Ele citou que havia um entendimento no qual o PT iria indicar - dentro da aliança governista - o candidato ao Senado, enquanto caberia ao PDT a escolha do candidato ao Governo do Ceará. "Infelizmente, a soberba do ex-governador Camilo Santana fez com que ele e o PT quisessem apontar tudo", criticou.
As críticas foram feitas durante entrevista de Domingos Filho a Verdinha e TV Diário. Ele é o primeiro dos candidatos a vice a participar da série de entrevistas que integra a cobertura eleitoral do Sistema Verdes Mares em 2022.
A DISPUTA PELO APOIO DE PREFEITOS
O candidato a vice também fez acusações contra o ex-governador Camilo Santana - que agora concorre ao Senado Federal - a respeito da adesão de prefeitos cearenses a chapa do candidato ao Governo do Ceará, Elmano de Freitas (PT).
Domingos Filho citou decisão desta segunda-feira (5) do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) na qual foi suspensa a transferência de recursos orçamentários do Governo do Estado aos municípios até o segundo turno das eleições.
"O processo mais desavergonhado de cooptação política do Ceará. Voltamos aos tempos mais remotos de uma política medíocre e indevida dos tempos dos coronéis. Chegar lá e abordar um prefeito ou uma prefeita e tirar os recursos que já estão se não apoiar. E deixar de pagar os que já estão em curso se não apoiar", acusa.
Segundo Domingos Filho, o processo é feito pelo “atual Governo liderado por Camilo Santana" e disse ser possível que a governadora Izolda Cela "não tenha conhecimento do todo".
O candidato afirmou ainda que essa suposta cooptação não está dando resultados. "Nós estamos indo direto com o povo e está dando certo. Tanto é que todas essas adesões... Veio Lula aqui, prefeito virando todo dia, deputados, mas quando sai a pesquisa não estão repercutindo, a gente continua ainda está na frente", ressalta.
Em nota, o Governo do Estado afirma que a decisão veta a execução de novos convênios durante o período eleitoral, "assim como já estabelece a Lei Federal nº 9.504/1997, o que é cumprido rigorosamente pelo Governo do Ceará". Dessa forma, convênios de obras já em andamento, antes do período eleitoral, seguem com execução.
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