domingo, setembro 16, 2012

Brasil: 90% DAS PESSOAS COM NÍVEL SUPERIOR ESTÃO EMPREGADOS


No Brasil, a correlação entre diploma universitário e emprego é alta: 9 em cada 10 homens com ensino superior entre 25 e 64 anos estão empregados. Somadas às mulheres, o índice é de 85,6%. Os dados são do relatório "Education at a Glance 2012" (“Um Olhar sobre a Educação”), divulgado pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).
Além de ter trabalho, quem chegou à universidade tem grande vantagem financeira. O salário é quase quatro vezes maior do que a renda de quem não concluiu o ensino médio. É o país com a maior diferença verificada dentre os 32 pesquisados.
Para especialistas em educação, o resultado aponta para a hipervalorização do ensino superior, que ainda tem acesso restrito – apenas 11% da população entre 25 e 64 anos atingiram essa escolaridade.
68% daqueles que completaram o curso superior ganham mais do que duas vezes o rendimento médio da população.
Naercio Menezes Filho, coordenador do Centro de Políticas Públicas do Insper-SP (Instituto de Ensino e Pesquisa de São Paulo), acredita que a expansão do acesso ao ensino superior pode levar a uma redução da diferença entre salários de universitários em relação àqueles com ensino médio nos próximos anos. “A diferença tem caído desde 2007 devido ao aumento do número de formados”.

Valor do ensino

“Os dados tendem a fazer com que o jovem valorize a escolarização. Quem é formado consegue emprego, mesmo trabalhando em atividades que não demandariam aquela formação”, considera Ocimar Munhoz Alavarse, professor da Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo.
Apesar de a educação ser valorizada pelos jovens, o professor Alavarse analisa que o sistema educacional brasileiro é extremamente seletivo e não está à disposição de todos que a pretendem.
“O Brasil é o quinto país que mais reprova no mundo. Mais de 40% dos jovens no ensino médio ainda estudam à noite. Isso mostra que a nossa escolarização ainda têm uma oferta restrita ou em condições precárias”, completa.

Fonte: Uol

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