Desde o final do ano passado afirmávamos nesse espaço e nas nossas participações radiofônicas, que haviam dois movimentos políticos de bastidores que convergiam: O interesse do Prefeito Sergio Rufino (PCdoB) em fazer 2/3 de maioria em sua bancada na Câmara Municipal, e outro era a aproximação do PV e do PCdoB - ambos da base de apoio ao Governador Camilo Santana - em Ipu, siglas encabeçadas pelo vereador Adriano Melo e o prefeito, respectivamente.
Depois que Adriano, um dos maiores críticos da gestão municipal na legislatura passada, votou na reeleição de Zeca Rufino (PCdoB) para um terceiro mandato na presidência da Câmara Municipal, o mesmo passou a ser hostilizado dentro do seu próprio grupo. Sem a habilidade de liderança e de reação às críticas, Melo acusou o golpe e passou a negociar uma contraditória adesão com os irmãos Rufinos.
Na sessão legislativa desta terça, 9 de maio, Adriano oficializou sua adesão a bancada de situação. A ideia original de dar um "apoio branco" não foi aceita pelo gestor de Ipu, fazendo o vereador ir de "corpo e alma" para dentro da gestão municipal. Mas ficou acordado que Melo, o qual já tinha fechado com os Rufinos a adesão desde a semana passada, só iria se pronunciar depois que o Governador estivesse no Ipu e que juntos criassem uma narrativa de palanque que estavam unidos em prol de projetos para o município.
Adriano deverá ser contemplado com cargos, indicações e o comando da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Tecnológico do município. Também sabe-se que o edil acertou com Sergio Rufino que apoiará o deputado estadual do Grupo Liberdade, mas que será liberado para apoiar o Deputado Federal Moses Rodrigues (PMDB) que tentará reeleição.
Para muitos, o edil do PV com essa manobra - apesar do seu discurso de que está fazendo isso para tocar projetos em prol do progresso do município - implodiu seu desejo de um dia ser Prefeito de Ipu.
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