quinta-feira, junho 08, 2017

NÚMERO DE HOMICÍDIOS NO CEARÁ CRESCE 56,1% E BATE RECORDE

Durante os 31 dias de maio último, pelo menos 445 pessoas foram assassinadas no Ceará. Numa comparação com o mesmo período do ano anterior, quando foram 285 vítimas, as ocorrências cresceram 56,1%. A alta representa um novo recorde: foi o maior aumento registrado desde 2013, ano a partir do qual as estatísticas de morte estão disponibilizadas na forma dos Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs), que incluem homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte e latrocínio (roubo seguido de morte), como parte do programa Em Defesa da Vida.
O levantamento preliminar foi feito pelo O POVO, com as informações disponíveis no site da Secretaria da Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS). Até 24 de maio, foram usados números do CVLI diário. Nos dias restantes, foram usados dados do relatório das principais ocorrências atendidas pela SSPDS. Como o total de mortes ainda não foi consolidado pela secretaria, o número pode ser ainda maior.

Maio chegou ao fim como o terceiro mês de alta consecutiva dos homicídios. Dos cinco primeiros meses deste ano, só em fevereiro houve redução nos assassinatos no Ceará, de 9,4%. As mortes também cresceram em janeiro (8%), março (13,3%) e abril (37,6%), que havia registrado o maior aumento nos assassinatos até então. No acumulado do ano, já foram registrados pelo menos 1.798 homicídios no Estado.

Em maio, a média diária de assassinatos chegou a 14, voltando ao patamar de janeiro de 2015, ocasião em que houve 431 assassinatos no Estado. Aquela foi a última vez em que o total de homicídios passou de 400 em apenas um mês no Estado. Ao longo de todo o ano de 2016, essa média havia permanecido abaixo de 10 por dia.

Considerando o primeiro trimestre deste ano, houve crescimento de 4,3% nas ocorrências. Uma alta trimestral também não ocorria desde 2014, quando os assassinatos subiram 8,1%, entre abril e junho.

Procurada pelo O POVO, a SSPDS informou, por meio da assessoria de imprensa, que só irá se manifestar após a consolidação dos números.
Fonte: O Povo

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