Segundo Wagner, que desembarcou no Ceará ontem depois de uma semana em Israel, onde cumpriu roteiro religioso, o passo seguinte é constituir a comissão do União Brasil no Ceará, que deve ser presidida por ele.
"Não quero fazer uma comissão hoje e ter que, na semana que vem, mudar, porque está vindo muita gente (para a legenda). A gente quer contemplar os deputados estaduais, deputados federais e pessoas que têm expressão no cenário político", explicou.
Desse modo, continuou Wagner, "até para não gerar mal-estar e alguém se achar preterido, para fazer uma coisa sem gerar desgaste, na próxima semana a gente já tem essa oficialização".
Ainda de acordo com o pré-candidato, ao menos dois grupos devem migrar para o União no Ceará durante o período da janela partidária, fortalecendo a sigla de oposição ao Governo: o bloco liderado pelo prefeito de Maracanaú Roberto Pessoa, hoje no PSDB, e o integrado por parlamentares do Pros, partido de Wagner.
Apenas esse grupo do Pros inclui hoje vereadores como Sargento Reginauro, o deputado estadual Soldado Noélio e o federal Vaidon Oliveira.
Entre nomes com assento na Assembleia Legislativa do Ceará (AL-CE) e na Câmara Federal, devem deixar o ninho social-democrata rumo ao União Brasil três tucanos: além de Pessoa, a deputada estadual e filha do prefeito, Fernanda Pessoa, e o deputado federal Danilo Forte, suplente que assumiu o mandato com a saída do gestor de Maracanaú.
Megalegenda resultado da fusão entre DEM e PSL, o União Brasil vem sendo disputado por Wagner e o empresário e suplente de senador Chiquinho Feitosa desde novembro do ano passado, quando a fusão já estava encaminhada.
Caso se confirme essa nomeação, o deputado federal chegará com força na disputa pelo Abolição em 2022. Pela primeira vez desde que concorreu à Prefeitura, ainda em 2016, Wagner teria à sua disposição a estrutura de um grande partido, além do apoio de agremiações menores, como o Pros.
A INDEFINIÇÃO DE EUNÍCIO
Nos bastidores, uma possível aliança com o MDB do ex-senador Eunício Oliveira não está descartada nem pelo emedebista, tampouco pelo deputado federal.
Sobre esse cenário, Eunício já disse à reportagem que não desconsiderou "nenhuma possibilidade" e que "o MDB vai conversar e ver o que é melhor para o partido". "Eu não levo o MDB para votar num candidato que traiu o MDB, como Roberto Cláudio e Ciro. Mas não tem porta fechada para Wagner nem para Camilo", declarou o ex-presidente do Senado.
O povo
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