
1996, os pré- candidatos
Com menos de dois anos de mandato do Prefeito Zezé Carlos, já se discutia com intensidade quem seria o candidato indicado dentro do seu grupo político à sua sucessão. O Congresso Nacional já discutia a possibilidade de reeleição, mas apenas para as governamentais e presidenciais de 1998, impedindo os prefeitos de lançarem mão da idéia de continuidade no poder nas eleições municipais de 1986.
Com menos de dois anos de mandato do Prefeito Zezé Carlos, já se discutia com intensidade quem seria o candidato indicado dentro do seu grupo político à sua sucessão. O Congresso Nacional já discutia a possibilidade de reeleição, mas apenas para as governamentais e presidenciais de 1998, impedindo os prefeitos de lançarem mão da idéia de continuidade no poder nas eleições municipais de 1986.
Em meio as especulações, Zezé Carlos se fortalecia politicamente com a sua entrada no PSDB do governador Tasso Jereissati. Sua administração que tinha como slogam Moralização e Trabalho ia a contento, apesar das críticas feitas a pessoas que eram privilegiadas com cargos dentro da Prefeitura. O açude do São Bento, a pavimentação da via central da cidade, o calçadão da praça da Estação, a aquisição pioneira de ônibus escolares, e a expansão da rede elétrica na área urbana e rural, marcaram a sua administração. Dentro do seu secretariado ganhava destaque o trabalho feito na saúde pelo médico Eduardo Bezerra e na educação pela Professora Conceição Guilherme.
Enquanto a oposição já desenhava o ex-Prefeito Flávio Mororó como candidato, especulações davam conta que diversos pré-candidatos buscavam a indicação de Zezé Carlos dentro do grupo situacionista. Dentre esses nomes estava o da Vereadora Madalena Pontes, fiel escudeira de Zezé desde a sua primeira tentativa de chegar ao poder em 1988. Outro nome ventilado era o do Secretário de Obras Alfredo Fonteles, pessoa de confiança de Zezé Carlos e em especial dos seus filhos empresários, Marcelo e Maninho Carlos. Mas o nome de Simão Martins, que fora o vice de Zezé em 1988 e que lhe demonstrara fidelidade política, era o mais aceitável pois contava com a simpatia de segmentos não só da facção Rochista (ou psedista) como também de dentro da própria facção Morais que poderiam aderir caso sua candidatura se confirmasse.
Em meio a onda de especulações que aumentaram no início de 1996, estava também a possibilidade de renúncia de Zezé Carlos o que daria condições jurídico-eleitorais para que sua esposa, a Vereadora Toinha Carlos, se candidatasse ao Executivo local. Essa idéia não vingou pois o Vice Maurício Xerez, rompido politicamente com Zezé Carlos, ficaria seis meses no comando da Prefeitura e desestabilizaria o grupo político que estava no poder.
Simão e Cacá, os ungidos.
Simão e Cacá, os ungidos.
O médico Antonio Carlos Martins, o Dr. Cacá, oriundo da facção Morais (ou udenista) e derrotado por Zezé Carlos em 1992, tinha aderido ao grupo de situação e também ganhara espaço no bloco político que se formava.
O nome de Simão Martins foi aos poucos se consolidando como o “cabeça de chapa”. O engenheiro agrônomo e filho do ex-Prefeito Abdias Martins era da cota dos amigos pessoais de Zezé Carlos, bem como seu nome era bem aceito pelo governador Tasso Jereissati. A indicação de Dr. Cacá como vice foi celebrada mas também vista com desconfiança pelos líderes políticos "pé-de-boi "da facção Rocha Aguiar, pois viam que a chapa era efetivamente formada por figuras egressas do meio aristocrático dos udenistas/facção morais.
O embate eleitoral
O embate eleitoral
o candidato Flávio Mororó, em meio ao esvaziamento político da facção Morais, teve que se contentar com um Vice do seu próprio grupo, o Vereador Chagas Peres. O ex-Prefeito, apesar de gozar da simpatia de figurões da elite local não conseguiu empolgar. O distanciamento da sua passagem pela Prefeitura entre 1983 e 1988 e o seu retorno efetivo a política somente em 1996, fez surgir um hiato político, deixando-o enfraquecido e com bases políticas pouco consistentes. Sem o apoio do governo do Estado, com um Vice que não somou, tendo que lutar contra a Prefeitura e o grupo empresarial Vipu da família Carlos, e também vendo a tradicional família Martins debandar quase toda para o candidato Simão, Flávio foi facilmente derrotado nas urnas sentenciando assim a família Mororó a não ser mais protagonista na vida política da Terra de Iracema nos anos posteriores.
Simão Martins que pertencia ao PSDB, obteve 11.103 votos (62,41%) contra 6.686 (37,59%) votos de Flávio Mororó que fora candidato pela coligação PPS /PFL.
A câmama dos Vereadores não sofreu grandes mudanças. A facção vitoriosa conseguiu eleger 13 dos 17 vereadores que faziam a composição do legislativo. Vereadores septagenários como José Araújo e Antonio Olímpio conseguiram mais um mandato. Madalena Pontes, que havia rompido com Zezé Carlos e passara para o grupo de oposição, não conseguiu sua reeleição.
A Ruptura imediata de Zezé e Simão.
O empresário Zezé Carlos saíra da frente do Executivo ipuense em alta. Além de ter feito uma administração razoável e ter garantido a eleição do seu sucessor, Zezé emplacou sua esposa e Vereadora Toinha Carlos (a mais votada nas eleições de 1986 com 1.297 votos) como a nova Presidente da Câmara Municipal para o biênio 1997-1998. Seu filho Marcelo Carlos, continuaria na Assembléia Legislativa, apesar de ter ficado inicialmente na suplência partidária das vagas do PSDB após as eleições legislativas de1994.
A Ruptura imediata de Zezé e Simão.
O empresário Zezé Carlos saíra da frente do Executivo ipuense em alta. Além de ter feito uma administração razoável e ter garantido a eleição do seu sucessor, Zezé emplacou sua esposa e Vereadora Toinha Carlos (a mais votada nas eleições de 1986 com 1.297 votos) como a nova Presidente da Câmara Municipal para o biênio 1997-1998. Seu filho Marcelo Carlos, continuaria na Assembléia Legislativa, apesar de ter ficado inicialmente na suplência partidária das vagas do PSDB após as eleições legislativas de1994.
Depois do sol veio a tempestade. Simão Martins logo em seu primeiro dia de mandato exonerou mais de mil funcionários contratados e de cargos comissionados da prefeitura, que em grande parte eram ligados diretamente ao agora ex-Prefeito Zezé Carlos e ao seu grupo vereadores. O novo Prefeito em seus primeiros seis meses de mandato, buscou adotar uma postura de independência política em relação a família Carlos, e isso seria um erro fatal para o seu futuro político. Já no final do primeiro ano de mandato, era nítido o distanciamento entre "criador e criatura".
Texto e Pesquisa : Kléber Teixeira
6 comentários:
DOUTOR SIMÃO SERIA UMA BOA PARA SUBSTITUIR ESSE AGORA MAIS UE PENA ELE Ñ QUE SABER MAIS DE POLITICA CERTO ELE PARA Ñ SE SUJAR NESSE LAMA DA POLITICA IPUEINSE!!!
Dr. Simão Martins um dos grandes, sem sombra de dúvida, um dos melhores prefeitos que o Ipu já teve, as casas populares, a montagem e abertura do Hospital Municipal, o abastecimento d'água para o Ipu através do Açude Araras, Rodoviária, CVT e a maior implantação de energia elétrica nas localidades rurais desta cidade.
Esse tem o que mostrar foi um grande administrador e praticou a política com p maísculo, não a politicagem, diferentemente do Prefeito atual não traiu a população não qual lhe escolheu, pois preferiu romper na época com o grupo político do Zezé Carlos do que manter os cargos e as benesses para alguns em detrimento do resto da população.
Na época quando foi prefeito foi bastante injustiçado devido pelas rádios de Ipu do então ex-prefeito José Carlos, mas soube administrar como poucos, imaginem se na época eles tivesse a oportunidade que teve o Sávio Pontes com o atual governo, diferentemente daquele certamente os seus projetos seriam concluídos.
O Dr. Simão é um dos melhores candidatos a disputar com o Sávio Pontes, pois tem o que mostrar, mas infelizmente não está mais na vida pública.
Ele irá agora dia 13/01 receber na Câmara de Ipu o prêmio Delmiro Gouveia este sim merece o nosso reconhecimento e parabéns Dr. Simão.
O grupo Zezé Carlos é responsável por tirar o melhor prefeito da historia de Ipu, e de colocar o pior prefeito da historia, sem falar que o Zezé foi o primeiro candidato com sua candidatura caçada na historia. aguardem outros indignações.
assinado: arrependido do Ipu.
Um exemplo de Prefeito!!! Foi o melhor, sem dúvida.
Meus Amigos quem viveu aquela época sabe que foi um FRACASSO total, aquele período de incerteza política e instabilidade emocional, o período de 1997 á 2000 foi-se para nunca ,nunca mais. Graças á Deus! à única Ex que pode voltar a ocupar cargo majoritário chama-se Toinha Carlos.
Quem não lembra da corda que fechou a rua no carnaval de 1999,causando acidente com motociclistas? do IPTU absurdo? do FundeF,que gerou até CPI em que o relato foi o então Dep. Artur Bruno, e que a então secretária de educação afirmou que não fazia o rateio por que os professores iriam gastar com LUXO... e ai contratou os cursos da UNICE,chamada pelo povo Ipuense de BURRRICE!! è disso que recordo-me daquela Época!
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