sexta-feira, novembro 03, 2017

Oposição - CAPITÃO WAGNER PROPÕE DEFINIÇÃO SOBRE CANDIDATURA AO GOVERNO

Crítico do silêncio de Eunício e Tasso sobre 2018, Capitão Wagner foi a Brasília cobrar posição dos senadores sobre a eleição. Paralelamente, o ex-conselheiro Domingos Filho iniciou processo de olho para voltar às urnas.

Em dia de mobilizações em Brasília e no Ceará, a oposição a Camilo Santana (PT) reagiu ontem e aumentou pressão sobre Eunício Oliveira (PMDB) e Tasso Jereissati (PSDB). Crítico do “silêncio” dos senadores sobre 2018, o deputado Capitão Wagner (PR) foi à capital federal cobrar definição de rumos da oposição e reforçar interesse de entrar na disputa.

Paralelamente, o ex-presidente do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM), Domingos Filho, iniciou ontem processo para voltar às urnas no próximo pleito.
“A oposição precisa se mover, porque o Camilo já está avançando e nós estamos parados. Eu não irei subir em palanque com Cid ou Ciro Gomes, então precisamos construir uma chapa para 2018”, disse Wagner.

Pela manhã, o deputado e pré-candidato ao governo se reuniu com Eunício em seu gabinete em Brasília. No encontro, o senador não descartou possibilidade de subir no palanque de Camilo em 2018, mas evitou antecipar qualquer definição.
Já em encontro com Tasso à tarde, o líder tucano reforçou estar fora do páreo para o governo do Estado. Em meio ao impasse, o senador também administra crise na presidência nacional do PSDB.

“Tasso ainda está muito envolvido com a questão nacional do PSDB. Então acaba que continua tudo como estava, estamos aguardando para ver quando vão ocorrer novas movimentações”, avalia Capitão Wagner.

Eunício e Camilo
Nos bastidores, o entendimento de outros opositores é de que Eunício já trabalha com objetivo de disputar a reeleição ao lado de Camilo. A pretensão, no entanto, não deve ser confirmada até o último momento por mútua “desconfiança” entre o peemedebista e os irmãos Ferreira Gomes, que devem lançar o ex-governador Cid Gomes (PDT) ao Senado.

A tese de aliança PT-PMDB, rejeitada pelo PSDB e por Capitão Wagner, tem amplo apoio dentro do próprio PMDB. Recentemente, pelo menos três deputados estaduais do partido abandonaram a oposição e indicaram aliados para cargos no governo. “E quem não indicou está tentando indicar”, diz um oposicionista.

“Confortável” na indefinição, Eunício não deve confirmar sua posição até o próximo ano. A demora é ruim para Capitão Wagner, que tenta se viabilizar candidato ao governo, e para o PSDB, que precisa construir palanque para candidato do partido à Presidência em 2018.

A reportagem tentou entrar em contato com Eunício Oliveira e Tasso Jereissati para comentar os encontros, mas não obteve retorno até o fechamento desta edição.

Saiba mais
Outro líder da oposição cearense, o deputado federal Genecias Noronha (Solidariedade) acompanha atento movimentações em torno da aliança entre Camilo Santana e Eunício Oliveira.
Até agora, a tendência maior é de que o deputado acompanhe Eunício no caso de uma aliança. Nos bastidores, se comenta que ele estaria articulando até disputar vaga na Assembleia de olho na presidência da Casa no próximo mandato.
Atualmente, Genecias possui boas relações tanto com a base aliada quanto com a oposição na Assembleia. Em 2014, o deputado ficou entre os mais votados para a Câmara e emplacou a esposa Aderlânia para a Assembleia.
CARLOS MAZZA - Jornal O Povo

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