segunda-feira, julho 25, 2016

Polêmica - RETORNO DE RADIALISTA EM EMISSORA DE IPU CAUSA DIVERGÊNCIA ENTRE PROPRIETÁRIOS

A Rádio Iracema está protagonizando uma das mais tensas querelas políticas de Ipu dos últimos tempos. O recente retorno do radialista Rogério Palhano, inimigo-mor da Família Carlos, à emissora para apresentar um programa político do grupo situacionista Liberdade liderado pelo Prefeito Sergio Rufino (PCdoB), com o consentimento do empresário Bosco Farias, um dos donos da rádio, contrariou uma ordem anterior do empresário Marcelo Carlos.

Marcelo, irmão do pré-candidato a Prefeito Diego Carlos (PDT) e um dos acionistas da emissora, já havia determinado o afastamento de Palhano da Rádio no final do ano passado. Bosco, segundo noticias da imprensa ligada ao Prefeito, vendeu ações da rádio para Rufino o que lhe deu condições para exigir o retorno de Rogério a Rádio.

Na última sexta, 22, o Jornalístico recebeu ordem de Marcelo através do diretor Dário Augusto para ser retirado do ar, o que levou a uma agitação interna nos estúdios da rádio a qual só foi amenizada após o chefe de Gabinete Tião Rufino falar ao telefone com o filho de Zezé Carlos. Minutos depois o noticioso voltou ao ar. No sábado, 23, correligionários do Prefeito foram convocados para irem ao estúdio da rádio para fazerem uma demonstração de apoio a manutenção do programa político, promovendo um intenso foguetório nas proximidades da " AM 1360".

O Blog tomou conhecimento que o empresário membro da Família Carlos vai acionar o meio jurídico para resolver essa questão. Por outro lado, Bosco Farias tem sinalizado que vai manter o contrato feito com os irmãos Rufinos para que permaneça Rogério Palhano no ar. Nesse vespeiro, tem até antigos acionistas da Rádio que são correligionários dos Irmãos Rufino, dizendo que juridicamente continuam ainda tendo poder de posse na emissora junto a Anatel, pois aditivos contratuais não foram devidamente oficializados junto ao Ministério das Comunicações.

Em meio a contratos assinados, aditivos firmados em cartório, prováveis interpelações judiciais e até retaliações, a emissora fundada em 1989 por Gomes Farias e que publicamente foi comprada por volta de 1999 pelos Irmãos Carlos e Bosco Farias, ficando cada um dos lados com 50%, será o centro de uma tensa queda de braços nos próximos dias. Estranhamente, até então, sempre houve uma relação política e empresarial harmoniosa entre os acionistas. 

Como pano de fundo dessa polêmica, está o interesse do Prefeito Sergio Rufino, após não ter conseguido abrir um canal de FM em tempo para a campanha que já se inicia, em ter programas políticos que promovam a defesa da sua administração e ataques aos seus opositores políticos. Utilizar o rádio para este fim virou praxe corriqueira em ambos os grupos políticos da cidade nas últimas décadas, sobretudo depois que o rádio passou a ser um componente imprescindível na arregimentação de correligionários e mobilizações políticas. 

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