terça-feira, outubro 07, 2014

BAIXA VOTAÇÃO FRUSTA ARTUR BRUNO E INÁCIO ARRUDA

Dois nomes que construíram história na esquerda política do Ceará foram excluídos da atividade parlamentar por decisão dos eleitores. Um dos nomes é o senador Inácio Arruda, do PC do B, que, ao tentar voltar à Câmara Federal, ficou como terceiro suplente, somando apenas 55.403 votos. Outra votação frustrante foi do deputado federal Artur Bruno (PT), postulante a deputado estadual.

Bruno que, em 2010, foi eleito deputado federal com  133.152 votos, viu ruir o sonho de reassumir uma vaga no Legislativo Estadual ao receber apenas 26.458 votos. Bruno e Inácio trilharam caminhos parecidos na vida política. Ambos foram eleitos, em 1988, para o primeiro mandato de vereador em Fortaleza e, em 1995, chegaram à Assembleia Legislativa.

Em 2006, Inácio chegou ao Senado com 1.912.663 votos. Ganhou a eleição carregado pelo então candidato vitorioso ao Governo do Estado Cid Gomes e derrotou, à época, o adversário Moroni Torgan. Seis anos após a eleição de senador, Inácio começa a enfrentar o declínio político ao disputar a Prefeitura de Fortaleza e receber minguados 22.808 votos – apenas 1,8% dos votos válidos.

Em 2014, a frustração com a baixa votação. Os 55.403 votos o deixam apenas como terceiro suplente da Coligação PRB, PP, PDT, PT, PTB, PSL, PHS, PSD, PC do B, SD (Solidariedade) e PROS. O PC do B do Ceará terá como representante na Câmara Federal o deputado reeleito Chico Lopes (80.578) – menor votação entre os 22 novos parlamentares.

Bruno decepcionado

O deputado federal Artur Bruno tentou, ao longo da noite do domingo e durante a manhã de segunda-feira, após as eleições, encontrar explicações para tamanho desastre eleitoral. Bruno decidiu, no ano passado, voltar para o Ceará e lutar para ser deputado estadual.

Apostava que a sucessão de mandatos conseguido sempre com boas votações o ajudaria a retomar a carreira no Legislativo Estadual. Sem apoio dentro da própria categoria do magistério, o petista sentiu a escassez de votos.

Os números que saíram das urnas, porém, fizeram Bruno amargar a única e maior derrota política de sua carreira de 26 anos na atividade parlamentar (1988-2014). Foram apenas 26.458 votos. A votação foi considerada inexpressiva diante dos votos que o petista conseguiu nas eleições de 1988 e 1992, respectivamente 2.544  e 5.536 votos (vereador da Capital), e para deputado estadual nas de 1994 (23.467 votos), 1998 (37.535 votos), 2002 (87.300 votos, segundo mais votado), 2006 (61.996 votos) e, em 2010 quando foi eleito deputado federal com  133.152 votos.

Bruno ficou como sétimo suplente da Coligação formada pelo PT, PRB, PTB, PSL, PHS, PV, PSD, SD E PROS, atrás do professor Teodoro, de Fernando Hugo, Dedé Teixeira, Rachel Marques, Manoel Santana e Sineval Roque. Professor de escolas particulares, Bruno se dedicará a sala de aula a partir de janeiro de 2015.
Fonte: CearaAgora

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