O HORÁRIO ELEITORAL GRATUITO VOLTA A TER PESO NA ELEIÇÃO PRESIDENCIAL

As eleições de 2018 tiveram como pauta o combate a corrupção em meio aos efeitos da operação Lava-Jato e os desdobramentos do Impeachment de Dilma e a prisão de Lula. Bolsonaro surfou nessa onda e foi eleito. 

2021 termina com seus conchavos e balões de ensaio. Novos nomes não mais surgirão. Vamos com esses pré-candidatos que aí estão e com um alto índice de indefinição do eleitor que beira os 40%. 

Os marqueteiros e institutos de pesquisa são praticamente unânimes quanto ao 2022: a pauta central será a economia (emprego, combate a inflação ....) e o combate a corrupção será secundário em relação a comida na mesa do brasileiro. Outro ponto é que as redes sociais, as quais foram importantes na construção do "anti-comunismo" em 2018, já perderam espaço e devem ter papel secundário em relação aos horários partidários de TV.

Bolsonaro sabe disso e também por isso se abraçou com o "centrão" (PP e PL) para ter tempo de TV em 2022 e construir narrativas favoráveis ao seu governo.  

Esse 2021 termina assim: 

* Lula (PT) com Lugar certo no 2º Turno, mas sabendo que há um limite naqueles que acreditam nele;

* Moro com a difícil tarefa de ter carisma, falar a língua do povo e convencer que é muito mais que alguém que combate a corrupção.

* Ciro vendo a sua irreversível desidratação eleitoral levá-lo para um puxar de tapete do próprio PDT. 

* Dória tentando encontrar uma fórmula para capitalizar os pontos positivos do seu governo em São Paulo e apostando que terá uma proposta econômica que irá cativar o eleitor. 

* Bolsonaro esperando a economia melhorar e atrás de um bom marqueteiro que faça a reconstrução do seu discurso.