terça-feira, julho 03, 2012

MEDICINA NA BOLÍVIA - GOVERNO QUER FACILITAR ENTRADA DE MÉDICOS DESPREPARADOS

DESCONFIE: ENTRADA DE PROFISSIONAIS SEM TREINAMENTO ADEQUADO PODEM COLOCAR A POPULAÇÃO EM RISCO

As principais entidades ligadas à área da medicina no Brasil assinaram, em abril, uma carta favorável à manutenção do Revalida, prova aplicada pelo governo para autorizar os médicos formados no exterior a atuarem no Brasil.O Revalida hoje constitui um bom filtro para evitar que médicos despreparados vindos do exterior exerçam a clínica no Brasil. Assinaram o documento entidades como o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp), a Associação Paulista de Medicina (APM) e diversas faculdades de medicina, entre elas USP e a Unicamp. 


PREOCUPAÇÃO COM A ENTRADA DE MÉDICOS DESPREPARADOS
A carta foi escrita depois que correntes dentro do Governo Federal, a pedido da presidente Dilma Rousseff, começaram a trabalhar veladamente para flexibilizar a exigência da prova, com a intenção de facilitar a entrada desses profissionais e aumentar o número de médicos no país.
Uma das propostas que está sendo analisada pelos Ministérios da Saúde e da Educação é dispensar o candidato de fazer o exame, desde que ele cumpra dois anos de trabalho no SUS. A ideia, boa em princípio, é uma temeridade. Com a declarada intenção de ajudar regiões com poucos médicos, na prática ela acabaria colocando profissionais sem treinamento adequado para atender a população mais carente. As entidades médicas encaram, com razão, a possibilidade como uma ameaça à saúde pública. "Isso é colocar o povo em risco, deixá-lo sujeito à tragédia do erro médico. Somos favoráveis ao Revalida como é feito hoje", diz Florisval Meinão, presidente da APM.
Antes do Revalida, as provas para revalidação de diploma podiam ser realizadas por qualquer universidade pública, o que causava grandes problemas. Além do fato de algumas faculdades ficarem anos sem fazer as provas, cada instituição adotava critérios diferentes, levando a exames com graus de dificuldade díspares. Desde 2010, o governo unificou todo o processo. Uma única prova é feita anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) e aplicada em 37 universidades públicas.


ALUNOS REPROVADOS EM MASSA
No ano passado, o resultado da prova mostrou o quanto o Revalida é necessário: dos 677 inscritos, só 65 foram aprovados. Os outros 612 não apresentaram as condições mínimas para exercer a medicina no Brasil. Em 2010, o resultado foi ainda pior: dos 507 inscritos, apenas dois passaram. "A prova é muito básica. Ela cobra conhecimentos que todo médico precisa ter se quiser atender a população, como reconhecer uma pneumonia ou tratar uma diarreia", diz Renato Azevedo Junior, presidente do Cremesp. Segundo o médico, colocar um desses profissionais reprovados para trabalhar no SUS não vai ajudar a solucionar a crise da saúde pública no Brasil, mas sim provocar mais problemas.


SEM VESTIBULAR.
Grande parte dos inscritos no exame são oriundos de faculdades da América Latina, para onde vão em busca de cursos mais baratos ou que dispensem o vestibular. Dos inscritos no ano passado, 304 se formaram na Bolívia, onde hoje se encontram 25.000 brasileiros em busca de um diploma de medicina, segundo o Cremesp. O país é tão procurado pelos estudantes brasileiros que inúmeros sites na internet oferecem consultoria, em troca de dinheiro, para matriculá-los em faculdades como a Ucebol, em Santa Cruz de la Sierra, e a Upal, em Cochabamba.

MENSALIDADE NA BOLÍVIA CUSTA ENTRE 250 e 500 REAIS
Na Bolívia, uma mensalidade no curso de medicina pode custar entre 250 e 500 reais, sem a necessidade de vestibular para ingressar. Já no Brasil, o valor médio do mesmo curso é 4.000 por mês, e o estudante tem de passar por uma prova, em que enfreta forte concorrência. Esse preço tão baixo na Bolívia influencia a qualidade do curso oferecido. "Muitas das faculdades particulares do país são caça-níqueis. Elas têm turmas com mais de 500 alunos, algumas sequer têm um hospital escola", diz Azevedo Junior. Outros 140 inscritos no Revalida estudaram em Cuba, país onde a seleção de quem entra na universidade não se dá por vestibular, mas por indicação política. "Políticos brasileiros de todos os partidos indicam alunos, na maioria militantes partidários, para ir estudar lá", afirma Azevedo Junior.


FONTE DE PESQUISA: REVISTA VEJA
http://veja.abril.com.br/noticia/saude/governo-quer-desfigurar-o-revalida-melhor-seria-amplia-lo
VEJA ESSA REPORTAGEM DO FANTÁSTICO:

5 comentários:

Anônimo disse...

Kleber, o Luiz Fernando já ta manipulando os comentários dele,uma suposta pessoa interessa em saber sobre medicina na Bolívia "comentou" solicitando informações sobre o curso. Jura?

Anônimo disse...

É por isso que o Fernando Lopes tá na Bolívia... não é a toa que este rapaz tem TEMPO DE SOBRA pra estudar!!! uuuuiiiiiiiii! pense num médico necureba!!!!

Anônimo disse...

Desse jeito até eu, que sou quase analfebeto! Ai fica facil ser chamado de "DOUTOR"! Fala sério esses "médicos" são uma bomba relógio!!! Deus me livre...

Anônimo disse...

Ei Kleber vc so coloca os comntariso que são contra o luis fernando ? Melhor mesmo ñ colocar nenhum! Assim ñ dá!

Anônimo disse...

Tadinho do Fernandinho.
Kkkkkkkkkkkkkkkkkk.