quinta-feira, outubro 30, 2014

PMDB PROMETE TEMPOS DIFÍCEIS PARA DILMA, CAMILO E ROBERTO CLÁUDIO

As declarações do governador Cid Gomes (PROS) e do deputado federal José Guimarães (PT) com relação ao PMDB como partido que deve ser combatido e não visto como aliado, parece que já anunciavam os tempos difíceis que as próximas gestões, seja federal, estadual e municipal enfrentarão. Na Câmara Federal, apesar do acordo de rodízio para a presidência da Câmara entre PMDB e PT, a bancada peemedebista deu aval à pré-candidatura do líder do partido, Eduardo Cunha (RJ), para a disputa pela Presidência da Casa em 2015.

A decisão ocorreu um dia depois dos deputados aplicarem a primeira derrota à presidente reeleita Dilma Rousseff. Deputados aprovaram projeto que susta efeito de decreto presidencial sobre conselhos populares.

Para evitar uma espécie de antecipação da briga, os peemedebistas aprovaram oficialmente, por unanimidade, apenas a recondução de Cunha para a liderança do PMDB. A bancada também lançou uma autorização para que ele articule a formação de um bloco para atuar na Câmara no próximo ano.

A ideia é envolver principalmente PR, PP, PSC, PTB e Solidariedade. O PMDB quer isolar o PT, que elegeu a maior bancada da Casa com 70 parlamentares. O PMDB reclama ainda da atuação dos petistas na Casa e a atuação do partido nas disputas estaduais.

Um exemplo foi a interferência de petistas e do ex-presidente Lula em apoio a Robinson Faria (PSD) na disputa pelo governo do Rio Grande do Norte, que acabou sendo vital para a derrota do presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN).

No Ceará, o senador Eunício Oliveira já declarou que fará uma oposição crítica ao governador eleito Camilo Santana (PT). A coligação que apoiava Eunício, no entanto, elegeu 11 deputados, mas nem todos devem acompanhar o senador na decisão de marchar como oposição. O presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, Walter Cavalcante (PMDB), por exemplo, prega o diálogo. Até mesmo o capitão Wagner, acusado de coordenar uma milícia dentro da polícia pelos irmãos Ferreira Gomes, diz que vai aguardar o posicionamento do governador com relação às reivindicações da Polícia cearense.

No âmbito municipal, o prefeito Roberto Cláudio e o vice-governador Gaudêncio Lucena romperam na disputa eleitoral e a reconciliação parece impossível. Já na Câmara Municipal, os peemedebistas não parecem propensos a marcharem para a oposição. Após o rompimento do prefeito com o vice, os quatro vereadores Walter Cavalcante, Vitor Valim, Carlos Mesquita e Magaly Marques afirmaram que continuariam apoiando o prefeito. Mesmo com a saída de Walter e Valim no próximo ano, eleitos deputado estadual e federal, respectivamente, os seus substitutos Marcus Teixeira e Luciram Girão, irmão do deputado estadual Lucílvio Girão (SD), devem continuar na base de apoio ao prefeito.
Fonte: CearaAgora

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