A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerada a inflação oficial do país, subiu de 10,12% para 10,15% neste ano. Essa foi a 34ª elevação consecutiva da projeção. A estimativa está no Boletim Focus de hoje (29), pesquisa divulgada semanalmente pelo Banco Central (BC), com a expectativa das instituições para os principais indicadores econômicos.
Para 2022, a estimativa de inflação subiu 4,96% para 5%. Para 2023 e 2024, as previsões foram mantidas em 3,42% e 3,10%, respectivamente.
A previsão para 2021 está acima da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. A meta, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,75% para este ano, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 2,25% e o superior de 5,25%. Para 2022 e 2023, as metas são 3,5% e 3,25%, respectivamente, com o mesmo intervalo de tolerância.
FATORES QUE TRAVAM A ECONOMIA DO BRASIL
Enquanto os casos de Covid-19 diminuem, a economia tem uma conjuntura desafiadora, que ajuda a explicar o resultado das atividades. Problemas climáticos, com a estiagem e o aumento dos custos de energia são parte desse impacto, assim como a crise global de suprimentos, ambos impactando no agronegócio e na indústria. Além disso, o aumento da inflação, dos juros e as incertezas fiscais e políticas se intensificaram no período de julho a setembro, freando o crescimento. O resultado confirma a interrupção da recuperação vista entre o terceiro trimestre do ano passado e o primeiro deste ano.
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