Após terminar o primeiro turno em segundo lugar em território cearense, com 25,38% dos sufrágios, ele dobrou as apostas em estratégias já conhecidas do eleitorado para disputar espaço diretamente com o ex-presidente Lula (PT), que somou 65,91% dos votos no Ceará no dia 2 de outubro.
PALANQUE FORTALECIDO
Estratégica já foi, por si só, a decisão de visitar Fortaleza neste sábado (15). Bolsonaro não cumpriu nenhuma agenda no Estado desde o início da campanha, em 16 de agosto, e assim foi até o fim do primeiro turno. Ele havia estado na Capital pela última vez em 16 de julho, quando participou de uma motociata e da Marcha para Jesus.
Àquela altura, a viagem já tinha tom de pré-campanha, mas agora, após ter visto aumentar a bancada de apoiadores eleitos para a Assembleia Legislativa e para a Câmara dos Deputados, o presidente teve palanque mais expressivo para tentar demonstrar força no Ceará.
CAPITÃO WAGNER
Nesta tarefa, ele não contou apenas com lideranças nacionais, mas também com aliados locais que mergulharam de vez na campanha presidencial.
A chapa de oposição que disputou o Governo do Estado, composta por Capitão Wagner (União Brasil) e Kamila Cardoso (Avante), não declarou voto no primeiro turno, mas ganhou protagonismo no comício deste sábado: Kamila, em mais de um momento, mostrou estar emocionada com as falas no evento; enquanto Wagner, em discurso enérgico de apoio, explicou o porquê da escolha do Conjunto Ceará para receber o presidente.
O deputado federal ressaltou que o bairro lhe garantiu maioria de votos nas eleições municipais de 2016 e 2020, quando disputou a Prefeitura de Fortaleza, e também no pleito deste ano, quando venceu na Capital.
Juntas, tais estratégias deram a Bolsonaro um ato de campanha em Fortaleza com mais peso do que o realizado por ele em Recife na mesma semana. O efeito das apostas nas urnas, porém, está em aberto: deve levar em consideração que, embora Lula não tenha estado em Fortaleza ainda neste segundo turno, a campanha do petista também vem ganhando - e em maior número - adesão de políticos locais.
Com informações do DN (Wilian Santos)
Nenhum comentário:
Postar um comentário