segunda-feira, outubro 31, 2022

LULA É ELEITO PRESIDENTE PELA TERCEIRA VEZ - O VOTO DO NORDESTINO FEZ A DIFERENÇA

Aos 77 anos, petista venceu Jair Bolsoaro e terá inédito 3º mandato; campanha foi marcada polarização histórica. Atual ocupante do Planalto é o 1º presidente que não consegue se reeleger desde a redemocratização.

Após a disputa mais acirrada desde a redemocratização e uma campanha turbulenta, marcada por uma polarização histórica, guerra suja nas redes sociais, batalha religiosa e episódios de violência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente da República neste domingo (30), ao derrotar no segundo turno Jair Bolsonaro (PL), atual ocupante do Palácio do Planalto.

O resultado foi confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 19h57, quando 98,81% das urnas já tinham sido apuradas (veja mais no vídeo abaixo). Àquela altura, o petista tinha 50,83% dos votos válidos e não poderia mais ser alcançado pelo atual presidente, que disputava a reeleição.

Ao fim da apuração, Lula ficou com 50,90% (60,3 milhões de votos), e Bolsonaro, com 49,10% (58,2 milhões de votos). Desde que as eleições presidenciais livres foram retomadas, em 1989, essa é a menor diferença tanto em termos percentuais quanto em números absolutos (2,1 milhões de votos a mais para o ganhador). Ao superar a marca de 60 milhões de votos, Lula tornou-se o presidente eleito mais votado da história.

Já Bolsonaro é o primeiro presidente a fracassar na busca por ser reconduzido ao posto desde a redemocratização. Ao longo da corrida, seu governo lançou mão de diversas medidas para aumentar a popularidade e tentar ampliar as chances de reeleição.

Uma delas foi a chamada PEC Kamikaze. Aprovada em julho, a Proposta de Emenda à Constituição possibilitou a elaboração de um pacote de benefícios sociais, ao driblar a lei que proíbe criar despesas em ano eleitoral. A medida permitiu, por exemplo, o aumento do Auxílio Brasil (de R$ 400 para R$ 600) e do vale-gás. Também implantou uma ajuda a caminhoneiros e taxistas. Todos esses repasses, no entanto, valem só para 2022.

No segundo turno, dispararam ainda as denúncias de assédio eleitoral em empresas. A prática, que é ilegal, consiste na tentiva de influenciar o voto de empregados por meio de ameaças, coação e promessas de regalias.

Lula, de seu lado, apostou na construção de uma frente ampla que reuniu, inclusive, ex-adversários políticos: o vice de sua chapa é Geraldo Alckmin (PSB) – os dois foram rivais no pleito de 2006. Ao superar Bolsonaro, o presidente eleito demonstrou ter apoio popular mesmo diante de escândalos de corrupção das gestões petistas e reforçou a capacidade de articulação, ao reunir amplo arco de alianças.

Na mesma linha, enquadra-se o apoio declarado por economistas que criaram o Plano Real (Armínio Fraga, Edmar Bacha, Pedro Malan e Persio Arida). Na reta final, o petista teve a seu lado candidatos que haviam sido derrotados no primeiro turno das eleições 2022, caso de Simone Tebet (MDB), e se reaproximou de Marina Silva (Rede), de quem estava afastado.

Torneiro mecânico, líder sindical e membro fundador do PT, Lula, de 77 anos, é o primeiro ex-presidente a voltar ao cargo (relembre a trajetória). Ele governou por dois mandatos, entre 2003 e 2010 – o terceiro começa em 1º de janeiro de 2023. Deixou o Planalto com aprovação recorde e foi sucedido por Dilma Rousseff (PT), que esteve à frente do Executivo entre 2011 e 2016, quando sofreu impeachment.

Desta vez, o petista terá quatro dias a mais para governar o país – uma reforma eleitoral aprovada em 2021 definiu que, em 2027, a posse presidencial será em 5 de janeiro. Lula retorna 12 anos após encerrar seu segundo governo e três depois de sair da prisão, onde passou 580 dias.

Condenado pelo ex-juiz Sergio Moro por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex no Guarujá, no âmbito da Operação Lava Jato, o petista foi preso em abril de 2018. Ele deixou a carceragem, em Curitiba, em novembro de 2019, depois que o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucional a prisão em segunda instância. Em março de 2021, a Corte anulou as condenações impostas por Moro, que foi ministro de Bolsonaro e neste ano se elegeu senador pelo Paraná.

Após a confirmação do resultado da eleição deste domingo, Lula foi comemorar com aliados e simpatizantes na região da Avenida Paulista, em São Paulo, onde falou a apoiadores. No discurso da vitória, afirmou que é hora de restabelecer a paz.

"Não existem dois Brasis", declarou. Durante a fala, prometeu governar para todos os brasileiros e afirmou que o ódio foi propagado de forma criminosa no país.

Fonte G1

sábado, outubro 29, 2022

VOTAÇÃO DECEPCIONANTE DESESTIMULOU RC E CIRO A PARTICIPAREM DA CAMPANHA NO 2º TURNO

(Ceará Agora) - As baixas votações do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, na corrida ao Governo do Estado e do ex-presidenciável  Ciro Gomes no primeiro turno das eleições os desestimularam a participar dos debates e da campanha do segundo turno.

Crítico de Jair Bolsonaro e de Luiz Inácio Lula da Silva, Ciro ficou em quarto  lugar no primeiro turno, com apenas 3% dos votos, atrás de Simone Tebet (MDB), que recebeu 4,2%. Ciro tentou, mas não construiu a chamada terceira via e ficou isolado na disputa à Presidência da República.

A votação do pedetista foi  decepcionante no Ceará: Ciro recebeu 369.222 (6,8%), uma brusca queda no apoio dos cearenses que, nas eleições de 2018, o proporcionaram 1.998.597 votos (40,95%).  O desempenho nas urnas afundou, também, o PDT na disputa pelo Governo Estadual.

AUSÊNCIA NO 2º TURNO

Descontente com os rumos da corrida ao Palácio do Planalto, Ciro Gomes optou pelo silêncio na campanha, mesmo o PDT tendo assumido apoio à candidatura do presidenciável Luiz Inácio Lula da Silva. Após o anúncio do apoio, Ciro chegou a declarar que seguiria a decisão do PDT, mas, ao longo da campanha, mergulhou e se distanciou do noticiário e dos correligionários do partido.

O sumiço foi adotado, também, pelo ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, que, na disputa ao Governo do Estado, recebeu apenas 14,14% dos votos, ficando atrás do Capitão Wagner (31,72%) e de Elmano de Freitas (54%). A poucos dias do segundo turno, pedetistas ligados a Ciro e Roberto lançaram o Movimento ‘Tô com Lula’, mas nenhum dos dois se engajou as manifestações.

PALANQUE NO CEARÁ

O palanque do presidenciável Lula no Ceará foi articulado pelo senador eleito Camilo Santana e pelo governador Elmano de Freitas e contou com o apoio da Governadora Izolda Cela. Camilo, que sempre manteve um bom diálogo com o senador Cid Gomes,  o convidou, logo após o primeiro turno, para ajudar a fortalecer a candidatura de Lula no Ceará.

Cid, ao lado do irmão e prefeito de Sobral, Ivo Gomes, se engajou e puxou deputados estaduais e prefeitos do PDT para a campanha do 2º turno. A agenda do PDT com o PT teve como principais ausentes o ex-presidenciável Ciro Gomes e o ex-candidato ao Governo do Estado, Roberto Cláudio.

O QUE DIZ O INSTITUTO QUE ACERTOU NAS PESQUISAS NO PRIMEIRO TURNO

O Instituto Paraná divulgou, neste sábado (29), um novo levantamento sobre as intenções de votos na disputa de segundo turno para a presidência da República. O levantamento aponta um empate técnico entre Lula (PT), que aparece com 50,4%, e Jair Bolsonaro (PL), com 49,6%. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

Em relação aos votos estimulados, onde os nomes dos candidatos são citados, Lula aparece na liderança com 47,1% das intenções de votos contra 46,3% de Jair Bolsonaro. Brancos e nulos são 3,4%; não sabem ou não responderam, 3,2%.

O nível de confiança da pesquisa é de 95%. Para a realização da pesquisa, o instituto ouviu 2.400 eleitores presencialmente entre os dias 26 e 28 de outubro. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-09573/2022 para o cargo de Presidente.

NÚMEROS DO PRIMEIRO TURNO

O último levantamento do instituto Paraná Pesquisas divulgado na sexta-feira (30), antes da eleição do primeiro turno no domingo 2 de outubro, trousse o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com 47,1% dos votos válidos no primeiro turno, seguido pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), com 40,0%. Na sequência, apareceram a senadora Simone Tebet (MDB), com 6,3%, e o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), com 5,2%.

Os números finais foram o seguinte: O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva terminou em primeiro, com 48,43% dos votos, o equivalente a 57.259.504, enquanto o presidente Jair Bolsonaro, que tenta a reeleição, ficou com 43,2%, o equivalente a 51.072.345 votos. Entre os demais candidatos, a senadora Simone Tebet (MDB) ficou na terceira colocação, com 4,22% dos votos válidos – superando na reta final o ex-ministro Ciro Gomes (PDT), que caminha para encerrar a disputa com 3,06%.

PSB DOS RUFINOS PEDE NA JUSTIÇA ELEITORAL A CASSAÇÃO DO VEREADOR GENECIO

O Vereador Genecio Mororó (PSD) e os demais suplentes do PSD estão sendo alvo de um pedido de cassação de toda a coligação partidária que disputou o pleito de 2020. A ação liderada pelo clã Rufino que comanda os partidos situacionistas interessados, PSB e PCdoB, protocolaram nos últimos dias o pedido de ação de impugnação de mandato eletivo junto a Promotoria Eleitoral de Ipu.

A ação contra o edil Genecio é juridicamente encabeçada pelos advogados Esio Rios Lousada Neto e Raimundo Augusto Fernandes Neto. O partido PSB do presidido por Sérgio Rufino, o qual protocola a ação junto a Justiça Eleitoral, alegam que o PSD de Genecio desrespeitou a lei de cotas femininas no pleito de 2020. 

O PSD deverá apresentar sua defesa junto a Justiça Eleitoral de Ipu nos próximos dias. Essa querela deve se arrastar por vários meses até o veredicto final. No entanto, fica a dúvida: por que só agora, uma vez passados dois anos após as eleições, os interessados resolveram questionar o resultado da eleição?

RUFINO X MORORÓS 

O clã Rufino que tem a frente no comando da prefeitura de Ipu, Robério Rufino (PSB), com esse gesto declara explícita guerra contra o clã Mororó o qual lhe faz forte oposição. Genecio que tem como grande "madrinha" política a ex-vereadora Efigênia Mororó assumiu recente vaga de vereador após a cassação do vereador situacionista Evaldo Gomes (PCdoB). 

sexta-feira, outubro 28, 2022

O EMPODERADO PT DE IPU COM DIEGO CARLOS E A MARCAÇÃO COLADA DOS RUFINOS

Pelo visto o 2024 já está chegando bem cedo na Terra de Iracema. Nos últimos dias, em meio a militância de Elmano-Camilo na região norte nos atos pró-Lula nesse segundo turno eleitoral, vimos um Diego Carlos protagonista ao lado dos seus novos camaradas vermelhos. 

Também chamativo é a proximidade Diego com a deputada estadual Augusta Brito (PT), a qual, como assim esse blogueiro tem apurado, está de olho na sucessão municipal ipuense de 2024 e já sinaliza que vai apadrinhar a oposição aos seus ex-amigos Rufinos que controlam a cidade desde 2013.

CAPITALIZAÇÃO POLÍTICA

No pós eleição, espera-se que o PT de Ipu seja estruturado e fortalecido, sendo essa a tarefa, já em curto prazo, que o filho do ex-prefeito Zezé Carlos terá e de não deixar se abater pelo distanciamento pós-eleição seu de outros tempos. Fazer adesões em torno de si, agora ficará muito mais fácil para Diego com a munição do governo estadual petista que se inicia em 1º de janeiro.  

A MARCAÇÃO COLADA DE SÉRGIO RUFINO

Em outra frente, o articulado Sérgio Rufino (PSB) tenta se habilitar depois de ter saído desidratado do pleito passado em Ipu onde viu seu candidato ao governo, Roberto Cláudio, ficar em terceiro lugar e também ter dado uma discreta transferência de votos para o seu estadual Cláudio Pinho. Sérgio e o sobrinho prefeito Robério, que nas alcovas dizem os mais próximos que são até bolsonaristas e dão suporte para membros do alto escalão sairem as ruas com bandeira do 22, já aderiram também a campanha de Lula e tentam deixar a porta aberta com Elmano e Camilo. 

Sérgio Rufino, não se enganem, vai jogar truncado para, no mínimo, neutralizar um partidarismo do governista PT em Ipu venha a ameaçar a permanência do seu clã oligárquico no poder. 

quinta-feira, outubro 27, 2022

PÓS-ELEIÇÃO: CEARÁ JÁ TEM "DOIS PDT"

(Carlos Mazza - Jornal O povo) Se existia alguma dúvida sobre a atual divisão existente dentro do PDT no Ceará, elas foram reduzidas a zero na última terça-feira, 25. Na ocasião, grupo mais próximo de Ciro Gomes (PDT) no partido realizou ato em Fortaleza destacando posição nacional da sigla em defesa da vitória de Lula (PT) no 2º turno da eleição presidencial. Apesar da ausência do próprio Ciro, o evento deixou clara a existência de duas campanhas "paralelas" para o petista no Estado, uma delas defendendo que o partido faça oposição ao futuro governo de Elmano de Freitas (PT) no Estado.

Enquanto Cid Gomes (PDT) e uma parte dos deputados eleitos pelo partido fazem campanha ao lado de Elmano, Camilo Santana (PT) e lideranças petistas locais, a outra, mais próxima de Ciro, prefere conduzir campanha "autônoma" por Lula, sem qualquer participação do PT.

Neste último grupo estão, além do próprio presidenciável pedetista, outras lideranças de peso para o PDT cearense, como o presidente estadual da sigla, deputado André Figueiredo, e o ex-prefeito e candidato derrotado da legenda para o Governo do Ceará, Roberto Cláudio (PDT).

"Cada um por si"

Segundo deputados do PDT ouvidos pela coluna, clima no partido para o segundo turno tem sido de "cada um por si", com cada grupo político tocando campanha "individualizada" de olho em buscar votos para Lula. Ainda de acordo com eles, o partido só deve "discutir a relação" de forma definitiva após o resultado da eleição presidencial.

A confusão fica maior principalmente em Fortaleza, onde o ex-prefeito Roberto Cláudio exerce grande influência sobre a base de José Sarto (PDT) na Câmara Municipal. Atualmente, alguns pedetistas estariam fazendo "corpo mole" para a campanha de Lula após os acirramentos vividos entre PT e PDT durante a disputa estadual.

Alguns aliados de RC e integrantes da base de Sarto de outros partidos, como o vereador PPCell (PSD), teriam inclusive declarado apoio a Jair Bolsonaro (PL) no 2º turno da disputa. Na noite de ontem, o parlamentar comandou, ao lado de deputados bolsonaristas cearenses, uma carreata em defesa da reeleição do presidente em Fortaleza.

Apelo a Ciro

Ao lado do senador eleito Camilo Santana (PT), o governador eleito do Ceará, Elmano de Freitas (PT), fez, durante transmissão ao vivo, um apelo a eleitores de Ciro Gomes (PDT) por voto em Lula (PT) neste domingo, 30, no 2º turno da eleição. Na mensagem, Elmano destaca entrada do irmão de Ciro, Cid Gomes (PDT), na campanha pró-Lula do Ceará. "Você que votou no Ciro, já viu que o Cid tá pedindo voto para o Lula", destacou o governador eleito, durante transmissão de reta final da campanha.

Apesar de o PDT ter decidido formalmente declarar apoio a Lula no 2º turno, Ciro Gomes tem permanecido ausente da disputa, tendo gravado apenas um vídeo declarando voto contra Jair Bolsonaro (PL) no 2º turno. Irmãos de Ciro, Cid e Ivo Gomes (PDT), no entanto, têm atuado ativamente na campanha, inclusive com atividade marcada para hoje em Sobral.

"Quinta-feira Sobral vai parar pelo Lula", destaca Elmano. Na mensagem, o petista também destaca adesão ampla do PDT à candidatura do ex-presidente no 2º turno. "Os deputados do PDT estão pedindo voto para o Lula, as lideranças, os prefeitos do PDT, estão pedindo voto para o Lula", afirma. "Porque é isso, a união dos progressistas, daqueles que querem o bem do Ceará, é Lula", continua. Na transmissão, Elmano e Camilo também destacaram mensagem de Izolda Cela (sem partido) que garantirá passe-livre para transportes intermunicipais para o 2º turno.

O Povo Online

domingo, outubro 23, 2022

BOLSONARO E A DIFÍCIL TAREFA DE TIRAR MAIS DE 5.000 VOTOS EM IPU

Não diferente do país, o Ipu também vive um acirrado clima de disputa para o segundo turno do próximo domingo (30/10). Diferentemente da campanha e dos resultados do primeiro turno que guardam uma relação direta com o apoio dos grupos locais com seus candidatos a governador e deputados, o segundo turno soa como uma espécie de "nova eleição"  embora com um resultado já previamente definido. 

Embora em número menor - a considerar os 4.138 votos (16,61%) que obteve no primeiro turno, os Bolsonaristas ipuenses esperam que seu candidato tenha uma significativa melhora. 

PREVISÃO DO BLOG

Bolsonaro pode até aumentar discretamente sua votação com a adesão de alguns votos que foram dados a Ciro Gomes (1.265 votos),  Simone Tebet (135 votos) e a Soraya Thronicke  (110 votos). Mesmo assim, o candidato do PL dificilmente ultrapassará os 5.000 votos que muitos esperam e até apostam nas mesas de bar. 

Lula, por sua vez, deve ser o maior prejudicado pela abstenção já previsível no segundo turno. Porém, sua votação deve ficar novamente na casa dos 19 mil votos como assim foi no primeiro turno. 

NA MESMA

Mesmo se tivesse o engajamento de uma forte liderança política local pedindo votos para Bolsonaro, o resultado pouco seria alterado. O Ipu é Nordeste. O Nordeste é majoritariamente esquerda e isso é uma realidade que não se muda. 

sábado, outubro 22, 2022

JIJOCA VENCE CEARÁ E É CAMPEÃO DA COPA NORDESTE DE FUTSAL

O Jijoca venceu o Ceará por 1 a 0 e sagrou-se campeão da Copa Nordeste de Futsal pela primeira vez em sua história. A partida entre as duas equipes cearenses aconteceu na manhã deste sábado (22) no Ginásio Vozão, em Fortaleza (CE). A partida contou com uma grande presença do público, além de transmissão através do YouTube. Bob, artilheiro da competição, marcou o gol que deu o título ao Jijoca.

Ceará e Jijoca haviam se classificado para a grande final da Copa Nordeste de Futsal na última sexta-feira (21). O Ceará eliminou o Lagarto, de Sergipe, enquanto o Jijoca superou o AABB Mesa 14. O encontro entre as duas equipes na decisão trouxe grande expectativa para os torcedores, já que Ceará e Jijoca têm despontado nos últimos anos como duas das principais equipes de futsal do estado.

PREFEITO PARABENIZA EQUIPE





quinta-feira, outubro 20, 2022

PARANÁ PESQUISAS APONTA EMPATE TÉCNICO ENTRE LULA E BOLSONARO: 51 x 48

O levantamento da Paraná Pesquisas divulgado nesta quinta-feira (20) aponta um empate técnico entre Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Messias Bolsonaro (PL) nas intenções de votos do segundo turno à Presidência da República.

Lula aparece na frente com 51,3% dos votos válidos contra 48,7% de Bolsonaro. A margem de erro estimada é de 2,2 pontos percentuais.

Considerando votos brancos/nulos (3,6%) e aqueles que não responderam (3,6%), o ex-presidente lidera com 46,9% dos votos totais, enquanto Bolsonaro tem 44,5%.

A Paraná Pesquisas ouviu 2.020 pessoas, em entrevistas pessoais, entre os dias 15 e 19 de outubro. O grau de confiança é de 95%. A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-02276/2022.

CRISE INTERNA DO PDT GANHA MAIS TENSÃO APÓS "DISCUSSÃO EM MESA DE BAR"

(Ceará Agora) - O senador Cid Gomes assumiu as articulações para reunificar o PDT após o rompimento da aliança com o PT na disputa ao Governo do Estado e, durante reunião com correligionários, em Fortaleza, revelou alguns dos motivos que o deixaram longe da campanha. O ambiente na reunião foi de rostos sisudos e expressões faciais de insatisfação.

Cid confessou que o entendimento era para a Governadora Izolda Cela ser indicada como candidata à reeleição. O acordo, porém, foi quebrado e o PDT redefiniu, com um sabor amargo ao final da campanha, os rumos das eleições no Ceará. Os bastidores políticos revelam muito mais sobre o fim da aliança construída a partir de 2006.

A confissão de Cid surpreendeu alguns dos deputados e gerou reação de Mauro Filho, deputado federal reeleito, e que, à época da pré-campanha, apresentou o nome como opção do PDT à sucessão estadual. Mauro questionou se, realmente, existia o acordo porque ele, na condição de pré-candidato, nada sabia, nem fora informado.

MUITO MAIS NOS BASTIDORES POLÍTICOS

O racha fortaleceu o PT, emagreceu o PDT e deu ânimo a oposição rumo às eleições de 2024. Quanto ao cenário de 2022, os bastidores ainda fervilham, revelam ressentimentos e mágoas e expõem o teor das conversas que surgem em bares ou casos de amigos.

Uma conversa de mesa de bar, com testemunha, empurrou Cid Gomes para o isolamento e o deixou fora da campanha e desconfortável no PDT. A mesa de bar, que não era em restaurante, mas sim às margens da belíssima e encantadora Lagoa do Uruaú, em Beberibe.

Com ar de incredulidade, Cid ouviu desconcertantes palavras do empresário Prisco Bezerra que justificariam a escolha de Roberto Cláudio. As ‘duras palavras’ são apenas para refletir o ambiente de tensão à mesa de um encontro que começou suave, mas terminou com acidez. O bom papo cedeu lugar a sisudez de rostos incrédulos com os verbos e adjetivos surgidos à mesa.

ARGUMENTOS DE PRISCO

Prisco – primeiro suplente de Cid Gomes, expôs, com revelações que retrataram uma realidade que poucos queriam ouvir, que o aval de Ciro estava dado e Roberto Cláudio seria, em qualquer cenário, o escolhido pelo PDT. Prisco Bezerra apenas reagiu à narrativa de Cid Gomes de que, pelos entendimentos com o PT, a candidata ao Governo seria Izolda Cela.

Cid não engoliu a precisa leitura de Prisco Bezerra, pegou o carro e rumou em direção a Fortaleza, mergulhou, saiu de cena e a conversa de mesa de bar – com outros detalhes que poderão ser revelados no futuro, se transformou em realidade, com a oficialização da candidatura de Roberto Cláudio.

CANDIDATURA IMPOSTA E RACHA INEVITÁVEL

A imposição do nome do ex-prefeito de Fortaleza provocou, porém, a implosão da aliança com o PT e deixou estragos no PDT. Com a missão de reconstruir, o senador Cid Gomes conversou com os deputados estaduais e federais, fez um balanço sobre a campanha, falou sobre planos para o futuro, mas sabe que, entre os pedetistas, algumas divergências exigirão tempo para serem superadas.

O PDT saiu das urnas tem duas ramificações – uma, com mais afinidade com o ex-governador e senador eleito Camilo Santana, e outra identificada – e, ao mesmo tempo, frustrada, com o ex-prefeito Roberto Cláudio, que segue a liderança do ex-presidenciável Ciro Gomes.

VOZ DE CAMILO SANTANA

Aliado de Cid, o ex-governador e senador eleito Camilo Santana assumiu, logo após deixar o cargo no início de abril, a defesa da candidatura de Izolda como caminho para unir o PDT, o PT e mais 12 partidos da base de sustentação política e administrativa ao Palácio da Abolição.

Camilo foi atropelado pela articulação do presidenciável Ciro Gomes que, com o apoio do presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e do presidente regional da sigla, André Figueiredo, impôs o nome do ex-prefeito Roberto Cláudio. Camilo manteve, porém, o bom relacionamento com o Cid. Os dois continuam conversado com muita frequência.

APOSTA ERRADA

O PDT apostou que Camilo e o PT iriam se submeter à imposição do nome de Roberto Cláudio. Os pedetistas erraram e, ao final de dois meses de campanha, Camilo foi eleito senador com 3,3 milhões de votos, elegeu Elmano de Freitas governador e impôs a maior derrota nos 34 anos de carreira política do ex-presidenciável Ciro Gomes. Esse é apenas um dos capítulos de longas histórias a serem narradas sobre a curta, mas aquecida campanha de 2022 ao Governo do Estado.

Fonte: https://www.cearaagora.com.br/

COALIZÃO PARTIDÁRIA - ELMANO ESPERA CONTAR COM ATÉ 36 DOS 46 DEPUTADOS ESTADUAIS ELEITOS

“Acho que 35, 36 deputados conseguimos ter na base do governo”, projetou o governador eleito, em entrevista concedida na terça-feira, 18, ao sistema Otimista. Na mesma fala, o petista deixou claro que já conta com os 13 deputados eleitos pelo PDT, ainda que o partido tenha apoiado Roberto Cláudio (PDT) na eleição estadual.

Ao todo, a coligação que apoiou Elmano na eleição elegeu 16 deputados – oito pelo PT, três pelo PP, três pelo MDB, um pelo PCdoB e um pelo Psol. Com isso, o cálculo prévio do governador eleito prevê a adesão de vinte deputados que não o apoiaram na disputa, 13 do PDT e outros sete de outros partidos.

Recentemente, o petista já conseguiu trazer para a campanha de Lula (PT) no 2º turno o deputado estadual eleito Stuart Castro. O parlamentar foi eleito pelo Avante, partido que apoiou o opositor Capitão Wagner (UB) na disputa estadual.

Com informações de Carlos Mazza - O Povo online

CEARÁ - QUAIS OS DEPUTADOS FEDERAIS ELEITOS QUE NÃO "OMITIRAM" APOIO A BOLSONARO NO 1º TURNO?

Dos cinco deputados federais eleitos ou reeleitos pelo PL no Ceará, apenas dois abraçaram a campanha pela reeleição do presidente Jair Bolsonaro (PL) no Ceará durante o primeiro turno: o deputado estadual André Fernandes, o mais votado para deputado federal; e Dr. Jaziel, reeleito. Os outros três, o deputado federal reeleito Júnior Mano e os novatos Matheus Noronha e Yury do Paredão só agora tornaram público o apoio em suas redes sociais. 

O movimento se estendeu também a outras lideranças que já indicavam alinhamento com o presidente da República, mas que, na campanha oficial, evitaram declarações públicas de apoio. É o caso do deputado federal Capitão Wagner (União Brasil), que adotou discurso de neutralidade enquanto disputava o Governo do Estado, e outros integrantes do mesmo partido, como o deputado federal reeleito Moses Rodrigues e a deputada federal eleita Dayany do Capitão, esposa de Wagner.

Com o histórico de vitória de candidatos petistas a presidente no Ceará e vantagem de Lula (PT) nas pesquisas de intenção de voto no Estado, não foi novidade Bolsonaro ficar "escondido" em campanhas principalmente para cargos no Legislativo. Em 2020, a ausência do presidente na campanha de Wagner pela Prefeitura de Fortaleza também foi alvo de críticas.

No primeiro turno de 2022, Lula venceu nos 184 municípios do Ceará, com 65,91% dos votos válidos. Bolsonaro teve 25,38% dos votos válidos (1.377.827 de votos), enquanto em 2018 recebeu 21,74% (1.061.075), percentual que foi ampliado em 29% desde 2018.

QUEM DECLAROU APOIO

Desde que homologou candidatura a deputado federal, Matheus Noronha, filho do deputado federal Genecias Noronha e da deputada estadual Aderlânia Noronha, mesmo filiado ao PL, não fez nenhuma menção a Bolsonaro em suas redes sociais. Nos registros de campanhas pelas ruas, não há também bandeiras ou adesivos que remetam ao candidato nacional do partido.

A família de Matheus governa há anos a cidade de Parambu, no sertão cearense. Lá, Lula teve 69.9% dos votos (13.672) contra 23,6% de Bolsonaro (4.622). Na mesma cidade, Matheus teve 72,2% dos votos, 14.046 - um vantagem atípica para a disputa no Legislativo, que costuma ser mais pulverizada. Ou seja, boa parte dos eleitores de Parambu votou em Lula e em Matheus Noronha. 

Mesmo assim, há menos de uma semana, o deputado federal eleito usou as redes para declarar apoio a Bolsonaro no 2º turno. "Nesse 2º turno, é 22!", escreveu Matheus junto com fotomontagem ao lado do presidente. Quem seguiu o embalo foi o prefeito de Parambu, Rômulo Noronha, primo de Matheus.

Mesmo assim, há menos de uma semana, o deputado federal eleito usou as redes para declarar apoio a Bolsonaro no 2º turno. "Nesse 2º turno, é 22!", escreveu Matheus junto com fotomontagem ao lado do presidente. Quem seguiu o embalo foi o prefeito de Parambu, Rômulo Noronha, primo de Matheus.

Com informações do DN


quarta-feira, outubro 19, 2022

NOVA RUSSAS - DR.PEDRO XIMENES REFORÇA FRENTE ANTI-BOLSONARO

Nova Russas virou uma espécie de epicentro interiorano do Ceará no embate do segundo turno entre Lula (PT) e Bolsonaro (PL). Na última segunda, 17, a prefeita Giordanna Mano e o marido, o deputado federal reeleito Júnior Mano, realizaram um concorrido movimento do PL com lideranças nacionais e estaduais em apoio a Bolsonaro.

Hoje, quarta-feira (19/10), o médico Pedro Ximenes atendeu ao convite do governador eleito Elmano de Freitas e do senador eleito Camilo Santana para liderar a frente anti-bolsonaro na única cidade do Norte cearense que o gestor apoia o atual presidente. 

Com o capital político dos seus mais de 8.000 votos que teve nas últimas eleições municipais, Dr. Pedro ganha padrinhos fortes para uma eventual nova tentativa em 2024. 

"Todos juntos trabalhando para que o Ceará e Nova Russas possam crescer cada vez mais, agora 3 vezes mais forte. Para isso precisamos Eleger Lula Presidente dia 30 de Outubro. Vamos Votar Lula 13. SEM MEDO DE SER FELIZ", disse o médico em suas redes sociais após registro fotográfico em Fortaleza nesta tarde. 

PREFEITO DE IPU TEVE O PIOR DESEMPENHO DA REGIÃO - SÓ TRANSFERIU 25% DOS VOTOS PARA O SEU DEPUTADO ESTADUAL

Dizem os mais sábios: Voto você Teve e Voto você não Tem. Após a eleição municipal de 2020 - tudo bem que beneficiado pela desarticulação e falta de estrutura econômica das oposições de Ipu divididas, Robério Rufino foi eleito com 
14.156 votos (58,84%). Porém, uma vez observada a votação para deputado estadual que mais próximo reflete o grau de atuação dos grupos políticos locais, o gestor só conseguiu dar apenas 25% (5.873 votos) da preferência eleitoral para o seu candidato Cláudio Pinho (PDT). O que houve nesse espaço de dois anos?

O PIOR DESEMPENHO NA REGIÃO

Assim como os demais prefeitos da região (excetuando Braguinha de Santa Quitéria que dividiu o grupo para dois candidatos e, mesmo assim, deu 33% para seus candidatos juntos), Robério e o seu tio e padrinho político Sergio Rufino, focaram seu supergrupo político com 10 dos 13 vereadores e mais de duas dezenas de suplentes na caça ao voto para Pinho. 

Foram feitos vários esforços como mobilização de funcionários da prefeitura, carreatas, passeatas e inaugurações ou ordens de serviço na véspera das eleições. Tudo isso e mais uma gestão que se autoproclama que tem mais de 75% de aceitação da sociedade ipuense, fizeram o desempenho nem ser a sombra dos 39,1% que o clã Rufino deu para a então apoiada Augusta Brito em 2018 com seus mais de 8.000 votos em Ipu.

Afora uma maior organização dos três competitivos candidatos a deputado estadual da oposição (veja aqui), o grupo Rufinista recebeu um recado nas urnas e abriu um sinal de alerta para 2024. 

GESTÃO CANSADA, VICIADA e REPETITIVA

Com um grupo inchado e contraditório, cheio de adesistas de última hora e com cargos dentro da gestão a qual tanto combateram lá trás, ficou claro que o eleitor ipuense está cansado da gestão que se resume apenas na aplicação de verbas parlamentares milionárias em praças, calçamentos e asfalto. 

SOBERBA I 

Sem se integrar com diversos segmentos da sociedade, o líder Sérgio Rufino também se perde na soberba quando disse em encontro político em sua residência que queria dar mais de 50% dos votos para cada um dos seus candidatos. Outro ponto a se destacar é que a gestão se comunica mal, pois todos os Rufinos não tem carisma nem a expertise de falar nas redes sociais e em outras mídias como o rádio. Grande parte da juventude ipuense, por exemplo, que corresponde a mais 1/4 dos votantes da cidade, não ver o tímido Robério ter desenvoltura para conversar com estes e ouvir a demanda dos mesmos. 

SOBERBA II

Logo após o resultado insatisfatório no dia 02/10, o líder Sérgio Rufino com o sobrinho foram ao rádio local. Ao invés de fazer uma mea-culpa, tratou foi de atacar os demais candidatos insinuando que não fez política de cooptação de votos como assim eles fizeram e que deixou o "povo a vontade". Sua fala soou como defensiva e acuada. 

VEJA A VOTAÇÃO DOS ESTADUAIS DOS PREFEITOS DA REGIÃO DO SOPÉ DA IBIAPABA 

Confira o grau de influência dos prefeitos sobre a votação dos seus eleitores.

1º Lugar: PIRES FERREIRA – Prefeita Lívia - 54% para Lia Gomes;

2º Lugar: CROATÁ  - Prefeito Ronilson - 49% para Cláudio Pinho;

3º Lugar: HIDROLÂNDIA - Prefeita Iris - 43% para Jeová Mota;

4º Lugar: RERIUTABA - Prefeito PH - 41% para Lia Gomes;

5º Lugar: GUARACIABA - Prefeito Adail - 34% para Daniel Oliveira;

6º Lugar: IPUEIRAS - Prefeito Júnior Titico - 33% para João Jaime;

7º Lugar: VARJOTA - Prefeito Elmo - 33% para Lia Gomes;

8º Lugar: IPU - Prefeito Robério - 25% para Cláudio Pinho;

(Análise política do Blog do Kléber Teixeira)

POR QUE AS PESQUISAS PARA PRESIDENTE NÃO ERRARAM POR COMPLETO - TENDÊNCIAS NÃO SÃO PROGNÓSTICOS

O resultado das urnas, no dia 2 de outubro, mais uma vez reacendeu a polêmica envolvendo as pesquisas eleitorais. O que circulou nas redes sociais nessa última semana foi a tentativa da criminalização de levantamentos estatísticos e institutos que há anos atuam no mercado e na política. Um projeto que criminaliza as pesquisas que erram está sendo votado com brevidade no Congresso desde a noite de ontem (18/10) 

O grande questionamento se dá em torno da diferença do que apontavam os números de institutos de pesquisa quanto às intenções de voto na candidatura presidencial de Jair Bolsonaro (PL). Para muitos, houve fraude na tentativa de esconder a preferência do eleitorado do presidente da República. Para outros, os quais me incluo, elas acabam influenciando tendenciosamente eleitores em cima de uma propaganda equivocada de prognósticos feita pela grande mídia.  

ESTATÍSTICA NÃO É MATEMÁTICA 

O (e)leitor, ao esperar que uma pesquisa lhe entregue o percentual exato do resultado eleitoral, encontrará sempre uma frustração no caminho. Ou quase sempre. A estatística não é matemática. O compromisso é outro. 

A estatística trabalha probabilidades, faz previsões, indica tendências. Nesse processo, há várias maneiras de obter essas informações. Teorias são aplicadas para garantir uma avaliação científica e segura para o contratante. Não existe pesquisa estatística sem o amparo teórico. Fora isso, não é estatística. 

Não é nada simples transmitir ao grande público o que é margem de erro, nível de confiança e metodologia. Podemos falar em erro de pesquisa? É um campo infinito a explorar. 

AS TENDÊNCIAS FINAIS NO PRIMEIRO TURNO

Se recorrermos aos institutos sérios que publicaram levantamentos para as eleições presidenciais no primeiro turno, não é honesto apontar "erro" por não haver exatidão no que revelaram as urnas. 

Na véspera da eleição, o Ipec, contratado pela TV Globo, indicava Lula (PT) com 51%, Jair Bolsonaro (PL), com 37%, Ciro Gomes (PDT), com 5% e Simone Tebet (MDB), com 5%. O cenário, portanto, em votos válidos. Antes, no dia 26 de setembro, o mesmo instituto dizia que Lula (PT) tinha 52% e Bolsonaro (PL) aparecia com 34%. 

No intervalo de cinco dias, o petista oscilou para baixo e o presidente subiu 3 pontos percentuais. A leitura que se pode fazer é a existência de uma tendência de crescimento por parte da candidatura do presidente da República – o que acabou se confirmando. Inclusive com a redução nos índices de Ciro e Tebet, que encerraram com 3% e 4% respectivamente. A avaliação que se pode fazer é uma migração ainda no primeiro turno dos votos que seriam dados na senadora e no ex-ministro. Do ponto de vista da estatística, é extremamente natural que essas movimentações ocorram. Não é de hoje que esse fenômeno é percebido. 

TENDÊNCIAS CONFIRMADAS 

Se a tendência captada pelo instituto estava de fato acontecendo, o índice final (matemático) de Lula (48%) e Bolsonaro (43%) é completamente previsível dentro do que os números estavam indicando na semana anterior do primeiro turno da eleição – considerando a margem de erro. O petista contou com 2,07 pontos percentuais a menos do que a média das duas pesquisas — dentro da margem de erro, vale ressaltar — e o candidato à reeleição teve 6,7 pontos além do que projetavam os levantamentos. O crescimento de Bolsonaro foi o ponto destoante e não mensurado com mais precisão. 

Embora o instituto não tenha cravado os números – já que nunca foi obrigação do levantamento – os estatísticos responsáveis pelo estudo acertaram a tendência de vitória do Lula na disputa de domingo (2). O voto útil que estava sendo demandado pela campanha do ex-presidente petista também funcionou para a candidatura de Bolsonaro. 

SENADOR, UM VOTO COM ALTA MARGEM DE ERRO

É claro que em uma disputa com muitos candidatos e um índice ainda alto de indecisão, como é o caso em pleitos para o Senado, a movimentação pode ser mais espaçada, mas sempre precisa ser observada do ponto de vista da tendência, do que os números estão indicando. 

A surpresa  que mais chamou a atenção ocorreu em São Paulo: Márcio França (PSB), o aliado de Lula nessas eleições, teria 45% dos votos, caso o Datafolha da véspera se confirmasse. Marcos Pontes (PL), o astronauta e também ex-ministro de Bolsonaro, que tinha 31% das intenções do eleitorado, foi quem conquistou a vaga de representação do estado com 49,68% dos votos válidos. 

No Rio Grande Norte, Rogério Marinho (PL) venceu com 41,85% Carlos Eduardo (PDT) que ficou com 33,40%. Antes, a pesquisa IPEC apontava a vitória  de Carlos Eduardo com 40% contra 29% do candidato Bolsonarista. Esse resultado em muito lembra a polêmica inesperada vitória de Eduardo Girão sobre o poderoso Eunício Oliveira em 2018 no Ceará. 

SOU FAVORÁVEL A NÃO DIVULGAÇÃO NA SEMANA FINAL

Mesmo apesar do argumentado aqui, sou favorável que essas pesquisas de tendências e que refletem um retrato daquele momento de amostras colhidas, sejam sim reguladas. Países democráticos como a  França, por exemplo, já assim fazem nos três últimos dias antes das eleições. 

Mas por que isso precisa ser feito? 

Por que devido a maneira como a grande mídia as exploram em seus noticiários, fica claro que elas passam uma mensagem errática e perigosa sobre os votantes indecisos e àqueles não ainda totalmente convictos sobre em quem sufragar. Basta usarmos uma simples questão elementar: o eleitor brasileiro, em um universo significativo e em qualquer pleito, tem uma tendência a dar um "voto útil", ou seja, não votar para perder.


PT X PDT - ROBERTO CLÁUDIO (E FIÉIS ALIADOS) DEVE FAZER FORTE OPOSIÇÃO AO GOVERNO ELMANO

O racha entre PT e PDT, que colocou em lados opostos o ex-prefeito de Fortaleza Roberto Cláudio (PDT) e o governador eleito Elmano de Freitas (PT), pode ainda ter repercussão na disputa de 2024.

SEM CLIMA

O pedetista integrará a corrente de oposição ao PT na Capital, não obrigatoriamente no mesmo grupo do já pré-candidato em 2024 Capitão Wagner. Um cenário será "competitivo" se desenha, pois não está descartado o PT ter candidato a prefeitura fortalezense no próximo pleito. Durante a campanha do primeiro turno, RC protagonizou críticas à gestão da ex-prefeita de Fortaleza Luizianne Lins (PT), assim como à participação de Elmano como secretário da Educação na administração petista.

Se RC não demarcar território e ficar em posição até minimante neutra, vai passar a imagem de um político sem personalidade mediante os seus algozes políticos. 

SUCESSÃO DE FORTALEZA

Outra questão interna a qual se deve colocar na mesa é a possibilidade de José Sarto abrir mão de uma reeleição e indicar o seu padrinho para a cabeça de chapa do partido. Para isso ganhar força, basta Sarto continuar sendo mal avaliado pela população de Fortaleza. 

FIÉIS ALIADOS

Ao lado de RC, Ciro Gomes e André Figueiredo devem engrossar a oposição ao governo petista. O deputado eleito Cláudio Pinho e que é primo do ex-prefeito de Fortaleza, é outro cotado para integrar o núcleo duro anti-Elmano na Assembleia. 

INIMIGOS INTERNOS

Por outro lado, haverão os deputados já alinhados desde a campanha com o Camilismo e aqueles outros que serão acomodados no poder. Já existe desde o preterimento sobre Izolda um outro PDT que não é da órbita da tríade Ciro-RC-André Figueiredo. Estes, até segunda ordem, ficam na sigla, mas com uma possibilidade de migração partidária em um momento bem futuro. 

terça-feira, outubro 18, 2022

PIRES FERREIRA - EDUARDO XIMENES VIROU UM PROBLEMA PARA O PICA PAU?

Abertas as urnas nas últimas eleições de Pires Ferreira para deputado, indiscutivelmente, o vereador de Ipu Eduardo Ximenes filho do conhecido comerciante Zé Maurício, venceu a disputa com a outra ala de oposição tradicionalmente liderada pelo ex-prefeito Torrim e seu filho José Augusto Torres (O grupo Pica Pau). 

No embate para Deputado Federal, o edil ipuense que virtualmente é pré-candidato à prefeito de Pires Ferreira, apadrinhou o Deputado Federal AJ Albuquerque que obteve 895 votos (13,72%). Torrim, por sua vez, chegou a conquistar 547 votos (8,39%) para sua candidata a deputada federal Fernanda Pessoa. Lembrando que ambos fizeram dobradinha com o mesmo deputado estadual: Sérgio Aguiar (PDT). 

Visto por esse ângulo, Eduardo mostrou força na eleição do ex-distrito de Ipu em relação ao seu oponente dentro da oposição. Mas ficam algumas perguntas. 

* O que está de errado na gestão da prefeita Lívia Muniz que ele pode fazer melhor se comandar a cidade?

* O que a cidade está precisando a mais que somente ele com seus deputados podem trazer?

* Por que a sua maneira de fazer política é melhor que a da prefeita Lívia? 

* Por que ele tem mais chances de ser eleito pela oposição do que José Augusto Torres?

Por enquanto, esse blog ver Eduardo apenas como alguém que quer ocupar o espaço do velho Pica Pau o qual já vem colecionando quatro derrotas eleitorais por lá. 

O edil ipuense não tem apresentado propostas consistentes e tem evitado o embate de ideias contra o grupo da prefeita com a sua grande maioria de vereadores. Se ficar em cima do muro, vai pegar "pedrada" dos dois lados. Se ficar em cima do muro, vai alimentar as já existentes especulações de que ele quer apenas abocanhar a vice da chapa da favorita Lívia em 2024. 

A contagem regressiva para uma demonstração de seriedade de Eduardo já começou. Ele tem agora menos de 11 meses para mudar seu domicilio eleitoral; Ele tem que criar uma estrutura partidária com filiações de novas e até velhas lideranças. E o mais importante: Tem que ir também para as mídias, sobretudo as democráticas redes sociais, para dizer o que quer com o futuro de Pires Ferreira. 

VIROU NANICO - DEPUTADA EMÍLIA PESSOA FOI A ÚNICA PARLAMENTAR DO PSDB ELEITA

Em fevereiro de 2023, o Senador Tasso Jereissati encerra o seu mandado e com ele termina o seu ciclo político. Porém lamentável é a história do seu partido, o PSDB. A sigla que já comportou os Ferreira Gomes e governou o Ceará de 1990 até 2006, deixou de ser gigante e agora virou nanico. Não elegeu nenhum deputado federal e conquistou apenas uma cadeira na Assembleia legislativa. 

DECISÕES EQUIVOCADAS 

Nesse percurso, Tasso fez decisões muito equivocadas quando, por exemplo, em 2018 enfraqueceu a candidatura de oposição ao governo impondo suas vontades e colocando pelo PSDB o desconhecido General Teófilo como candidato a governador. Essa atitude, àquela época, tirou do páreo uma competitiva articulação que já envolvia os Domingos de Tauá, Genesias Noronha e o já emergente Capitão Wagner. 

Nos últimos anos se abraçou com o petista Camilo Santana e fez as pazes com os seus algozes Ferreira Gomes. A falta de uma linha de oposição no Ceará, o enfraqueceu e muito colaborou para uma evasão na sigla. 

ÚNICA REPRESENTANTE 

A ex-secretária de educação de Caucaia, Emília Pessoa (foto acima), com base eleitoral na região metropolitana de Fortaleza, será a única parlamentar eleita para a próxima legislatura pelo PSDB. Com 33 mil votos, ela conquistou uma cadeira por média eleitoral. Também apoiada pela tradicional Família Pessoa com base em Maracanaú, Emília tem a missão de não deixar o partido desaparecer nos próximos anos. 

Blog do Kléber Teixeira

segunda-feira, outubro 17, 2022

A "DISCRETA" ADESÃO DOS RUFINOS VIA PSB A CAMPANHA DE LULA

No dia 10 de outubro, no evento em que Camilo e Cid  uniram os prefeitos e lideranças interioranas tentando recompor a sua base governista, o prefeito Robério Rufino (PSB) se fez presente. Não ladeado pelos tios, o gestor ipuense, naturalmente sem brilho e protagonismo, e também nitidamente orientado por eles, praticamente passou desapercebido no evento. O gestor que ainda não fez nenhum registro em rede social, até ouviu seu nome ser citado de maneira bem rápida por aqueles que estavam no palanque. 

EVENTO A PARTE SEM PT E O PDT

Mas no último final de semana e com muito cuidado para não se expor e contrariar o cunhado Cláudio Pinho com o seu primo Roberto Cláudio, ambos nitidamente em litígio com Cid Gomes e não apoiadores da campanha de Lula no Ceará, Robério e o "prefeito" Sérgio Rufino estiveram na sede do PSB. 

A sigla liderada por Dênis Bezerra, deputado federal não reeleito por falta de 11.000 votos dentro da sua sigla e nitidamente alinhado com os "rebeldes" do PDT, , declarou o apoio oficial da sigla a candidatura de Lula. 

TRAVADOS

Os Rufinos seguem sem poder capitalizar a "onda Lula" em Ipu, não apenas por que uma ala do PDT  de Diego Carlos saiu na frente, mas também por causa da sua fidelidade aos familiares e parceiros Cláudio Pinho e Roberto Cláudio (primo de Ana Rufino, esposa de Sérgio).  


O CAMILISMO E O FIM DA SUPREMACIA FERREIRA GOMES NO CEARÁ

(Por Cleyton Monte - O Povo online) - O grupo político que chegou a ter mais de 500 representantes nos mais diferentes espaços, sentiu o mais duro golpe das urnas. O resultado das eleições de 2022 foi decisivo para o declínio da mais longeva aliança política da redemocratização do Ceará. Ciro Gomes não foi apenas derrotado. Perdeu na sua base política (Sobral) e registrou um resultado pífio no estado. Roberto Cláudio, um líder jovem e bem avaliado, candidato de parte do grupo, teve uma votação abaixo do esperado. A eleição dos deputados estaduais e federais reduziu os danos acumulados. O desgaste da família já podia ser notado nos pleitos anteriores. Os sinais estavam postos, mas poucos contavam com uma queda tão acentuada.

A força política de Camilo Santana, a boa avaliação do governo Izolda Cela e uma "nova onda Lula" foram decisivas para selar a derrota do partido. Mesmo com possibilidades futuras para Cid e Ivo Gomes, o domínio sobre os espaços de poder não será mais hegemônico. Temos agora um novo ciclo político. Elmano de Freitas, Camilo Santana e Evandro Leitão serão os expoentes dessa nova era. O movimento de aproximar o PDT cirista do futuro governo vem dando sinais positivos, contudo, apesar da continuidade de projetos, as peças se moveram em outra direção.

Resta saber o papel que Ciro e Cid Gomes vão desempenhar no cenário político. Se ainda pretendem disputar cargos ou se vão encerrar a vida pública. É importante ressaltar que esse movimento de renovação não foi apenas no Ceará. As eleições de 2022 marcaram a queda de grupos políticos importantes - o PSDB de São Paulo e o PSB de Pernambuco estão nessa linha. A expectativa agora é conhecer a agenda política do camilismo. Fato é que a oposição cresceu e está mais articulada.

domingo, outubro 16, 2022

"FURAR A BOLHA" - QUAL A ESTRATÉGIA ELEITORAL DE BOLSONARO AO VISITAR O CEARÁ?

Nas palavras de aliados no Ceará, ficou clara a missão que trouxe o presidente Jair Bolsonaro (PL) ao Estado a duas semanas da definição das eleições presidenciais: "furar a bolha". O foco do presidente foi diminuir as resistências dos nordestinos em em meio aos discursos de que ele não gosta dos "cabra da peste", bem como com o apoio da Primeira Dama, diminuir a resistência entre as mulheres e, ao mesmo tempo, fortalecer mais ainda no meio evangélico. 

Após terminar o primeiro turno em segundo lugar em território cearense, com 25,38% dos sufrágios, ele dobrou as apostas em estratégias já conhecidas do eleitorado para disputar espaço diretamente com o ex-presidente Lula (PT), que somou 65,91% dos votos no Ceará no dia 2 de outubro.

PALANQUE FORTALECIDO 

Estratégica já foi, por si só, a decisão de visitar Fortaleza neste sábado (15). Bolsonaro não cumpriu nenhuma agenda no Estado desde o início da campanha, em 16 de agosto, e assim foi até o fim do primeiro turno. Ele havia estado na Capital pela última vez em 16 de julho, quando participou de uma motociata e da Marcha para Jesus.

Àquela altura, a viagem já tinha tom de pré-campanha, mas agora, após ter visto aumentar a bancada de apoiadores eleitos para a Assembleia Legislativa e para a Câmara dos Deputados, o presidente teve palanque mais expressivo para tentar demonstrar força no Ceará.

CAPITÃO WAGNER

Nesta tarefa, ele não contou apenas com lideranças nacionais, mas também com aliados locais que mergulharam de vez na campanha presidencial.

A chapa de oposição que disputou o Governo do Estado, composta por Capitão Wagner (União Brasil) e Kamila Cardoso (Avante), não declarou voto no primeiro turno, mas ganhou protagonismo no comício deste sábado: Kamila, em mais de um momento, mostrou estar emocionada com as falas no evento; enquanto Wagner, em discurso enérgico de apoio, explicou o porquê da escolha do Conjunto Ceará para receber o presidente.

O deputado federal ressaltou que o bairro lhe garantiu maioria de votos nas eleições municipais de 2016 e 2020, quando disputou a Prefeitura de Fortaleza, e também no pleito deste ano, quando venceu na Capital.

Juntas, tais estratégias deram a Bolsonaro um ato de campanha em Fortaleza com mais peso do que o realizado por ele em Recife na mesma semana. O efeito das apostas nas urnas, porém, está em aberto: deve levar em consideração que, embora Lula não tenha estado em Fortaleza ainda neste segundo turno, a campanha do petista também vem ganhando - e em maior número - adesão de políticos locais.

Com informações do DN (Wilian Santos)

quinta-feira, outubro 13, 2022

MASSA CONCURSOS INICIARÁ DIA 27 DE OUTUBRO A PREPARAÇÃO PARA O CONCURSO DA PM-CE

MASSA CONCURSOS INFORMA: Saiu o Edital com MIL VAGAS (+ 500 vagas de cadastro de reserva) para Policial Militar do Ceará. Podem fazer o concurso quem tem entre 18 e 29 anos, ensino médio concluído (ou em conclusão) e CNH - categoria B (o concurseiro aprovado pode providenciar até a convocação do curso de formação). 

A Nossa Equipe de Professores irá, mais uma vez, potencializar aos nossos alunos a melhor preparação da nossa região. Nosso Diferencial maior: a nossa estratégia pedagógica para a sua aprovação feita por professores preparados e experientes!!!

Iniciaremos a nossa preparação a partir do dia 27 e iremos até o sábado anterior da aplicação da prova. 

Preço acessível: Matrícula – R$120,00 (Pix os espécie) e 3 mensalidades de R$ 255,00 (Cartão de Crédito) – Material didático, aulas extras, simulados já estão incluídos no nosso pacote promocional. 

As aulas acontecerão de segunda a sexta no período da noite (18h45-22h) no Colégio Coração de Jesus em Sobral.

Informações via Whatsapp com o professor Kléber Teixeira pelo (88) - 99987 8081


PARANÁ PESQUISAS - LULA TEM 51,9% DOS VOTOS E BOLSONARO 48,1%

O Instituto Paraná Pesquisas, aquele que chegou mais perto dos números do primeiro turno, divulgou nesta quinta-feira (13) nova pesquisa de intenções de voto para o segundo turno das eleições presidenciais deste ano. De acordo com os dados do levantamento estimulado (quando são apresentados os nomes dos candidatos), Lula (PT) tem 51,9% dos votos válidos contra 48,1% de Bolsonaro (PL).

O instituto entrevistou 2.020 pessoas sendo 953 homens e 1.067 mulheres (450 entrevistados com ensino superior completo e 1.570 com nível de escolaridade até o ensino médio).

Quase metade dos participantes da pesquisa, cerca de 47%, tinha renda de até dois salários mínimos, 32% remuneração acima de dois e até cinco salários mínimos.