domingo, julho 05, 2015

AÉCIO É REELEITO PRESIDENTE DO PSDB E DIZ QUE DILMA NÃO TERMINARÁ MANDATO

Com o slogan “oposição a favor do Brasil”, a convenção do PSDB começou pela manhã. Na entrada, foram distribuídos lenços com a bandeira do Brasil e adesivos com o slogan do evento. Algumas faixas foram penduradas na parede, no final do salão, pedindo a retomada do crescimento e criticando a corrupção.”Santa Catarina quer ver o Brasil investindo”, “Goiânia, a favor do Brasil e contra a corrupção”.

Aécio chegou por volta de 11h30m. O senador estava acompanhado de caciques da legenda, e foi ovacionado pelos militantes que gritavam e se espremiam para tentar fazer imagens com o celular.

No entanto, os ataques ao governo Dilma e ao PT dominaram a convenção. No discurso, Alckmin afirmou que o PT “chegou ao fundo do poço”. Para o governador paulista, o PSDB é o partido que está verdadeiramente ao lado dos trabalhadores e dos mais pobres, enquanto os petistas estariam ao lado “da especulação financeira e dos rentistas”.

Em discurso após ser reeleito presidente do PSDB, o senador Aécio Neves (MG) apostou, neste domingo, em convenção do partido, que a presidente Dilma Rousseff não concluirá seu mandato. O tucano disse em Brasília que os atuais escândalos de corrupção mostram que há um “vale tudo” para se manter no poder; e voltou a afirmar que perdeu as eleições presidenciais para “uma organização criminosa”, e não para um partido político. Preocupado com a disputa interna pela candidatura à Presidência da República em 2018, Aécio aproveitou para fazer um apelo pela unidade no partido.
Cobrado por uma parte do PSDB e por organizações da sociedade civil, que são favoráveis a um pedido de impeachment, o tucano voltou a apostar, em outro trecho de seu discurso, que Dilma não ficará mais quatro anos no Palácio do Planalto.

DIVISÃO INTERNA
O PSDB reelegeu Aécio em clima de divisão interna. Ele é apresentado pela maioria dos diretórios como candidato natural à Presidência em 2018. Mas, na eleição do diretório estadual do São Paulo, em meados de junho, o nome de Alckmin foi lançado. O senador José Serra (PSDB-SP), que também já foi candidato do partido à Presidência, não deixou de lado o sonho de novamente concorrer ao Planalto e, segundo aliados, cogita deixar a legenda e ir para o PMDB.
Esforçando-se para demonstrar unidade, Aécio e Alckmin foram recebidos por uma guerra de claques. Um grupo gritava “Aécio” e “Minas”, enquanto outro gritava “Geraldo presidente” e “São Paulo”.

FHC
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso criticou o atual governo, disse que perdeu a credibilidade e está paralisado. O tucano afirmou que a crise de confiança que atinge o país exige a união da sociedade ao redor da oposição para que encontre uma solução, dentro dos parâmetros constitucionais. O tucano afirmou que o partido sabe governar e está pronto para assumir o país.
O ex-presidente disse que vivenciou várias crises enfrentadas pelo país no passado, citando Getúlio Vargas, Jango, os governos militares,o impeachment de Fernando Collor. Segundo ele, foram muitos momentos tensos, mas nenhum como o atual, com a paralisação do Executivo.
Numa referência ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fernando Henrique disse que durante 13 anos ouviu a expressão “nunca antes”, mas que “a verdade é que nunca como antes se roubou tanto no Brasil”. FHC disse que o PT, que criticava as privatizações, agora apela para a cooperação entre estado e o setor privado.

SERRA
O senador José Serra ressaltou que a crise em que passa o Brasil é a maior que ele já viu, e que a oposição precisa oferecer saídas ao país: "O Brasil está atravessando a pior crise desde que me conheço por gente, sem nenhum catastrofismo. Cabe a nós oferecer saídas para a crise. Vai ser difícil, porque o estrago feito pela era petista é gigantesco". Para o senador e ex-ministro da Saúde, o governo Dilma é mais fraco do que o de João Goulart, de 1964:
- O Jango era de uma solidez granítica perto do governo Dilma, pelo menos sabia escolher gente, era um gigante na administração perto do governo Dilma.

Ecoando o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Serra cobrou responsabilidade do PSDB nas votações no Congresso. Os tucanos votaram a favor, por exemplo, do reajuste salarial entre 53% e 78% para os servidores do Judiciário.
Fonte: O Globo/adaptação de texto Blog do KT

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