VACINAÇÃO
O país ultrapassou as 200 mil mortes por Covid-19 e vive um retomada acentuada de infecções e internações hospitalares. Bolsonaro, percebendo que não dá para brigar com a maioria do povo brasileiro que aprova o uso emergencial da vacina, recuou e na última semana determinou uma agora aceleração na compra de milhões de doses dos antivirais. A “Vacina Chinesa” ou “Vacina do Dória” - viabilizada sua produção pelo governador João Dória (PSDB) de São Paulo via Butantã, com seus 40 milhões de doses já comprados, chegará aos brasileiros no final de janeiro como assim já fez previsão o Ministério da Saúde. Conclusão: A ideia é evitar um maior descontentamento dos brasileiros (incluindo possíveis eleitores do presidente) e, de quebra, fazer do Governo Federal o grande protagonista ofuscando as pretensões de holofote do presidenciável João Dória.
ARTUR LIRA NA PRESIDÊNCIA DA CÂMARA
Fazer de Artur Lira (PP) o novo presidente da Câmara dos Deputados e derrotar Baleia Rossi (MDB) que está sendo apoiado pelo seu desafeto Rodrigo Maio (DEM) e até por partidos de esquerda, é essencial para a continuidade do governo bolsonarista. Sem a presidência do legislativo, as pautas econômicas terão dificuldades de serem votadas e o próprio presidente, sempre vacilante em suas posições como chefe de Estado, se tornaria uma presa suscetível a uma abertura de impeachment pautado por um presidente da Câmara que lhe fosse hostil.
RETOMADA ECONÔMICA
O Ministro Paulo Guedes já sentenciou que a vacinação é imprescindível para a retomada do crescimento econômico. Sem ela, as possibilidades de termos um primeiro semestre totalmente comprometido com o desemprego crescendo se torna ainda maior. O caixa federal também não tem oxigênio para bancar mais seis meses de auxílio emergencial.
O governo também sabe que diversos setores da economia precisam passar por reformas e que parra isso precisam serem pautadas e aprovadas com urgência no Congresso Nacional. Por isso, a eleição de Artur Lira, vinculado ao bloco parlamentar do “centrão”, é imprescindível para Jair Bolsonaro.
O jogo político já começou, pois os times já estão em campo.
KLÉBER TEIXEIRA SANTOS
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