
Na última semana, depois de quase um ano de investigações sigilosas, a Polícia Federal mobilizou mais de 150 agentes e voltou a levar comunistas para a cadeia. Desta vez não com base em uma famigerada lei de segurança nacional, mas por violações ao código penal. Na segunda-feira 29, o secretário do Meio Ambiente do Rio Grande Sul, Carlos Fernando Niedersberg, líder do PCdoB no Estado e homem de confiança do governador Tarso Genro (PT), foi preso sob a acusação de ser um dos comandantes de uma máfia especializada na concessão fraudulenta de licenças ambientais para a construção de condomínios de luxo, autorizações para atuação de empresas no setor de mineração e lavagem de dinheiro.
Nessa maré negativa, o PCdoB vive um processo inevitável de desidratação política. Chamuscada pelos recentes escândalos, a legenda comunista perdeu filiados de 2012 para 2013, caindo de 339,4 mil para 328,5 mil. Como um reflexo da crise, a bancada federal do partido na Câmara foi prejudicada. Os comunistas perderam o deputado Edson Pimenta (BA) para o recém-criado PSD do ex-prefeito Gilberto Kassab.
Há apenas dois anos, denúncias de desvio nos convênios do Ministério do Esporte com prefeituras e ONGs levaram à queda do ministro Orlando Silva. Investigação da Polícia Federal iniciada após denúncia publicada na ISTOÉ resultou ainda no indiciamento da ex-atleta e vereadora Karina Rodrigues, conhecida como Karina do Basquete, filiada ao partido, acusada de participar do desvio de R$ 27 milhões dos cofres do Ministério para a ONG Pra Frente Brasil.
Fonte : Revista Isto É/ Adaptação de texto: Blog do KT
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