domingo, abril 12, 2015

GOVERNO DILMA - 100 DIAS DE TORMENTA

Atingindo a marca dos cem dias do novo governo na última sexta-feira, Dilma Rousseff (PT) assiste à história se repetir. Com protestos nas ruas, a presidente encara o desafio de superar um PMDB rebelado e um mercado insatisfeito.

Ao longo dessas 14 semanas, foram escassas as boas notícias para a petista. E sobraram as más: protestos antigoverno, novas fases da Lava Jato, indicadores econômicos ruins, ameaças de agências de risco de rebaixar índice brasileiro e sucessivas derrotas no Congresso. 

Os mares revoltos se refletem na popularidade de Dilma. Segundo pesquisa CNI, divulgada no início de abril, a gestora tem aprovação de 12% dos brasileiros. É o menor índice no levantamento desde 1995. 
A situação difere em muito de 2011, quando Dilma assumia o mandato com bons índices de avaliação e estabilidade econômica e política.

Entre especialistas, a tormenta dos primeiros dias herda muito do mau momento da economia e do resultado da apertada eleição que reconduziu Dilma ao Planalto. Sinal maior é a disparidade entre discurso da campanha petista e política econômica empregada pelo ministro Joaquim Levy (Fazenda).
Amplia as dificuldades de Dilma um Congresso rebelde, que vem impondo reveses à presidente. A barreira do Legislativo é representada sobretudo por Eduardo Cunha (PMDB-RJ), presidente da Câmara eleito a contragosto do governo federal.
Desafios

Se são muitas as dificuldades que terá que transpor, Dilma já iniciou primeiros movimentos no sentido de apaziguar Brasília. Como principais “escudeiros”, foram escalados o ministro Joaquim Levy e o vice-presidente Michel Temer (PMDB), conduzido na última semana à articulação política do governo. 

Nomes de fora do PT e sem muita proximidade com Dilma, serão eles que tentarão desatar nós que incomodam a administração em Brasília. Habilidoso articulador de bastidores, Temer ganhou carta branca para negociar com peemedebistas insatisfeitos com a gestão no Congresso.

Já Levy seguirá na adoção de medidas mais liberais e de contenção de gastos - plataforma que já lhe rendeu críticas de segmentos históricos do PT -, na busca reconquistar a confiança do mercado e garantir índices positivos.
Com informações de Carloz Mazza - O Povo

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