45 DO 2o TEMPO: NÃO DECISÃO DO "CABEÇA-DE CHAPA" PREJUDICA OPOSIÇÃO

                         

     A semana que passou foi marcada por uma intensa agitação política do grupo de oposição nos seus bastidores. Em meio as movimentações da administração Novo Tempo, com inaugurações e a presença de lideranças como a do Vice Governador Domingos Filho(PMDB) e a adesão do PRB de Toinha Carlos e de Diego Carlos a candidatura do Prefeito Sávio Pontes (PMDB), a oposição acusou o golpe e se articulou através de reuniões e de longos telefonemas entre seus interlocutores.

    A oficialização do apoio do PSL a Sávio Pontes na noite da última quinta-feira, a qual um dos pré-candidatos de oposição, no caso Sergio Rufino(PCdoB), tentou revertê-la sem êxito, fechou a semana do grupo de oposição mais ainda em baixa. O PSL de Conceição, Ilton Belém e Cia era o "sonho de consumo" da oposição, pois este grupo fora decisivo na vitória de Corrinha em 2004 e na de Sávio Pontes em 2008. Salientamos também que o Vereador Carlinhos da Várzea, ligado ao PSL, também falhou em sua missão de influenciar na decisão do partido.

    Um empresário fortemente ligado ao grupo de oposição, nos confessou que há uma cobrança para que haja mais objetividade nas reuniões e que as vaidades e interesses pessoais sejam colocados de lado, pois "só o Prefeito entrou em campo e nós não escalamos o nosso time". Para este empresário a situação é esta: Corrinha (PSD) tem os votos e Serginho Rufino tem o suporte financeiro e a "ficha limpa", e o Coronel Martins ressurgiu em busca de uma Vice, mas ambos sabem que quem abdicar de ser o "cabeça" estará abreviando sua carreira política. Nosso informante também acha que a oposição anda "pegando corda  demais" de um advogado e de um médico que tem uma rixa pessoal com o Prefeito, e  que estes procuram inutilmente derrubá-lo  nos tribunais e deixando decisões mais importantes para depois. 
      Nos bastidores e em meio as indecisões teve até líderes de oposição contactando com o Prefeito, deixando a entender que estava abrindo assim diálogo para um possível retorno ao seu grupo político. É o dinamismo da política ipuense.
     Em todas as últimas eleições municipais de Ipu já se sabia, no mínimo, seis meses antes quem seria o  candidato das oposições. Nas eleições de 2008, logo no início de março, Toinha já havia abdicado em nome de Sávio Pontes e isso foi fundamental para que o mesmo tivesse tempo para se articular politicamente e garantisse sua vitória. Se a decisão tivesse sido postergada para depois, o rebanho ficaria mais desgarrado ainda.