terça-feira, dezembro 31, 2019

AS ÚLTIMAS DA POLÍTICA NACIONAL E DE IPU NESSE FINAL DE 2019

Confiram a minha participação na última edição de 2019 do Programa Política em Debate da FM Cidade de Ipu, apresentado por Rarison Ramon. 

sábado, agosto 03, 2019

Recomendo: FILME-DOCUMENTÁRIO SOBRE A RÚSSIA DOS ROMANOV

Assisti e aprovo essa série que traz como centro os últimos anos do Czar Nicolau II, último monarca russo, deposto pela Revolução Socialista de 1917. Como pano de fundo e um "prato cheio" para nós historiadores, a impecável produção da Netflix aborda o processo de crise iniciada em 1905, a influência do monge Gregori Rasputim sobre as decisões da família imperial e a instabilidade gerada pela 1ª guerra mundial.

CHICO ROCHA PARTIU E DEIXOU UM VAZIO NOS IPUENSES

Uma morte súbita tirou do nosso convívio Francisco de Assis Pinho Belém Rocha, popularmente conhecido como Chico Rocha. Gênio, culto, folclórico, carnavalesco, compositor, sonhador, empreendedor e "maluco beleza", Chico era uma simbiose de bons adjetivos que em cinco minutos de prosa fazia nos sentirmos bem.
Constantemente me deparava com ele as sextas e sábados no Bar do Flavinho aqui pelo Ipu. Com sua eloquência e carisma, Rocha andava ultimamente ora exaltando o Bolsonaro, ora (e sempre) divulgando uma mirabolante ideia para ganhar muito dinheiro. 

Vou guardar na lembrança com carinho quando o agora já nosso saudoso amigo era  candidato a Deputado Estadual em 1986, o qual com o seu carro de som de campanha, um Landau, infernizava os ouvidos dos ipuenses com uma voz feminina ("É  Claro que é Chico Rocha!") que respondia a uma lacônica pergunta sobre em quem ela votaria naquela eleição. Também vou guardar com carinho as suas constantes idas a Churrascaria o Teixeira nos anos 90, quase sempre acompanhado do empresário e grande amigo Flávio Melo, quando o mesmo pedia para que a Dona Cleonice caprichasse no "boi gordo". E, logicamente, não esquecendo da sua épica luta de boxe contra o Serjão no antigo Grêmio Ipuense, fato esse o qual participamos intensamente da "concentração" do então boxeador e ida do mesmo da nossa residência até o local do evento. 

O nosso agora saudoso Ipuense, o qual adorava entoar "caminhando com a solidão" do Beto Barbosa (uma das suas preferidas), deve estar em um outro plano dando boas risadas com seu eterno parceiro Serjão.

Segue uma postagem que fiz quando em mais uma das minhas conversas com Chico Rocha, o mesmo me mostrou mais um dos seus audaciosos projetos para sempre "ganhar muita grana dos gringos".  (Clique aqui)
Chico Rocha, um ser de Luz.

quinta-feira, agosto 01, 2019

MASSA CONCURSOS ABRE TURMAS PARA A SELEÇÃO DE PROFESSORES DA PREFEITURA

Depois de um 2018 com intensas atividades com turmas preparatórias para os concursos da SEDUC e da Prefeitura de Sobral para Assistente Social, Enfermeiros e Professores, o Massa Concursos em parceria com o Colégio Coração de Jesus retorna às suas atividades a partir de 15 de agosto.
Desta feita, o foco central será, mais uma vez, a seleção de professores temporários da Prefeitura de Sobral. Segundo o Presidente do Sindicato dos Servidores, Gilvan Azevedo, em declaração nas redes sociais, a seleção será para um contrato de 48 meses e não de 24 meses como o que está em vigência. 

O Massa Concursos está em atividades sazonais desde 2011, sendo sua equipe composta quase completamente por professores do Farias Brito Sobralense. Uma das marcas do Curso é a maciça aprovação nos concursos do magistério da prefeitura. 

quarta-feira, julho 31, 2019

“É IVO NESSA!” CONTRA A CANOA DOS RODRIGUES

Ivo Gomes e Moses Rodrigues

Alavancado após sua plausível administração em Sobral, Cid Gomes seria eleito Governador do Estado do Ceará em 2006. Contando com o aval do presidente Lula e também com um “apoio branco” do agora Senador Tasso Jereissati, o qual abandonou o candidato do PSDB, Lúcio Alcântara, que tentava a reeleição, Cid seria, portanto, o segundo Ferreira Gomes a comandar o executivo estadual. A não candidatura de Ciro Gomes a presidência da republica naquele ano, pavimentou um aliança com o PT de Lula que naquele momento era o maior cabo eleitoral no Nordeste.  
Em 2014, Cid, já depois de reeleito ao comando do Palácio da Abolição sem dificuldades, fez de Camilo Santana (PT) seu sucessor. 

Enquanto isso na Princesa do Norte uma nova liderança despontaria. Tipicamente burguesa e com um histórico de ascensão econômica por sua esplendida visão empresarial, a família Rodrigues liderada pelo empresário Oscar Rodrigues Júnior, ganhou força econômica e prestígio com as Faculdades Inta (depois Uninta), uma das maiores do interior do Nordeste com sede em Sobral. Em 2014, Moses Rodrigues, foi eleito Deputado Federal pelo PMDB, se projetando como uma referência na oposição ao clã dos “Irmãos FGs” e virtual candidato a Prefeito de Sobral em 2016. 
Diferentemente de muitos empresários locais que evitam qualquer embate com Cid Gomes, Oscar e filhos corajosamente ocupariam um espaço até então vazio na oposição e que não foi devidamente ocupado pelo ausente Dr. Guimarães após sua derrota. O grupo Uninta que tem sua sede administrativa localizada a margem direita do Rio Acaraú começou a cooptar edis, radialistas renomados e cabos eleitorais que "embarcavam na canoa" do iminente candidato Moses Rodrigues e passavam para a outra margem ribeira da política sobralense. 

Nas eleições municipais de 2016, o candidato Ivo Ferreira Gomes representaria a continuidade da hegemonia dos seus irmãos nas terras da Caiçara. Com o slogan “É Ivo Nessa!”, o irmão de Cid vinha de experiências administrativas como Secretário de Estado e Deputado Estadual. Carismático e com um discurso moderado, porém com tiradas sarcásticas que lhe são peculiares, o candidato tinha a seu favor o apoio da influência da máquina pública municipal e estadual. 
Alertados por pesquisas de consumo interno e mediante a “canoa” dos Rodrigues que de vez em quanto vinha para a outra margem do rio Acaraú embarcar um adesista de última hora, os Irmãos Ferreira Gomes acreditavam que, assim como nas eleições de 2012, a divisão da oposição seria imprescindível para uma nova vitória eleitoral. Mas quem poderia cumprir esse papel?
O mesmo Dr. Guimarães que em 2012 deu “um susto” no candidato Clodoveu Arruda, sairia novamente pleiteante ao executivo sobralense. Ficou patente, sobretudo depois da abertura das urnas que deram uma vitória com 51,4% dos votos para Ivo Gomes (PDT), que a divisão das oposições foi um fator importante para o não êxito da mesma, mais uma vez. 

Moses Rodrigues (PMDB) ficou com 40,1% dos votos numa demonstração também da força econômica advinda do poder empresarial da sua família. Outro fato que se repetiu, assim como em 2012, foi a que a votação urbana deu maioria para os votos da oposição.
Guimarães (PSDB), ao final com seus 8.917 votos (7,9%), acabaria por muitos correligionários dos Rodrigues, acusado de ter feito o habitual jogo estratégico dos astutos Ferreira Gomes em dividir a oposição e desidratar uma possível única referência como candidato de oposição. 

A ERA CID GOMES EM SOBRAL (1997-2004)

Cid Gomes e o Veveu Arruda

Cid Gomes iniciaria uma nova fase na história de Sobral, mesmo pertencendo a um clã familiar tradicional da cidade e tendo suas práticas políticas de apadrinhamento e clientelismo semelhantes às tão comuns politicas oligarcas interioranas, faria uma gestão inovadora e inegavelmente provocadora de um divisor de “o antes e o depois” da sua passagem pelo poder municipal. 
Mudando constantemente de sigla partidária e sendo a vitrine administrativa do seu irmão Ciro que se efetivaria nas décadas inicias do século XXI como um sempre candidato a presidência, Cid governaria com uma sólida base legislativa tendo o apoio quase unânime dos vereadores e o controle dos meios de comunicação da cidade, sobretudo do então importante meio radiofônico sobralense. Políticos ainda em projeção como o Padre José Linhares e rebeldes dentro do seu grupo partidário como o empresário e Deputado Sávio Pereira Pontes foram enquadrados. Desafetos como o combativo vereador Luciano Linhares, seriam neutralizados pelo novo status quo local. 
Sobral teve uma mudança radical em sua infraestrutura. A "Era Cid" mudou a cara da cidade com dezenas de obras de grande porte, com o importantíssimo tombamento do Centro Histórico de Sobral pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN) em 1999 e a montagem de equipamentos urbanos que otimizaram a máquina administrativa. A cultura e especialmente a educação ganharam uma atenção especial com projetos que se tornariam referência nacional.   

Em 2000, já com a permissão constitucional de reeleição para um segundo mandato, Cid, agora no PPS, foi reeleito sem dificuldades com 68% dos votos válidos. O candidato Marcos Prado (PFL), “o chocolate”, apesar de empolgantes comícios e músicas de campanha que relembravam as épicas eleições protagonizadas por seus familiares, não teve êxito em termos de votos ao buscar resgatar as paixões políticas da outrora vitoriosa Família Prado.

Cid sairia do poder em 2004, deixando o comando da prefeitura para os sempre confiáveis aliados Leônidas Cristino (2004- 2010) e Clodoveu Arruda (2010-2016). Este último, apesar de um histórico membro do PT sobralense, sempre esteve em primeira ordem com sua esposa Izolda Sela, incondicionalmente apoiando os Irmãos Ferreira Gomes. 
Diferentemente de Leônidas que fora reeleito em 2008 sendo praticamente candidato único, pois a oposição desarticulada não apresentou um tradicional candidato, “Veveu” Arruda, por sua vez, teve grandes dificuldades em 2012 para derrotar o abastado e quase desconhecido Dr. Guimarães. Para muitos, uma candidatura de última hora de Marcos Prado foi implicitamente fomentada pelos partidários de Cid Gomes para dividir a oposição. Veveu venceu com a aprovação de pouco mais da metade do povo sobralense (50,34% dos votos válidos). 


Texto escrito pelo Professor Kleber Teixeira Santos - 
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A ASCENSÃO DOS FERREIRA GOMES AO COMANDO DE SOBRAL

Cid Gomes

Fazendo valer a frase do escritor Lustosa da Costa de que “Sobral é uma terra de cenas fortes”, o ano de 1994 seria marcado por uma grave crise política com constantes mudanças de prefeito em meio a ações impetradas na justiça e tensas sessões no legislativo local. A gestão de Ricardo Barreto foi alvo de denúncias de corrupção vindas especialmente da Câmara Municipal, sendo o advogado e vereador Clodoveu Arruda um dos líderes dessa empreitada. A oposição a Ricardo Barreto se fortalecia com a aliança do Vice-Prefeito Aldenor Façanha Júnior com os irmãos Ferreira Gomes, não esquecendo de uma intensa campanha radiofônica contra e a favor do gestor que agitava a cidade. Por vários meses em meio às querelas judiciais nos tribunais, a cidade amanhecia com um prefeito e anoitecia com outro. Ricardo foi afastado do cargo pelos Vereadores da Câmara Municipal e Aldenor Junior concluiria o seu mandato até dezembro de 1996. 
Atribui-se a queda do Dr. Ricardo, considerando os vícios de membros do Poder Legislativo local e os equívocos do Poder Judiciário ainda fortemente lamentáveis e suscetíveis as influências políticas à época, muito mais pela influência dos Ferreira Gomes junto as órbitas governamentais e municipais, e bem menos pelas ações de improbidade administrativa em seus menos de dois anos de gestão. Correligionários do prefeito afastado acusavam o governador Ciro Gomes de ter montado no Palácio do Cambeba um QG com ações articuladas para tirar o poder do seu inimigo político em Sobral.    
Anos depois, a Justiça absolveu Ricardo Barreto. O Vereador Zezão (José Crisóstomo Barroso Ibiapina), personagem do legislativo também da época, também admitiu em uma sessão da Câmara que aquela querela ocorrida há mais de 25 anos atrás tinha sido todo “um esquema” armado e que ele – colocando uma mea-culpa – se arrependia de ter participado. A polêmica e corajosa declaração de Zezão - (testemunha ocular dos episódios e bastidores) em tribuna em uma sessão não foi contestada, inclusive por vários edis presentes e que também eram vereadores no biênio 1993-1994.  


Nas eleições de 1996, o Deputado Estadual Cid Gomes (PSDB) seria o candidato situacionista com o apoio do prefeito Aldenor Júnior e do governador Tasso Jereissati (PSDB) que tinha voltado ao cargo para um novo mandato. Ciro Gomes, por sua vez, após uma rápida passagem pelo Ministério da Fazenda durante a implantação do Plano Real em 1994 no governo do presidente Itamar Franco, era agora - mais do que antes em meio a uma projeção nacional que o habilitava como candidato a presidência - o grande cabo eleitoral do irmão. A implantação da Fábrica de calçados Grendene, a qual projetava mais de 20.000 empregos diretos e articulada por Ciro quando governador, era um sinal de uma proposta de gestão inovadora que faria de Sobral um polo de progresso interiorano. Cid teria como Vice Edilson Aragão do PT, numa bizarra demonstração que os teóricos e sempre contraditórios seguidores de Lula em Sobral beijavam “o altar” do PSDB para chegarem ao “santo” que era o estar no poder. 
Mas quem seria o candidato da oposição? 

Os Barretos e os Prados, enfraquecidos já sem o suporte do poder político estadual e também devido a uma nítida falta de renovação familiar consistente em seus quadros, não tinham mais forças para um embate eleitoral competitivo. Tomás Figueiredo, prefeito de Santa Quitéria e que tinha origem familiar em Sobral, lançou sua esposa, a Deputada Cândida Figueiredo (PDT), como candidata aproveitando o vácuo das oposições na terra de Dom José. O jovem Marcos Prado (PFL), por sua vez, filho de José Prado, faria uma candidatura - a primeira de várias outras em anos posteriores - vista para muitos com desconfiança, pois suas pretensões colaborariam para a desidratação da candidatura de Cândida (PDT) e do seu vice, o Padre José Linhares (PRB). 
Ao final, Cid seria eleito com estrondosos 63,9% dos votos. Os filhos do Dr. José Euclides Ferreira Gomes tendo sempre o seu filho primogênito como o articulador-mor iniciariam uma nova etapa na História política de Sobral. No epicentro desse processo está, indiscutivelmente, o poder dado por Tasso Jereissati a partir do final da década de 1980 aos seus aliados sobralenses.  


Texto escrito pelo Professor Kleber Teixeira Santos - 
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SOBRAL (1963-1994) - OS PRADOS E OS BARRETOS NO PODER

   
José Prado e Joaquim Barreto (O Quinca)
Advindos do meio agropecuário e comercial, os clãs políticos que comandariam Sobral durante a década de 1960 até o início dos anos 1990, protagonizariam empolgantes embates eleitorais por partidos conservadores e governistas (ARENA, PDS e PFL). Foram gestores do paço municipal nessa época: Cesário Barreto Lima (1963-67), Jerônimo Medeiros Prado (1967-71), Joaquim Barreto Lima (1971-73 e 1983-88), José Parente Prado (1973-77 e 1989-92) e Ricardo Barreto Dias (1993-1994). 
Lembramos que José Euclides Ferreira Gomes (1977-83) foi eleito prefeito com a indicação e apoio do então gestor José Prado, na famosa e folclórica campanha “De Zé pra Zé”. Euclides é pai de Ciro e Cid Gomes, os quais seriam posteriormente os algozes políticos dos Prados e Barretos na vida política partidária sobralense. 

Com a chegada de Tasso Jereissati ao governo do Ceará após as eleições de 1986 – o que significava também um momento propício para a renovação dos poderes políticos municipais favorecendo assim a destituição de grupos políticos interioranos como os Prados e Barretos. Esses clãs apesar de rivais eram atrelados ao agora derrotado “Governo dos Coronéis” (Virgílio Távora, Adauto Bezerra e César Cals). Os Irmãos Ferreira Gomes liderados pelo então Deputado Estadual Ciro Gomes, ganhariam projeção política em nível estadual o que seria prontamente refletido nas eleições municipais da Princesa do Norte. Indicado e apoiado por Tasso, Ciro seria eleito prefeito de Fortaleza em 1988 e em 1990, Governador do Estado. 
Uma vez fortalecido, Ciro com o suporte do governo estadual iniciaria seu projeto de controle político sobre a terra natal de sua família tendo inicialmente o PMDB como sigla e depois de 1990 o PSDB. 

Foi nesse contexto de ascensão do clã Ferreira Gomes que em 1988 um membro do tradicional clero sobralense, José Linhares Ponte, buscaria o poder na política local. A frente da Santa Casa de Misericórdia de Sobral e também advindo de famílias tradicionais, a candidatura a prefeito do “Padre Zé” (PMDB) seria teoricamente a primeira investida dos filhos de José Euclides Ferreira Gomes em busca de espaço no executivo municipal. O jovem Cid Ferreira Gomes seria o vice na chapa do sacerdote que também tinha o apoio do PMDB de Tasso Jereissati com seu plausível “Governo das Mudanças”. Esse cenário fez surgir uma aliança, para muitos até historicamente contraditória, entre os outrora históricos inimigos Prados e Barretos. Com menos de 4% de maioria dos votos válidos, venceu a chapa situacionista com o ex- prefeito José Prado (PFL) que tinha agora como vice Ricardo Barreto (PDS). 

Nas eleições de 1992 que um membro dos Gomes seria a cabeça de chapa. O médico Pimentel Gomes (PSDB), primo de Ciro e secretario de Estado em seu governo, tinha um cenário favorável à sua candidatura. Além do apoio do Governo Estadual, o candidato dos “Irmãos FGs” tinha o apoio do prefeito José Prado o qual tinha sido teoricamente cooptado pelo governador Ciro Gomes, reeditando assim, de certa forma, a aliança familiar de 1976 contra os Barretos.  
O carismático médico Ricardo Barreto (PDS) fora o nome ungido pela oposição para enfrentar a forte aliança Gomes-Prado. 
Para muitos, na véspera das eleições, Pimentel “dormiu prefeito eleito”, mas acordou como derrotado. Nas últimas horas antes do pleito, prevaleceu a militância dos cabos eleitorais pró-Ricardo Barreto na cooptação de eleitores, em especial, nos distritos e logradouros. Para outros, a derrota de Pimentel com a diferença de menos de 3% dos votos válidos foi também resultado da falta de empenho do prefeito José Prado. 
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PADRE PALHANO E O FIM DA "ERA MONTISTA" EM SOBRAL

Com a redemocratização do Brasil após o fim da ditadura varguista do Estado Novo (1937-45), as eleições municipais passariam a serem realizadas pelo voto direto em consonância com as determinações da Constituição liberal de 1946. Durante essa fase o poder político em Sobral teve como figura central Francisco de Almeida Monte, mesmo nunca ocupando o cargo de prefeito. O renomado e lendário “Coronel Chico Monte” fora deputado estadual e federal, tendo uma influência política regional e estadual, auge esse atingido no governo do seu genro, Parsilfal Barroso, que foi eleito governador do Estado do Ceará em 1959. Chico Monte faleceu em 1963 em Brasília quando exercia mandato de Deputado Federal.
Nas eleições municipais de 1958 a “Era Montista” sofreu um duro golpe. Uma figura excêntrica e progressista do clero sobralense, o Padre Jose Palhano de Saboia, foi eleito prefeito de Sobral pela UDN. Para por fim a hegemonia do Coronel Chico Monte evitando que este não elegesse um indicado seu, Palhano contou com o apoio do bispo Dom José Tupinambá da Frota que promoveria uma cruzada na defesa do seu protegido. 
Com o Golpe Civil-Militar de 1964, o Padre Palhano, na ocasião Deputado Federal, foi cassado e, de certa forma, somado aos atritos com o Bispo Dom Walfrido Vieira que também lhe rendeu até a suspensão das ordens sacerdotais, perde a força do seu poder regional e local. 
O Padre falece em 1982 e deixou como um dos seus legados a tradicional Radio Tupinambá, instituição privada e não vinculada a diocese. É nesse cenário que a cidade de Sobral assiste a ascensão e o revezamento de duas famílias tradicionais ao poder municipal: Prado e Barreto. 

Texto escrito pelo Professor Kleber Teixeira Santos - 
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RECUPERAMOS O NOSSO DOMÍNIO E SENHA!

Depois de vários meses com problemas de acesso, vamos aos poucos retornando!