A CIZÂNIA DA POLÍTICA IPUENSE

              

Indiscutivelmente a política ipuense tem sido palco de cenas fortes. Um fato novo que acontece pode mudar todo um cenário já projetado e abrir espaço para indecisões, especulações, expectativas e até pressões  dentro do grupo situacionista e oposicionista. O afastamento e o pedido de prisão do Prefeito de Ipu, Sávio Pontes (PMDB), é mais um ingrediente no atípico, amalucado e exótico processo eleitoral da cidade em 2012.

O CENÁRIO ANTERIOR

Até então tínhamos um prefeito que apesar da baixa popularidade nos setores urbanos da cidade e independentes dos poderes públicos, caminhava para uma relativamente e fácil reeleição. Sávio tem um grupo político forte e a aliança com a tradicional e vitoriosa Família Carlos, não esquecendo  também da força política natural de quem está como Prefeito e o apoio do governo do Estado que nunca perdeu uma eleição em Ipu.

A oposição repleta de indecisões. Sergio Rufino (PCdoB), o pré-candidato da oposição com mais estrutura partidária, além de não causar a tão necessária paixão da oposição, não teve a habilidade de trazer para o seu lado o apoio da ex-Prefeita Corrinha (PSD) detentora da preferência eleitoral do povão ligado a facção Morais. Corrinha saiu da política ipuense acusando Serginho de ser o pivô das cisões dentro do grupo de oposição.  O  provável candidato que tem mostrado ser voluntarioso em seu projeto político, também tem o sobrenome "Rufino",  sempre lembrado como uma família que até pouco tempo atrás comungava e se beneficiava com a administração Novo Tempo.

Os demais pré-candidatos de oposição, Ivonaldo Mendes (PHS) e Mourão (PSOL), também não empolgam devido a pouca vocação popular e falta de estrutura de suas candidaturas. O vereador Nonato Martins (PRP)também desgastado com eleitores da oposição por ter abandonado o barco e por um bom tempo ter ocupado uma "secretaria" (Ipuprev) ao lado de Sávio Pontes, não se fez levar a sério com suas pretensões pouco consistentes de colocar seu filho, o advogado Carlos Eduardo, como "o legítimo candidato da oposição".

O CENÁRIO ATUAL

Indefinido e complicado com o período de convenções (até 30 de junho) expirando. Pura cizânia no ar. Da mesma forma que Sávio pode renunciar, ser preso, ou até conseguir um habeas corpus, o Vice Dr. Luiz (foto acima)  que também tem complicações junto a justiça eleitoral pode ter sua posse "melada"  pelos vulneráveis e astutos vereadores ipuenses. Mais cenas fortes virão.

A oposição segue com Sergio Rufino como único candidato com consistência, mas agora com um Deputado Vanderlei Pedrosa - peça fundamental no processo de afastamento do Prefeito - com mais poder de barganha e de olho numa Vice para seu filho Bruno. Dr Luiz condicionalmente como Prefeito o apoiaria de forma decisiva, apesar do médico estar mais para um burocrático sindico perfeccionista do que para estrategista político ocupando um cargo tão importante em um cenário eleitoral cheio de conchaves como o ipuense.

O grupo Rochista tem seu plano B e com mais força que o Plano A. Diego Carlos/Toinha Carlos são o pesadelo  da oposição, assim como Corrinha seria um calo no sapato da Facção Rochista.

No frigir dos ovos e se o quadro se mantiver indeciso, alguém perceberá para qual lado a situação ficou mais ainda complicada.