tranquilo para o governo de Michel Temer. Com uma economia que aos poucos, conduzida pelo habilidosos Henrique Meireles, se ajusta com números melhores para o segundo semestre, o Vice que virou Presidente terá mais tranquilidade na aprovação das pautas de ajuste necessárias para que tenhamos uma economia não mais ligada aos aparelhos. 

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