sexta-feira, abril 30, 2021

RENOMADO HISTORIADOR DEMONSTRA DESCRÉDITO COM O ATUAL MOMENTO DO LEGISLATIVO IPUENSE

Vejo excelentes nomes que atuam ou já atuaram diretamente na política e no legislativo ipuense, e me orgulho de ver que ainda podemos confiar em alguns de nossos representantes. Nonato Filho, Hilton Belém, Elisafran Mororó, Genêcio Mororó (os dois últimos, infelizmente não mais na linha de frente, mas atuando a seu modo), além de poucos outros que ainda buscam a defesa de uma política séria, sem os vícios que o poder induz. 

Na última campanha, cheguei a me animar com alguns neófitos no legislativo, acreditando que mesmo sendo induzidos e correligionários do prefeito, atuariam com alguma independência, ou no mínimo, decência em relação aos munícipes. Ledo engano... 

O que vi foram profissionais de educação, agindo contra os professores... Com cinismo, teve até ensaio de dança e deboche com relação à classe... Outros, que se diziam independentes, por sinal, muito bem votados, balbuciaram discursos pífios defendendo projetos que em nada ajuda à cidade, mas que fazem parte do plano pessoal da oligarquia que ora a domina... 

Que falta faz verdadeiros representantes do povo no legislativo.... Os dois opositores (resistentes), são heróis naquele meio, onde a inércia e pessoalidade se mostram como  marca maior de nossos representantes... 

Mais que Câmara foi formada, meu Deus... Tinham excelentes nomes a serem escolhidos. Pessoas com ideologias, com  pensamento e conhecimento do que representa a palavra politica, no verdadeiro conceito aristotélico, mas que infelizmente não dispunham e nem fariam uso da prerrogativa de voto comprado e que assim, teriam a possibilidade de fazer valer a verdadeira missão, que seria legislar em favor do povo.

Se a política é um jogo, na última campanha vimos o xadrez ser montado. Bravatas, acordos, trocas foram discutidas em espaços nobres da capital, vendendo ou repartindo o povo, numa disputa que já sabíamos estar corrompida. Triste ver que o povo fora feito de inocente (pra não dizer outra palavra mais pesada), sendo que alguns ainda entraram na ilusão de acreditar que a campanha estava sendo feita de forma séria e que o “jogo estava sendo jogado”. Digo alguns, porque não precisava estar tão atento para perceber que o acordo estava selado e que o fim seria apenas um, ou seja, a vitória de quem efetivamente sentou na cadeira do executivo. 

Situações como essa, desacreditam os políticos em uma terra onde as imagens destes já não andam muito boas.

Olho para alguns e fico a pensar: “este é o povo da nossa terra?”, uma vez que eles são a referência da própria população…. cadernos com registros de compras de votos, celulares abarrotados de conversas comprometedoras, trocas de sufrágio por uma carrada de areia, entre tantas outras bizarrices politiqueiras, que Aristóteles se remexe na tumba, com vergonha de ter apresentado à humanidade um conceito tão bonito e caro, que é a verdadeira política, com os verdadeiros políticos.

Em nível legislativo, estou cético e não vejo perspectivas favoráveis à mudanças no pleito seguinte…. No executivo, com o quadro que temos há anos e os acordos obscuros, nefastos e traiçoeiros, a coisa ainda se apresenta com maior nebulosidade… Pobre terra…..

ANTÔNIO IRAMAR MIRANDA BARROS - Doutor em História.

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