sábado, setembro 11, 2010

ESPECULAÇÃO IMOBILIÁRIA CONTINUA AGREDINDO O PATRIMÔNIO HISTÓRICO DO IPU

A casa da Senhora Zezé (foto acima), filha do saudoso vereador Zé Lopes, está à venda pela simples bagatela de R$250.000(duzentos e cinqüenta mil reais). Isso mesmo! Não achem exagero, pois isso é parte da cultura inflacionária e especulativa estabelecida nos imóveis de Ipu nos últimos anos, sobretudo aqueles localizados no centro da cidade. A casa da irmã do cantor e advogado Diassis Martins, já recebeu até proposta de compra no valor de R$180.000 feita por um comerciante do ramo de postos de combustíveis da cidade de Varjota conhecido por Evandro. Esse mesmo comerciante foi responsável pela milionária compra do terreno da família do Dr. Tomás Correa, localizado entre o ginásio esportivo Abdoral Timbó e o prédio da antiga Fundação SESP.
Lamenta-se o fato dessa onda de especulação imobiliária ter atingido os casarões seculares da cidade. Nos últimos anos foram vendidos os históricos casarões do ex-prefeito Joaquim Lima, do Coronel José Aragão (foto abaixo) e a casa da matriarca Maria Dantas, sem falar de outros que a minha idade não permite recordar. Estão agora de olho na centenária casa do tabelião Pedro César Tavares e no sobrado da família Marrocos Aragão.
Todos estes  símbolos já vendidos e que fazem parte da belle époque ipuense, foram imediatamente e estratégicamente demolidos pelos seus novos proprietários da noite para o dia. Estes abastardos, desprovidos de qualquer enlace cultural ou de respeito a arquitetura original da Terra de Iracema, quase sempre aproveitam das querelas familiares na hora da divisão das heranças.
As famílias são culturalmente  culpadas dessas danosas transações imobiliárias. Mas a responsabilidade maior fica por parte do poder público municipal, pois somos desprovidos de qualquer lei municipal que proteja os últimos casarões seculares.
O atual Prefeito de Ipu, Sávio Pontes,  precisa se espelhar  também nesse ponto em seu professor político Cid Gomes, pois o ex-prefeito de Sobral teve a coragem de enfrentar boa parte da nobreza sobralense, mas ainda detentora de prédios históricos, na hora de acionar o IPHAN para salvaguardar a arquitetura imperial do seu município.
Enquanto isso no Ipu os Evandros,os Gomes,os Nenens e os Demontiers fazem a farra na qual a simpática Senhora Zezé espera tirar proveito.

5 comentários:

Anônimo disse...

Pois é muito engraçado mesmo! Esses hipócritas da família Correa ñ aceitaram vender aquele terreno para a construção de uma bela praça, alegando q as pessoas q ali moravam ñ podiam sair dali. Agora, já tá vendido o terreno e as casas praticamente demolidas! Deixe esse Dr. Luiz sair por aí pedindo voto! Ele vai ouvir...

Anônimo disse...

Caro Senhor Kleber.
Parabenizo por sua capacidade de fazer textos. Os mesmos são diretos,rápidos e irônicos. Não sou ipuense mas tenho familiares por aí.Observei as últimas postagens e tenho que concordar que o Ipu está mesmo perdendo sua beleza arquitetônica e social como é o caso das tradicionais festas do grêmio ipuense.
Um abraço.
Luis Martins Timbó -Hidrolândia

Anônimo disse...

Infelizmente as coisas do Ipu. Para quem tem uma Estação "reinalgurada" semportas e a Igrejinha se acabando.......OPIU VAI.........COM JEITO FICA SE NÃO A CASA CAI................
O Gremio ipuense é o "DESORGULHO DE IPU"!!!!!!!!!!!!!

Anônimo disse...

É isso mesmo Kleber, que suas palavras sirvam de exemplo e voltem a incentivar mais grupos no sentido da preservação de nosso patrimonio, se observarmos bem aqueles que compram e destroem nosso patrimonio histórico não possue vinculo nenhum com o Ipu, são forasteiros que aqui se instalaram se deram bem e agora nos pagam com este tipo de atitude, não vejo necessidade de destruir para novas construções, elas poderiam muito bem ser realizadas em terrenos ao redor da cidade, só assim o nosso passado seria preservado. Bola murcha para os Manoel Gomes e todos aqueles destruidores de nossa história.

imoveis em itaborai disse...

è kleber..eu que sou pobre não consigo nem o terreno.....