São poucos os Prefeitos nos interiores do nosso país que tem a consciência e a preocupação do dano causado pela suspensão das aulas regulares na educação básica, ocorridas a partir de Março de 2020 em meio a pandemia do Covid-19. No caso de Ipu e cidades circunvizinhas, NENHUM dos candidatos eleitos observados por nós colocou em seu discurso a prioridade da retomada segura das aulas em 2021.
As aulas emergências remotas foram uma saída, mas que infelizmente pegou os gestores municipais (não necessariamente por culpa deles) desprovidos de um plano logístico de ação para atender uma maior totalidade do alunando do Ensino Infantil e Fundamental (I e II). Tudo bem que não se troca o pneu com o carro andando, mas em meio a carência de estrutura de internet e equipamentos, somado falta de perspicácia para efetivar as aulas online de uma maneira curricular, comprometeu-se drasticamente o processo de ensino-aprendizagem.
A vivência escolar com suas experiências e construções didáticas é algo insubstituível. Imaginem uma criança com seis anos em seu processo de alfabetização e de efetiva iniciação escolar, chegar a perder dois anos de educação escolar por falta de iniciativa de um prefeito com seu secretário de educação. Haverá um “novo normal” nas escolas ainda por um bom tempo.
CIÊNCIA E SEGURANÇA
A pandemia, infelizmente, não irá embora tão facilmente. Por isso, as ações dos gestores para que haja uma adequação é imprescindível nesse momento.
A mesma ciência que nos orientou a fechar as escolas é também a mesma ciência que já nos ensinou os protocolos de segurança para o retorno seguro as aulas. A hibridação do presencial e do remoto será uma realidade constante, bem como a montagem de "ilhas digitais" (utilizando ginásios esportivos e outras áreas públicas afins) para os mais carentes será também uma boa saída para atender uma parcela de excluídos no ano passado.
GESTÃO E AÇÃO
Resta agora saber qual dos prefeitos da nossa região irá dá um passo à frente nesse sentido. Para isso, precisa ter a coragem de não ficar necessariamente a reboque do Governo do Estado, bem como esperando pela vacinação que só chegará efetivamente aos brasileiros lá pelo segundo semestre desse ano. Enquanto isso, nas cidades em que o Prefeito não tem travado o setor privado, a educação em vários colégios já está bem aquém daquela ofertada pelo poder público municipal.
Qual dos nossos gestores e secretários de educação já tem um plano pedagógico construído para esse momento desafiador? Há que se ter a também coragem de tirar vários profissionais da educação que vivem na zona de conforto com o seu "fique em casa" nas redes sociais.
Acompanhemos para saber qual dos municípios dará um passo pioneiro, técnico-pedagógico e seguro nos próximos dias.
Omissão pública na educação também é sinal de incompetência e passivo de punição por improbidade administrativa dos agentes públicos em postos de comando.
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