segunda-feira, maio 08, 2017

FHC DIZ QUE AINDA É CEDO PARA 2018, MAS DORIA E LUCIANO HUCK SÃO "O NOVO"

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso diz ser “muito cedo” para falar em candidaturas ao Planalto em 2018, porém considera que hoje “o novo” no cenário político é representado por figuras como o prefeito paulistano, João Doria, e o apresentador de TV Luciano Huck. FHC diz que o peemedebista “entendeu que o papel dele ou é histórico ou é nenhum”.
O tucano foi menos cruel do que em dezembro, quando ressaltou aquela que talvez seja a mais precisa definição da gestão Temer, chamada por ele de “uma pinguela”.
A imagem da ponte frágil colou, mas FHC afirma agora que o presidente tem mostrado “mão firme no leme”.
Sobre a sucessão de Temer, tema abordado rapidamente na entrevista que concedeu por telefone na quinta (4), FHC alterna cautela a insinuações de entrelinhas. Doria surge naturalmente na conversa, já que é estrela emergente no PSDB por ter alta popularidade e não estar associado à Operação Lava Jato como seu padrinho político, o governador Geraldo Alckmin (SP), ou o senador Aécio Neves (MG).
Citados em delações, os até então presidenciáveis do tucanato viram suas intenções de voto derreterem. O PSDB também perde pela associação ao impopular Temer.
Já o nome de Huck, amigo de FHC, foi semeado pelo ex-presidente de forma quase fortuita. Se ele o fez para germinar ou para dividir atenção com o prefeito paulistano, o tempo dirá.

O apresentador da Globo já disse que está na hora de “sua geração” chegar ao poder, mas não confirma pretensões eleitorais e até aqui não está filiado a nenhuma agremiação –foi sondado pelo Partido Novo, sigla neófita em pleitos nacionais.
Num cenário ampliado da mais recente pesquisa do Datafolha com inúmeros candidatos, inclusive dos mesmos partidos, Huck aparece com 3%, e Doria, 5%. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera esse e outros cenários de primeiro turno.

O tucano teceu também considerações sobre a necessidade de reformas como a da Previdência, objeto de acalorada discussão no Congresso, e falou de política.
Também destoando da avaliação geral de que as lideranças políticas tradicionais estão em sua maioria liquidadas pelas denúncias de corrupção e caixa dois presentes nas delações da Lava Jato, FHC lembra que a eleição presidencial de 2018 “é só daqui a um ano meio”.
Com informações Folha de São Paulo

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