domingo, julho 20, 2025

2024 AINDA NÃO TERMINOU - DISPUTAS JUDICIAIS MARCAM A POLÍTICA-PARTIDÁRIA IPUENSE

O clima político do pleito para prefeito de 2024, de certa forma, ainda prevalece se considerarmos as querelas jurídico-eleitorais em meio à polarização que segue a vida partidária de Ipu. De um lado, o candidato não vitorioso Sérgio Rufino (PSB) vem sofrendo derrotas em primeira e segunda instância judiciária com suas tentativas de anular a eleição municipal. Foram três Ações Eleitorais contra a chapa da Prefeita Milena Damasceno (PT) e sua Vice Arlete Lima (PSD) - com duas destas já vencidas na considerada teórico decisiva segunda instância (TRE-CE), restando agora ainda uma delas que envolve o suposto uso indevido da FM Cidade em benefício da então campanha oposicionista, a ser julgada no Fórum local. Por outro lado, ele Sérgio Rufino e seu sobrinho e também ex-prefeito de Ipu, Robério Rufino (PSB), serão julgados pela Juíza Eleitoral nos próximos dias em uma ação que pode levá-los a perda de direitos políticos (inelegíveis) por abuso do poder econômico quando estavam no comando da prefeitura no ano eleitoral passado.

Em meio à morosidade do Poder Judiciário do país que pode levar essas disputas judiciais até o final desse ano para um veredicto final em Brasília em última instância, a gestão da prefeita Milena Damasceno segue buscando se ajustar em suas ações administrativas ainda em compasso de estruturação. Mas é inegável que essas disputas judiciais levam a prefeita e o seu grupo político liderado por seu marido, Lindbergh Martins, a desvirtuarem o foco das suas ações administrativas locais, o que também gera preocupação dos eleitores anti-rufinistas de 2024 que torcem por nenhum revés após doze anos de oposição. Mas é nítido, em contrapartida, que a sequência de vitórias nos tribunais de primeira e segunda instância para a chapa PT-PSD tem ajudado a militância política a se manter ativa, sobretudo os engajados direta ou indiretamente com a gestão municipal.

Percebe-se que o resiliente Sérgio Rufino busca se manter vivo na política ipuense. Mas mesmo controlando a maioria da Câmara Municipal (7 x 6) e tendo reativado parcialmente uma rádio FM com poder regional, o ex-prefeito segue inábil no diálogo com a comunidade local, não revertendo (ou amenizando) a sua velha falta de carisma em tempos das vorazes redes sociais. Certamente, após um ano da gestão Milena  a ser completado, Rufino terá que se expor e inevitavelmente fazer comparações do antes e do depois. Se fugir desse debate, mostrará fraqueza.

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