segunda-feira, julho 06, 2015

PDT NACIONAL ESTUDA ENTRADA DE FGs E PARTE DO PMDB QUER SERRA COMO FILIADO

Matéria do O Globo aponta que em meio à crise do governo Dilma Rousseff, partidos da base aliada já começam a articular candidaturas próprias ao Palácio do Planalto em 2018. O senador José Serra (PSDB-SP) é cortejado por parte do PMDB, com quem tem jogado afinado no Senado, e o PDT abriu conversa com Ciro Gomes (PROS).

Com o fim da aliança com o PT já decretada por líderes como o presidente da Câmara, Eduardo Cunha, o PMDB está de olho em Serra pelo alto índice de conhecimento nacional dele depois de ter disputado duas eleições presidenciais, em 2002 e 2010. O partido aposta na disputa interna no PSDB, que tem mais dois pré-candidatos, o senador Aécio Neves (MG) e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

As conversas têm sido conduzidas pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que tem dado destaque a Serra na Casa, encampando projetos propostos pelo tucano. Renan tem chamado Serra para presidir grupos de trabalho, como o do “pacto nacional pela defesa do emprego”.
Serra nega a existência de negociações com o PMDB e diz, em conversas reservadas, que ainda é cedo para discutir 2018. O tucano tem dito que o segundo mandato de Dilma está ainda no começo e que a divulgação desse assunto atrapalha seu trabalho legislativo. No relato de pessoas próximas ao senador, ele não vai tomar qualquer decisão em meio às incertezas sobre o governo Dilma.

PDT SE REAPROXIMA DOS IRMÃOS GOMES
Em outra frente, o presidente do PDT, Carlos Lupi, conversou esta semana com os irmãos Ciro e Cid Gomes (PROS). Ele já havia se reunido recentemente com o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, que faz parte do mesmo grupo político.

Lupi afirmou que o PDT pretende ter candidato próprio à Presidência em 2018, mas negou que a negociação com Ciro passe por esse ponto:
— Primeiro vamos discutir o projeto, depois, o nome. Pode ser o (senador) Cristovam Buarque (PDT-DF).
Questionado se Ciro seria um nome para a Presidência, porém, pelo PDT, Lupi diz que sim:
— Não tem veto a ninguém.

O ex-governador do Ceará e ex-ministro Ciro Gomes disse na última terça-feira, 30, que pensa “com carinho” em 2018, mas evitou falar em uma possível volta à política e nova tentativa de disputar a Presidência da República. Filiado ao PROS, Ciro trabalha desde o início do ano na Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e se distanciou da vida partidária. Ele esteve no Palácio Guanabara, sede do governo do Rio de Janeiro, para uma reunião na Casa Civil do Estado.
Questionado sobre a possibilidade de ingressar no PDT, como se especulou há algumas semanas, Ciro brincou: “Não sei, eu sou da CSN”. Sobre o futuro político, respondeu: “Olho para 2018 com muito carinho, mas nesse momento estou ocupado em trabalhar bem na CSN”.

Já o seu irmão, ex-ministro da Educação Cid Gomes confirmou na última quinta-feira, que está articulando a saída de seu grupo político do PROS para o PDT. O motivo, segundo ele, seria um “desconforto geral” com a condução da atual direção nacional do partido. Na quarta-feira, Cid, o irmão dele, Ciro Gomes, e o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, estiveram reunidos com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, na sede da legenda, em Brasília, para discutir o assunto.
“Há um grande desconforto com a condução do PROS. Para você ter uma ideia, em todo partido as filiações podem ser feitas pelas comissões nacional, estaduais e municipais. No PROS, houve uma mudança no regimento interno que determinou que qualquer filiação só poder ser feita pela nacional”, disse Gomes, ressaltando que a situação traz “insegurança” política para as direções estaduais da sigla. De acordo com ele, esse descontentamento vem de todos os Estados, e não só do Ceará.
Fonte: CearaAgora.com

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