domingo, maio 28, 2017

CENÁRIO DE INDECISÕES FAVORECE A AINDA PERMANÊNCIA DE TEMER NO PODER

A base do governo não entra em um acordo para trabalhar um sucessor para Michel Temer (PMDB). Todos os partidos temem que esse possível sucessor saia candidato a reeleição em 2018, caso faça um bom mandato mediante o cenário ainda favorável a uma retomada da economia brasileira e médio prazo. Daí, PSDB, DEM e o próprio PMDB não encontram um ponto de convergência. Os Deputados e Senadores que tem a função de eleger um novo ocupante para o cargo maior da nação, não convergem para nomes como Nelson Jobim, Henrique Meireles e Tasso Jereissati. 

O Impeachment nas mãos do Presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM), para ser colocado em pauta quando ele decidir, por ser um processo demorado é uma ação com poucas chances de ir para plenário. O Legislativo Federal busca - e isso é louvável e que curiosamente ajuda Temer com a ideia de normalidade nas ações do governo - manter a agenda de reformas nas votações. 

A voz das ruas, com uma esquerda baderneira e sem líderes com crédito perante a sociedade, não conseguiu desestabilizar o governo e nem mobilizar a sociedade brasileira para uma avalanche com o "Fora Temer". Se depender das manifestações para que a renúncia presidencial venha, as chances estão ainda perto de zero. A ideia da convocação de uma eleição direta, como muitos assim tem se manifestado, é totalmente sem eco no Congresso e esbarra na burocracia para se alterar a Constituição. 

As atenções se voltam para uma possível queda de Temer via julgamento da chapa Dilma-Temer no TSE que se iniciará em 6 de junho. Manobras jurídicas podem levar essa decisão para uns três ou quatro meses de tramite e julgamento final via STF, pois os advogados do pmdebista estão municiados para postegar todas as decisões. Não esquecendo que ainda há uma possibilidade do Presidente ainda vencer no tribunal.

Para o Chefe da Nação a semana que passou foi fundamental. O Mercado Financeiro (historicamente uma "força oculta" fundamental para derrubar presidentes no Brasil) ainda obedece ao "Primeiro Ministro" Henrique Meireles e as votações das reformas pró-governo seguiram no Congresso. Enquanto as indecisões e incertezas seguem, o Presidente vai tentado sobreviver e prepara para esta semana uma Agenda Positiva. 
Enquanto fatos novos de grande relevância não acontecerem, a estrutura política do Palácio do Planalto segue sem ser abalada. A novela segue.
Texto: Professor Kléber Teixeira Santos.

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